Por Daniel Mainzer

Foi durante meu intercâmbio pra Londres em 2012 que eu o vi tocando em um pub qualquer, sentado em um banquinho no canto tocando seu violão. Ainda naquele ano, o menino que tinha apenas dezoito anos na época, não era tão conhecido. Passado alguns meses, ele gravou seu primeiro cd trazendo um novo sopro a música com folk, misturando-a com o bom british rock. O sucesso foi imediato.

Um ano depois ele lançou seu segundo cd, “Shangri-La”, que apenas o levou a um patamar maior do que já havia conquistado. Agora em 2014 com dois cds em sua bagagem, Jake Bugg fez sua primeira turnê na América do Sul, se apresentando no festival Lollapalooza e em um show b-side em São Paulo no Cine Joia.

Com poucas palavras e com um certo ar de arrogantizinho, Jake consegue cativar seu público encantando-os com sua voz e suas habilidades no violão, na guitarra e no baixo.

Fotos: Daniel Mainzer

No sábado, dia 05, seu show começou com uma vinheta clássica de folk e imediatamente o britânico entrou no palco, pegou seu violão e começou a tocar os primeiros acordes de “Kentucky”, uma espécie de country-folk, acompanhado pelo seu baixista Tom Robertson e baterista  Jack Atherton. A música ainda não foi gravada em nenhum álbum dele.

Fotos: Daniel Mainzer

Sua voz marcante empolgou seus fãs, que pularam ao som das conhecidas “Two Fingers”, “Messed Up Kids”, “What Doesn’t Kill You” e “Slumville Sunrise” e se emocionaram com as baladas “Me and You”e “Seen It All”, cantando junto, cada palavra. Aliás, um dos melhores momentos foi quando o cantor voltou para cantar num bis uma de suas músicas mais tocantes “A Song About Love”, a qual era possível ver na plateia que entoava cada palavra junto com o cantor, casais abraçados, apenas aproveitando o momento romântico proporcionado.

Fotos: Daniel Mainzer

Encerrando seu show com “Lightning Bolt”, Jake disse poucas palavras e discretamente jogou sua palheta para a plateia, e se retirou. Trazendo um pouco do british rock antigo, misturado com seu folk Jake Bugg, hoje com vinte anos, promete crescer a cada álbum, sempre trazendo algo novo e levemente nostálgico para seus fãs e para seus novos apreciadores.

Fotos Daniel Mainzer