Surf do Asfalto
Outro dia na parede de uma casa eu li: Museum Ypiranga SKT. – museu do skate do Ipiranga. Seja qual é a tradução, lembrei-me que gosto do skate. Para mim, é um surf do asfalto.
Foto: Divulgação
Fui pesquisar, e realmente essa foi a intenção dos surfistas por volta de 1950, na Califórnia – EUA. Aqueles jovens cansados de esperar as ondas que não vinham, alguém resolve pegar um pedaço de madeira, dar uma forma semelhante a uma prancha de surf, parafusa as rodas de um patim (skate) e pronto, nasce uma modalidade que aos poucos foi se tornando popular.
Praticavam nas calçadas, depois aventuram em algumas ruas com ladeiras. Depois, na mesma Califórnia, houve uma crise de água decorrente de uma seca prolongada, e muitas casas com piscinas revestidas em concreto estavam vazias; lá vão eles, as primeiras manobras.
Os anos passam, as rodas de ferro dos patins revestidas de um plástico duro recebem um novo material – poliuretano – e aí entram as manobras radicais dos anos 70.
O skate se tornou um esporte praticado em todo mundo, um grande business: pranchas e rodas especiais, roupas, capacetes, protetoras de cotovelo, joelho, patrocinadores de todo tipo. Um negócio que movimenta muito dinheiro.
Crianças, jovens, adultos, até cachorros andam de skate…menos eu! Confesso, tenho desejo de experimentar e fazer aquelas manobras que desafiam as leis da física, quando o skate salta um obstáculo e não sei como fica grudado nos pés, gira e se move e retornam, a prancha e os pés juntos ao chão. Uau!
Já pratiquei o surf. Minha prancha era bem maior que a minha altura. Branca com duas listras marrons. Pela descrição podem calcular a minha idade. Mas tudo bem, quem sabe eu ganho uma nova ousadia e experimento essa pequena tábua sob meus pés, e vou surfar no asfalto, olhos no chão e vento no rosto (será que dá para fazer um tubo?).
Por colaborador Roberto T. Helou
Fonte: www.travinha.com.br