Resenha: ‘Dorotéia – A farsa irresponsável’




Por Virgínia Castellões

“Dorotéia” com direção de Jorge Farjalla nos mostra como Nelson é e continuará sendo atemporal. A montagem conta com Letícia Spiller no papel da protagonista e Rosamaria Murtinho no papel da terrível Dona Flávia.

Foto: Divulgação

Assistir ao espetáculo é se deliciar com Rosamaria em cena por mais de duas horas em uma atmosfera tensa e precisa. A trilha sonora acompanha todo trajeto de Dorotéia e colabora intensificando sua evolução e conflitos psicológicos. Os homens jarros são uma espécie de inconsciente e surgem por todos os lados do palco nada tradicional montando no teatro, ponto a ser destacado para a cenografia que foge em muitos aspectos do tradicional, desde as árvores/coxias até as diversas entradas de cena. O elenco conta ainda com Ana Machado que mostra em ações minuciosamente pensadas e bem executadas, quando a atriz não está no foco da cena, todo conflito de Das Dores.

Doroteia é de fato uma farsa irresponsável. É muito válido assistir Rosamaria no auge de seus mais de 75 anos em cena com uma personagem tão complexa e reverenciando a arte do fazer teatral na sua essência. Rosamaria é, nos tempos de hoje, um suspiro para a nova geração de atores, um exemplo e merece todos aplausos  por seus 60 anos de carreira e contribuição artística para nosso país.
SERVIÇO
Teatro Tom Jobim. Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico, dentro do Parque Jardim Botânico, Tel:  2274-7012). De sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 20h. Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25 00 (meia), 50% de desconto para colaboradores Petrobras. Vendas na bilheteria do teatro e no www.ingressorapido.com.br

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