Entrevista Exclusiva com Hugo Bonemer
Por Rodrigo Bueno
Com uma carreira consagrada no teatro, cinema, TV e até na música, o ator Hugo Bonemer coleciona personagens marcantes nos musicais como “Hair” e “Rock in Rio – O Musical“. Na TV, seu último papel foi o jovem professor Augusto, par romântico de Sophia Abraão, na primeira fase da novela “A Lei do Amor“, da Rede Globo. Já no cinema, Bonemer estreia como dublador na animação “Trolls” da Dreamworks, ele dá voz ao monstrinho Tronco, interpretado pelo astro Justin Timberlake na versão americana. Em entrevista exclusiva ao Acesso Cultural, o ator versátil fala sobre sua carreira e seus projetos para 2017. Confira!
Foto: Luciana Sposito
AC: Como surgiu o interesse pelo mundo das artes?
HB: Pude descobrir cedo o que me motivava por ter tido muito contato com as apresentações de dança da escola da minha mãe.
AC: Depois de atuar em Hair, Rock in Rio – O Musical e Ordinary Days, qual é o seu musical preferido?
HB: Pippin, o musical fala da jornada do artista. Trabalha caráter, moral e ética e como os três quereres são realmente diferentes. Meu caráter é o que eu quero, seja pra mim ou pro mundo. Moral é o que combino com uma pessoa ou mais. É o que é bom “pra gente”. E ética é o que é bom pra todo mundo. A ética deveria ser o que a política, a espiritualidade e o esporte deveriam buscar, mas infelizmente tudo acaba caindo no flaxflu. Pippin passa a peça tentando decidir se vai atrás do seu próprio caráter, da moral (que muda de lugar pra lugar) ou da ética. Adoro esse questionamento e a busca por um equilíbrio.
AC: Conte a experiência de realizar apresentações de “Rock in Rio – o Musical”, no Rock in Rio Lisboa.
HB: Foi tão absurdamente gostoso. Desde um elenco delícia que dava saudade já no fim do dia até chegar nos bastidores daquele espetáculo de música e tecnologia que é o rock in rio. Abrimos shows das bandas principais no palco mundo, todos os dias. Cantamos pra setenta mil pessoas. Fico emocionado de lembrar!
Foto: Divulgação
AC: Dos papeis que já fez qual considera que foi o mais desafiador?
HB: O atual. Mas é segredo… tão segredo que o nome da série e a vida secreta dos casais, e vai ao ar ano que vem na HBO.
AC: Seu último trabalho na TV foi na primeira fase da novela ‘A Lei do Amor’ da Rede Globo. Como foi a preparação para viver a juventude de Augusto?
HB: Foi com uma preparação de elenco cuidadosa oferecida pelos estúdios globo. Existe a demanda por uma interpretação contemporânea e achei muito difícil fazer. Fiquei feliz com o resultado, apesar da dificuldade. A regra máxima era “não deixar tudo claro demais ao ponto do espectador não ter dúvidas sobre o caráter do personagem”, então enfatizavam na gente um olhar que pudesse ser lido de diferentes formas, por espectadores diferentes, é uma potência no discurso sem vender as emoções como costumamos fazer na telenovela. Bem difícil. Fiz o processo todo junto com o Tozzi, para que roubassemos a temperatura um do outro e realmente parecêssemos em cena.
AC: Na animação “Trolls”, você dá voz ao personagem Tronco (o único troll que não gosta de cantar, dançar e abraçar). Cite uma semelhança e uma diferença com o seu personagem.
HB: Eu gosto de abraçar e cantar, mas assim como o Tronco, faço estoque de comida em casa.
AC: No quesito música, o que não pode faltar na sua playlist?
HB: Não falta Aerosmith e Jaime Cullum na minha playlist.
AC: Quais os atores e atrizes que admira?
HB: Admiro os atores e atrizes que conseguem manter uma carreira longa, estável e diversa sem causar histeria no público.
AC: Tem novos projetos pra TV, Cinema ou Teatro, algo que já possa comentar?
HB: Ano que vem estreia “Minha fama de mau”, cinebiografia de Erasmo Carlos. Ali faço uma aparição relâmpago, como o cantor americano Bobby Darin. Sou um pôster no quarto do Erasmo que, como os quadros de Hogwarts, bate um papo com Erasmo. A novidade é que fiz parte da trilha, gravando minha versão de “Splish Splash” e de “Rock Around The clock”, tocadas ao longo do filme.
AC: Para finalizar, deixe uma mensagem para os leitores do Acesso Cultural!
HB: Se você lê o Acesso Cultural provavelmente é estudante de artes cênicas, ou uma pessoa realmente interessada em cultura. Obrigado por existir 🙂 habitue-se a assistir um filme, espetáculo ou o que quer que seja, tentando captar as escolhas do artista, não tem coisa mais cafona do que quem não consegue se desligar da ideia do “como eu faria se fosse eu ali”. Assim você vive experiências culturais mais felizes. Juntos somos mais potentes!
Foto: Divulgação/TPM
Ping Pong!
Malhação ou Alto Astral: Malhar cheio de Alto Astral
Maringá: Casa
Cor: Amarelo quase Verde
Signo: Câncer com ascendente em Sagitário
Filosofia: Amor é sinônimo de aceitação
Cinema: Artesanato
Confissões de Adolescente: Cris Damato
Série: Som e Fúria
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