Seriado Westworld – Primeiras impressões!
Por Huda Guimarães
Uma ficção científica no velho oeste misturando mistério e existencialismo
Foto: Divulgação
A nova aposta da HBO chega com tudo tendo uma das melhores estreias do canal, que não tinha desde a estreia de True Detective em 2013. Sendo proclamada como a substituta do seriado Game of Thrones, a série é assinada pelo casal Jonathan e Lisa Joy Nolan e tem produção de J. J. Abrams com um elenco estelar como Anthony Hopkins, Evan Rachel Wood e Rodrigo Santoro.
A série conta a história de um parque temático chamado Westworld criado pelo Dr. Robert Ford (Hopkins) para simular o velho oeste norte-americano, com robôs de inteligência artificial cuja função é criar o ambiente mais fiel possível e interagir com os convidados. Baseado em um filme de 1973, Wesworld – Onde ninguém tem alma, o seriado é uma ficção científica que chega com uma mistura densa de personagens, mistérios e histórias que irão se entrelaçando no decorrer da trama.
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Os primeiros capítulos chegam com uma apresentação de vários personagens, onde os robôs começam a ter uma “falha” depois de uma atualização onde o criador deles insere “devaneios”, e eles começam a ter lembranças, e sintomas como mudança de comportamento, travamento e ameaças aos convidados, o que complica para os técnicos e todas as pessoas por trás do funcionamento do parque.
Um lugar onde os convidados são orientados pelos “anfitriões”, robôs designados para atendê-los com seus papéis pré-definidos por um roteiro, para fazerem absolutamente tudo o que desejarem, como roubos, assassinatos e estupros, levando a ilusão a um nível assustador de realidade e emoções extremas.
Nestes primeiros episódios vimos mais a administração do parque, a criação dos robôs e a interação da equipe com eles e o acompanhamento da repetição do dia a dia através de Dolores, uma das personagens mais antigas do parque, que num momento da série, dá a entender que são mais de 30 anos. Ela é feliz, doce e esperançosa, com uma paixão por um dos outros anfitriões. Também é a preferida dos criadores e é pelos olhos dela que vemos mudanças das rotinas que acompanhamos na trama.
Para aumentar o mistério do seriado, temos uma figura de preto, um visitante, que começa a fazer as maiores atrocidades devido a uma obsessão por um “nível mais profundo” do jogo. Não sabemos ainda o que ele deseja, ou quem ele é e porque suas ações não são impedidas pela equipe de monitoramento, só se sabe que ele tem uma “carta branca”.
Foto: Divulgação
Com um visual deslumbrante, fotografia impecável, diálogos complexos e efeitos especiais de primeira, este seriado chega como uma excelente substituta para Game of Thrones, com todo um potencial para ser uma série bem interessante e cheia de mistérios e questionamentos sobre ética, futuro e existencialismo.