BIBI CANTA REPERTÓRIO SINATRA NO TEATRO RENAISSANCE





Prestes a completar 94 anos de idade, 75 de carreira, Bibi Ferreira comemora ao som do jazz de Frank Sinatra. Aos 93 anos, a atriz e cantora engata um projeto no outro, tem shows em Nova York, Rio e volta a SP em abril e novembro para temporadas

Vivaz, a artista, que completa 94 anos, em junho, está com a agenda cheia. Apresenta o show Bibi Ferreira Canta Repertório Sinatra no dia 1º de abril, no Teatro Renaissance. As apresentações, que vão até 23 de abril, são parte das comemorações pelos 75 anos de carreira que a artista completa em 2016. Como parte da celebração, em setembro ela sobe aos palcos de Nova York com o espetáculo, no qual além de canções interpretadas por Sinatra, canta músicas do repertório de Amália Rodrigues e Edith Piaf no bis. Paralelamente, artista lança fotobiografia, site e caixa Box com novo CD.

Bibi Ferreira Canta Repertório Sinatra reúne composições que se tornaram sucesso na voz do cantor. Estão no set list as músicas preferidas de Bibi: Night And Day (Cole Porter) e Dindi ((A. C. Jobim / Aloisio de Oliveira / Ray Gilbert), All The Way (Sammy Cahn / Jimmy Van Heusen), Fly me To The Moon, Girl From Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e Old Man River (Jerome Kern / Oscar Hammerstein II).

      
Foto: Divulgação

O espetáculo abre com a orquestra tocando Strangers In The Night (Bert Kaempfert / Charles Singleton / Eddie Snyder). A única canção do show fora do repertório de Sinatra é  Rock Around The Clock, de Bill Haley.

No palco, ela é acompanhada por orquestra; do seu lado direito está a base, o piano e a bateria; atrás ficam as cordas; e do lado esquerdo, os sopros.  “O show é um bate-papo musical sobre Sinatra. Ao longo da apresentação, Bibi interage com o maestro e diretor musical Flávio Mendes, contando curiosidades sobre as canções”, detalha o empresário que trabalha há 25 anos com Bibi, Nilson Raman, que está no palco como mestre de cerimônias. Ele assina com a artista e Mendes o roteiro do show.

Conhecida pela ousadia, Bibi faz um espetáculo só com músicas interpretadas por Sinatra. Chamado de “a voz” por sua modulação aveludada, o cantor tinha especial admiração pela bossa nova e gravou composições de Tom Jobim.

Sobre Bibi Ferreira

Com cerca de 7 anos, ingressou na escola de dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde estudou com Maria Olenewa. Estudou teatro em Londres.

Em fevereiro de 1941, o grande ator Procópio Ferreira apresentava ao público carioca sua filha, Bibi Ferreira, como uma das atrações do espetáculo La Locandiera, de Goldoni. O que ele não imaginava é que aquela jovem se tornaria uma das mais importantes artistas dos palcos brasileiros.

Em 1942, montou sua própria companhia, por onde passaram futuros grandes nomes do teatro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa, Henriette Morineau, Sérgio Cardoso e Nydia Licia. Tornou-se uma das primeiras mulheres a dirigir teatro no Brasil. Na década de 50 montou repertório com sua companhia e, depois de bem-sucedidas temporadas cariocas, viajou pelo Brasil com elenco numeroso, grandes cenários e produções caprichadas.

Em 1960 inaugurou a programação da TV Excelsior, com o programa Brasil 60, usando o moderno recurso do videotape para transmitir reportagens das capitais brasileiras, aposentando o programa ao vivo até então comum na TV brasileira. Na mesma década, estrelou dois musicais memoráveis: Minha Querida Lady (My Fair Lady), de Frederich Loewe e Alan Jay Lerner, baseado em Pigmaleão, de George Bernard Shaw, ao lado de Paulo Autran, e Alô Dolly (Hello Dolly!). Por seus desempenhos nesses musicais, tornou-se a primeira atriz do teatro musical brasileiro: aquela que interpreta, canta e dança bem.

Nos anos 70 atuou ao lado de Paulo Autran e Grande Otelo no musical  O Homem de La Mancha, de Dale Wasserman, com letras versadas por Chico Buarque. Sob a direção de Flávio Rangel viveu Aldonza/ Dulcinéa, a prostituta que inspira D. Quixote.

Alternando interpretação e direção, assinou Brasileiro, Profissão: Esperança, (1970) de Paulo Pontes e Oduvaldo Vianna Filho, inspirado no compositor Antonio Maria, inicialmente como show intimista de boate com Ítalo Rossi e Maria Bethânia e, depois, como grande espetáculo, com Paulo Gracindo e Clara Nunes.

Em 1975 recebeu o Prêmio Molière pela personagem Joana, de Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, adaptação da tragédia Medéia, de Eurípedes, para os morros cariocas, com direção de Gianni Ratto.

Em 1983, após cinco anos ausente do palco, voltou em Piaf – A Vida de uma Estrela, em que vive a cantora francesa, conquistando os prêmios Molière, Mambembe, Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), Governador do Estado e Pirandello.

Na virada do milênio, personificou a fadista Amália Rodrigues, em Bibi Vive Amália. Causou novo impacto nas plateias brasileira e portuguesa tal a verossimilhança. Em anos mais próximos, o público a viu brilhar nos recitais Bibi In Concert e Bibi In Concert Pop, acompanhada por grande orquestra e coral, nos quais mostra totalmente à vontade um dos seus maiores prazeres: o de cantar. Em 2003 recebeu homenagem da escola de samba niteroiense Viradouro, e se tornou o enredo  A Viradouro Canta e Conta Bibi, homenagem ao Teatro Brasileiro, do carnavalesco Mauro Quintaes.

Serviço

Bibi Ferreira canta repertório de Sinatra, no Teatro Renaissance. Alameda Santos, 2233, Piso E1 – Jardins – São Paulo. 11 3069-2286. 

Temporada: 1º a 23 de abril. Sextas-feiras e sábados, às 22h; domingos, às 20h. 

Ingressos: R$ 140 (meia-entrada R$ 70). 

Classificação: 14 anos. Duração: 75 minutos. 

Horário de funcionamento da bilheteria: Terça a quinta, das 14h às 20h. Sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo. É possível comprar ingressos pelo telefone 11 2626-8038. 

Formas de Pagamento: Dinheiro, débito ou cartão de crédito (Visa, Mastercard, Diners, American Express). 

Capacidade: 440 pessoas. Estacionamento: Valet service. 
Ar condicionado: sim. Acessibilidade: sim.

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