Crítica: Lego Batman – O Filme




Por Danny Mainzer
Em 2014 estreava nos cinemas o
primeiro filme que levava a marca LEGO e uma de suas grandes missões era
conseguir fazer o grande público se identificar com um personagem novo criado
para o filme chamado Emmet. A Lego já é
uma marca mundialmente conhecida por seus brinquedos, hoje também fazendo a
alegria de adultos com seus colecionáveis licenciados trazendo desde sua versão
de Star Wars até as princesas da Disney.

Foto: Divulgação

Não foi à toa que o filme foi
um sucesso não só pela sua história, mas também por ter um protagonista
desconhecido que passou a ser amado por todos, e também trouxe inúmeras
referências colocando todos personagens disponíveis pela marca em sua uma hora
e meia de filme. E logicamente o personagem que mais agradou a todos foi nada
menos que o próprio Batman, com seu humor negro e seu ego tão alto quanto o céu
roubando a cena para si.

Seu sucesso foi tanto que a
Warner Bros jogou sua continuação de Lego – O Filme para 2019 e encomendou um
filme solo apenas com Batman e sua cidade Gotham.

Trazendo o mesmo tom sarcástico
e bem-humorado do filme anterior, dirigido por Chris MacKay nos
leva a uma imersão maior na vida desse herói amado por todo mundo e o vemos
numa jornada em busca de si mesmo, aprendendo a importância de se trabalhar em
equipe e não sozinho como ele tanto preza, ao mesmo tempo em que tem que salvar
Gotham do lunático Coringa.

Ao contrário dos filmes da Lego
feitos para a televisão, Lego Batman – o Filme traz uma história concisa
explorando cada aspecto da vida de Bruce Wayne até sua relação de amor e ódio
com o Coringa.

Solitário, Batman vive em sua
enorme mansão apenas com Alfred. Passa seus dias salvando a cidade de seus
inúmeros vilões, recebendo elogios de seus habitantes mas em casa a história é
outra. Bruce Wayne come sozinho. Assiste a comedias românticas sozinho em seu
enorme cinema na mansão, além de só ter seu computador para conversar.

A chegada de Dick Greyson, o
Robin, lhe traz uma nova luz em sua vida escura. Com Robin, Bruce aprende a ter
paciência, a respeitar a opinião dos outros além da importância de se ter
alguém com quem contar.

Para os fãs do herói há várias
referências da história do Batman no cinema, passando desde o amado e odiado
Batman vs. Superman até o Batman de Adam West com direito até ao repelente de
Tubarão.

Foto: Divulgação

Mas talvez o que mais chama
atenção neste filme é a relação Batman-Coringa. Por ser um filme infantil o
assunto foi amenizado mas sua profundidade é latente. Um não pode viver sem
outro. Yin Yang. E se analisarmos bem a relação dos dois é claramente uma
relação amorosa. Em determinado momento do filme o Coringa pede a única coisa que espera ouvir do Batman em todos esses anos
de luta que soa quase como eu “eu te amo
na versão “eu te odeio”.

Outra coisa sutil que mostra o
quanto a Lego está um passo à frente de seu tempo é o fato do Robin achar que
foi adotado por dois pais, Bruce e o próprio Batman tocando nesse assunto
polêmico e mostrando que é normal sim você ter dois pais.

Divertido e cheio de
referências que vai agradar o público dos 8 aos 80 anos, Lego Batman- o Filme é uma ótima pedida para esse fim de semana, além de trazer uma bela mensagem
sobre amizade e cooperação, no qual nem o Batman conseguiu resistir.

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