Vespas Mandarinas lançam primeiro CD da carreira com show surpreendente
Aconteceu na noite de ontem, 20, o lançamento do CD “Animal Nacional” da banda Vespas Mandarinas, no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Com um show lindo de se ver e um repertório empolgante, a banda que é composta pelo quarteto fantástico de Thadeu Meneghini, Chuck Hipolitho, Flávio Guarnieri e André Dea, colocou o CCSP pra pular e cantar em um verdadeiro show de Rock. O lugar estava lotado e podia se ouvir em coro o público cantando as músicas, sem errar nenhuma letra. Sem dúvida alguma, os caras fazem um rock dos bons e a sincronia nos acordes, e entre a própria banda, é simplesmente incrível. O vocalista Thadeu, e sua potente voz, vez ecoar nos quatro cantos da sala as letras do novo albúm. Enquanto Chuck, e sua guitarra flamejante, tocou fogo no palco juntamente com André, que parecia ter fogo nas mãos ao arrebentar no comando da bateria e Flávio, um dos melhores baixistas que vimos tocar esse ano. Além da plateia, composto por fãs e admiradores de boa música, podemos notar a presença da banda Esperanza (ex- Sabonetes).
O grupo que já tem 3 anos de estrada, e é bem conhecido do grande público, não só pelos integrantes, mas por ser um dos nomes mais citados quando se fala de rock nacional. Segundo Meneghini, o universo está conspirando a favor deles “Não sei, mas acredito que o universo conspirou para que eu encontrasse essa figura aqui (Chuck), que fosse um cara que acreditasse no mesmo ideal que eu tenho, e isso fez a gente se juntar e trazer o Flavinho e André e acertar nossa comunhão, banda é comunhão”. A composição do disco se deu a vivência musical dos integrantes da banda, e da influência musical que tiveram desde muito jovens “A gente cresceu ouvindo rock, e as influências musicais que trouxemos para o CD foi o que a gente ouviu a vida inteira”, comenta Thadeu.
Chuck fala sobre o processo de composições das canções “Na hora de fazer o disco a gente acaba se inspirando, talvez, em nós mesmos. Quando você compõe uma música, você não compõe uma música pensando que ela vai ficar parecida com uma outra música que você já está fazendo. Na hora de gravar o disco você busca referências, por exemplo, de levada de bateria ou de timbre. É uma coisa que vem do produtor, não é a gente imitando alguém”, Thadeu ainda completa “E têm as letras, o que eu sinto neste disco foi que as músicas e as composições se moldaram junto com a letra, a letra é o núcleo da parada, ai a “coisa” se desenvolve a partir dali. Parece que a melodia procura a palavra. Ai a gente vai vendo o que aquilo quer dizer, e como a gente consegue colocar aquilo. E no disco tem músicas diferentes, tem músicas que é contundente, como a “Inimigo” que tem uma visão filosófica, é natural da vida a gente pensar no bom e no mal, e que isso tá dentro da gente também ”.
A apresentação teve participações especiais como a da banda Vivendo do Ócio, do compositor Adalberto Rabelo e de um dos dinossauros do Rock, Edgard Scandurra. Lançado pela Deck Disc, Animal Nacional, também traz participações especiais como a de Arnaldo Antunes. Chuck comenta sobre as participações no disco “Não foi tipo vamos atrás delas para fazer o CD, elas apareceram no momento que estávamos fazendo as músicas.” diz Chuck.
A presença de palco dos garotos é indiscutível, usando macacões de pilotos de avião, parecem ser um só, sem perder a identidade de cada um, é claro. Segundo Chuck, usar esse figurino é entra no personagem da Vespa Mandarina, isso os fortalece.
Superando as expectativas de todos com um show fantástico, os meninos da Vespas Mandarinas, falam que fizeram as músicas pensando em ouvi-las na rádio, mesmo se não houvesse rádio para tocar o som deles “Quando fizemos o disco, fizemos pensando em músicas para tocar na rádio, independente se teria uma rádio pra tocar. A gente queria tocar na rádio”, revela Chuck. A impressão que temos é que um gigante acordou, uma banda que mostrou a todos que o rock nacional está vivo e que tem vida longa. A gigante Vespa Mandarina acordou e está com Animal Nacional pronto para ganhar o país, e se bobear o mundo.
Por Jaqueline Gomes
Fotos Rodrigo Bueno