Seriado iZombie – primeira temporada




Uma visão leve e pop com uma zumbi-detetive

Por colaboradora: Huda Guimarães

Se você não curte aquela visão de sempre de zumbis ou violentos como walking dead ou humor trash B como todo mundo quase morto, a série iZombie lança um novo olhar sobre zumbis.

Foto: Divulgação

Nela, a nossa protagonista Liv Moore, uma moça certinha e dedicada, futura cirurgiã, com uma vida de conto de fadas e noiva do cara perfeito e lindo, para tentar ser mais social, vai para uma festa com os colegas em um barco. Nisso, é arranhada por um zumbi transformando-se em uma morta-viva. Em depressão, abandona tudo, rompe com o noivo sem explicações e vai trabalhar no lugar mais conveniente para ela que é o necrotério local. Longe de virar um zumbi alucinado, ela na verdade consegue viver em sociedade contanto que coma cérebros todos os dias, só dando a ela uma aparência mais “albina”, com a pele mais pálida, cabelo quase branco e olheiras. Sua vida começa a mudar quando seu chefe Ravi descobre o que ela é e se dispõe a ajudá-la para achar uma cura. 

O curioso desse seriado é que, a cada cérebro que Liv come, ela adquire as últimas lembranças e personalidade da pessoa morta, o que é uma ótima estratégia do seriado e exige bastante da atriz, que consegue dar conta, mostrando diversas nuances como quando ela come o cérebro de um pintor e começa a ver o mundo com outras cores ou quando come o cérebro de um assassino frio e fica sem emoções, virando uma quase sociopata. Sem querer, seu caminho se cruza com a do detetive Clive Babineaux, e fingindo ser vidente (sim, é sério), ela começa a ajudar a polícia a resolver os assassinatos das pessoas cujo cérebro ela come e assim alivia de certa forma sua culpa.

Fora desse arco “caso da semana” que seria cansativo, começa a ter uma história mais sólida por trás, com o aparecimento do Blaine, o zumbi que a arranhou, um zumbi pálido e traficante ambulante, que começa a criar a própria demanda por cérebros como forma de ganhar dinheiro. Ele almeja criar pratos de alta gastronomia feito de cérebros, o que é bem divertido, ver pratos clássicos sendo mostrados dessa forma.

Outra coisa interessante é seu ex-noivo Major, cujo papel seria de figurante emocional, mas na verdade ganha mais profundidade e complexidade, com um crescimento que faz a gente se envolver e torcer por ele. 

Feito pelos criadores do seriado Veronica Mars e inspirado nos quadrinhos da Vertigo Comics, criado por Chris Roberson e Michael Allred, o seriado tem vários aspectos pops, com uma pegada divertida incluindo sua abertura em formato de quadrinhos. A primeira temporada se encerra cheio de ganchos para a segunda temporada, com uma história forte por trás e esperando que se siga o mesmo ritmo inteligente e jovial.

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