Resenha: A Bela e a Fera – Versão Dublada
Por colaboradora: Mila Poci
Encantamento sempre no desenho, no palco e agora no cinema. De origem francesa, A Bela e A Fera é uma belíssima alegoria a respeito da auto aceitação, do preconceito e do desafio de enxergar o outro como igual e até a possibilidade de convívio pacifico entre diferentes. Cumpre completamente sua função de fazer pensar e encantar.
Foto: Divulgação
A “versão live-action” é irmã gêmea do desenho da Disney (1991); nas músicas, no vestido amarelo e na maioria das cenas. Algumas adaptações sutis funcionam como valiosas explicações do passado de Bela (Emma Watson), órfã de mãe, do envolvimento e sedução(sim! num infantil, com delicadeza e bom gosto há ,e funciona! Não é física, não há o que temer, papais!), quando Bela lê para Fera no jardim gelado, e assim a neve começa a derreter. No desenho, esta cena é feita com passarinhos. Livros são definitivamente mais próximos à assertiva e feminista Bela.
Emma Watson dá corpo a essa princesa independente e esclarecida; filha de um comerciante inseguro, torturado pelo passado trágico, bem vivido por Kevin Kline. Uma pena, somente os outros talentos encobertos pelos efeitos de computação, e revelados apenas no final; como a carinhosa chaleira (Madame Samovar) Emma Thompson; Stanley Tucci, no papel do romântico granpiano ou a linda Gugu Mbatha-Raw, de espanador (Plumete), ou o eterno Magneto Ian McKellen, fazendo um engraçado e mandão relógio; ainda mais encobertos na muito caprichada versão dublada.
Foto: Divulgação
Nem história, nem texto ou música e até mesmo piadas e características dos personagens se perdem na dublagem.
Show Milu. Parabéns.