Os Saltimbancos Trapalhões reestreia no Rio
Por Andréia Bueno
Fotos Divulgação/Facebook
Com direito a surpresa para o protagonista Renato Aragão que celebra 80 anos de idade e 55 de carreira, a mega produção da consagrada dupla Charles Möeller & Claudio Botelho reestreou na noite da última sexta-feira (dia 9) na Grande Sala da Cidade das Artes no Rio de Janeiro.
Fotos Divulgação/Facebook
Com direito a surpresa para o protagonista Renato Aragão que celebra 80 anos de idade e 55 de carreira, a mega produção da consagrada dupla Charles Möeller & Claudio Botelho reestreou na noite da última sexta-feira (dia 9) na Grande Sala da Cidade das Artes no Rio de Janeiro.
O consagrado comediante foi surpreendido no segundo ato da apresentação quando sua filha Livian que interpreta os personagens João/Ana, durante determinada cena o homenageou, convidando todos a cantar parabéns para o trapalhão. Emocionado, Renato agradeceu e disse que receber este afeto, o motiva a prosseguir e que no que depender dele, pretende atuar por no mínimo mais 80 anos.
A peça, com trilha sonora de Chico Buarque, marca a estreia de Renato Aragão nos palcos. A estreia na ribalta com 79 anos de idade e quase 50 de carreira é em grande estilo. A superprodução tem, em cena, 35 pessoas: 20 atores, oito artistas de circo e sete músicos. Ao todo, a equipe tem 120 profissionais, entre produção, coreografia, figurino, cenário, técnicos. Números grandiosos para ocupar o também enorme palco (a boca de cena tem 11m de altura por 24m de largura) da Grande Sala da Cidade das Artes, que foi transformado num picadeiro.
O texto da montagem foi inspirado no conto ‘Os Músicos de Bremen’, que também deu origem à peça ‘Os Saltimbancos’, dos italianos Sergio Bardotti e Luis Enríquez, e ao filme ‘Os Saltimbancos Trapalhões’ (1981), da RA Produções. Chico Buarque foi o responsável por todas as letras das canções e criou clássicos como ‘Piruetas’, ‘História de Uma Gata’ e ‘Hollywood’, que naturalmente fazem parte desta versão para o teatro.
No palco, o foco é na história de Didi e Dedé, dois funcionários humildes que se tornam a grande atração de um circo por conta da incrível capacidade de fazer o público rir. O sucesso desperta a ira do Barão (Roberto Guilherme), dono do circo, e do mágico Assis Satã (Nicola Lama), que passam a persegui-los. Personagens como a vilã Tigrana (Adriana Garambone) e a mocinha Karina (Gisele Prattes) ajudam a criar ainda mais confusões. Na adaptação, Didi encontra o conto dos Irmãos Grimm (‘Os Músicos de Bremen’) dentro de uma garrafa, resolve encená-lo como um musical e vira um fenômeno popular’.
Além de Dedé, o elenco conta com o reforço de Roberto Guilherme, conhecido do público principalmente pelo bigodudo Sargento Pincel de “Os Trapalhões”, que agora vive o poderoso Barão. Figura constante nas últimas produções de Renato para o cinema e a televisão, sua filha Lívian Aragão também marca presença.
A produção é espetacular, várias atuações são memoráveis (Adriana Garambone como a hilária vilã Tigrana, e o eterno Sargento Pincel Roberto Guilherme, o Barão são exemplos, mas nada é tão emocionante como a presença de Renato Aragão. Aos 80 anos, o humorista cearense repete piadas e expressões conhecidas, algumas há meio século, brinca com o companheiro Dedé Santana (um “broto” aos 78 anos) com o humor politicamente incorreto de sempre, perde a mocinha no final.Tudo engraçado e comovente. Em suma, assistir o musical remete o público a uma viagem no tempo porém com nova roupagem.
O espetáculo está em cartaz até o dia 31 de janeiro na Cidade das Artes com previsão de estreia na capital paulista para o mês de junho.
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