PAIXÃO POR ‘WICKED’ É O MOTOR DO ELENCO DE OZ
Megaprodução chega a São Paulo cheia de magia e grandiosidade. Ao lado de um dos criadores do musical, os protagonistas revelam o forte carinho que sentem pela história não contada das bruxas de OZ
Por Walace Toledo
Fotos e vídeos por Rodrigo Bueno
Foram meses de espera, o mistério e a ansiedade tomaram conta não só do público, como dos atores e músicos que participaram das audições. Afinal era “WICKED”, o grande blockbuster da Broadway, na tão aguardada (e inesperada) montagem nacional.
Assim que saiu a escalação dos cidadãos de OZ, as comunidades virtuais de teatro musical ficaram alvoroçadas, alguns gostaram, outros acharam OK, e como sempre há os ‘haters’ para falar mal dos escolhidos, sem a mínima noção de como é o processo para integrar a superprodução e a memória afetiva de cada um dos selecionados com a peça.
Myra Ruiz – Elphaba, a bruxa má (e verde-esmeralda) do Oeste; Fabi Bang – Glinda, a bruxa boa do Norte; André Loddi e Jonatas Faro – alternantes do príncipe descolado Fiyero, formam o quarteto que encabeça a história. Sabe o que eles têm em comum? O amor pela obra musical baseada no best-seller homônimo do escritor Gregory Maguire.
BEM-VINDOS À CIDADE DAS ESMERALDAS
O público em geral já pode descobrir como Elphaba se tornou a temível bruxa “má” do Oeste, de quinta a domingo, no Teatro Renault, em São Paulo. Uma semana antes da estreia, os veículos de comunicação foram convidados a visitar a Cidade das Esmeraldas, e lá fomos nós!
Simpático e sorridente, Stephen Schwartz, autor das letras e músicas originais do espetáculo, compôs a bancada da coletiva ao lado de representantes da T4F (Time For Fun), outros criativos e parte do elenco. Antes disso apareceu de surpresa, ao lado da diretora residente Rachel Ripani, para apresentar os três números que seriam mostrados à plateia convidada.
Mr. Schwartz fez questão de salientar que todos os profissionais passaram por seleção, elenco, dançarinos, músicos, “mesmo nossos versionistas incríveis, Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler, passaram por um processo de seleção. Eles mandaram pedaços das traduções feitas e assim foram escolhidos entre outras pessoas testadas. Nós todos trabalhamos muito para trazer o melhor espetáculo possível para o Brasil!”.
Rachel Ripani e Stephen Schwartz apresentam os números
ANTES DE TUDO, FÃS
Qual atriz de musical nunca pensou em ‘desafiar a gravidade’ no papel de Elphaba, ou passear por OZ na bolha, coroada de Glinda? Se não todas, a grande maioria. Essas personagens tornaram-se icônicas dentro do teatro musical mundial e WICKED declarado “um fenômeno cultural” pela revista norte-americana Variety.
“Assisti (Wicked) seis vezes, uma já sabendo que eu era Elphaba. A primeira vez acho que tinha 16 anos, me apaixonei, no final de ‘Defying Gravity’ eu estava aos prantos, e falei ‘é isso que eu quero fazer!’”, revela Myra com os olhos brilhando. Após ser apresentada à Wicked há dez anos, Fabi decidiu expandir suas habilidades artísticas, “eu não cantava, era bailarina, trabalhava nesse teatro (Renault), no musical ‘O Fantasma da Ópera’. Aprendi a cantar porque eu queria cantar as músicas de Wicked!”. Assim como a colega de elenco, teve certeza do que queria dali para frente. Fabi já prestigiou a montagem londrina.
Os rapazes não são diferentes, apaixonado pelo musical desde 2009, Jonatas assistiu três vezes na Broadway e duas em West End. “Estava com frio na barriga, esperando a hora de alguém dar essa notícia de que seria produzido de fato no Brasil. Acho que todo mundo teve uma comemoração interna muito grande, porque é uma realização estar aqui, encarar o personagem, trazer isso pro Brasil, essa megaprodução, é uma realização pra todo mundo!”.
Loddi também é fã de Wicked há muito tempo, “tem uns oito anos que eu conheço a peça, eu era adolescente, 16 anos, ouvia as músicas no iPod. Meus amigos não entediam porque eu escutava aquilo enquanto eles ouviam rock, pop, e eu ouvindo ‘Popular’ (risos)”.
Assim como Myra confessou que no caminho para escola “ouvia na perua loucamente, no último volume!”, é impossível resistir à trilha sonora de WICKED. Em novembro de 2006, o álbum do espetáculo, vencedor do Grammy® para Melhor Álbum de Show Musical, foi certificado com disco de platina pela RIAA (Recordig Industry Association of America). Hoje já bateu a marca de três milhões de cópias vendidas (platina tripla).
Apesar de André Loddi ser alternante de Jonatas, infelizmente não pudemos prestigiar a performance do ator, as duas cenas foram passadas com Faro, que está defendendo o papel muito bem.
“Muitos de nós, se não nós todos de alguma forma, temos essa sensação de não nos encaixarmos em algum momento, como um dos nossos produtores, David Stone, diz: ‘todos nós somos um pouco essa menina verde’, Stephen Schwartz. #SomosTodosElphaba
SERVIÇO
Local: Teatro Renault – Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411, Bela Vista – São Paulo/SP (o teatro não possui estacionamento próprio)
Capacidade: 1.530 lugares (o teatro conta com 16 assentos para deficientes físicos e 11 para pessoas obesas)
Temporada: De 04 de março a 31 de julho de 2016
Dias e Horários: Qui e Sex às 21h | Sáb às 16h e 21h | Dom às 15h e 20h
Classificação etária indicativa: Livre. Menores de 12 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais).
Valores: De R$ 25 (meia) a R$ 280 (inteira)
Ingressos:
BILHETERIA OFICIAL – SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA
Teatro Renault – Segundas-feiras: Fechada / Entre terças-feiras e sábados: 12h às 20h / Domingos: 13h às 20h (Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista)
LOCAIS DE VENDA – COM TAXA DE CONVENIÊNCIA
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.
Formas de Pagamento: dinheiro, cartões de crédito American Express®, Visa, MasterCard, MasterCard débito, Diners e cartões de débito Visa Electron.
Venda a grupos: grupos@t4f.com.br