Resenha: Precisamos falar sobre o seriado Eyewitness




Por Erlanio Lima

Passeando pelas publicações alheias no Facebook, encontrei uma matéria sobre seriados com temática LGBTT, na lista tinham alguns nomes conhecidos por mim como Queer As Folk, Glee, Dantes’s Cove, The New Normal, entre outras que já tinha ouvido falar, mas ainda não as tinham assistido. Uma em especial me chamou a atenção pela sinopse, era o seriado: Eyewitness

Reprodução / Internet

O seriado é uma produção norte-americana que estreou em 16 de Outubro de 2016, no canal pago USA Network. Baseada na produção norueguesa Øyevitne, conta a história de Philip e Lukas, dois rapazes adolescentes em descoberta de sua sexualidade e se envolvem amorosamente, enquanto Philip (Tyler Young), por ser mais maduro e sentimental, tem mais clareza sobre sua orientação sexual, porém Lukas (James Paxton), não consegue lidar muito bem com sua homossexualidade. Numa noite que os dois se encontram numa cabana e onde acontece o primeiro beijo dos rapazes, eles são surpreendidos por homens que chegam num carro e assustados, os dois se escondem enquanto se tornam involuntariamente testemunhas oculares de um crime bárbaro. Num determinado momento eles conseguem fugir da cena do crime, porém, o assassino está ciente da fuga dos dois e está disposto a encontrá-los. Como não querem que descubram sobre a homossexualidade dos dois, eles preferem não comentar sobre o crime. A trama decorre além do romance entre Philip e Lukas, um drama genuíno sobre descobertas e aceitações, ensino médio, dramas familiares e a busca incessante por um assassino que está mais próximo deles do que imaginam. A detetive Helen (Julliane Nicholson), é a mãe adotiva de Philip e fica um tanto obcecada com este caso, deixando de lado sua família para desvendar este mistério.
Philip (Tyler Young) e Lukas (James Paxton)

Confesso que não sou muito fã de séries policiais, mas o seriado é bem mais do que isso, um misto de drama adolescente e suspense, personagens muito bem interpretados que dão a força para o seriado ganhar reconhecimento e interesse do público. Por ser ambientada numa cidade pequena e terem poucos personagens na trama, de uma forma ou outra eles acabam se interligando, causando comoção e torcida dos espectadores pelos personagens. Um seriado de 10 episódios que me prenderam do começo ao fim, com plot twists inteligentes em cada episódio foram o ponto forte para me ganhar. Aflição, frustração, raiva, emoção e algumas risadas são o que o seriado podem te provocar. Mesmo com alguns furos no roteiro, mais precisamente em sua season finale, onde temos os desfechos dos personagens, a série não perde seu mérito.
Detetive Helen (Julliane Nicholson), mãe adotiva de Philip e esposa de Gabe Caldwell (Gil Bellows)

Mesmo com boa recepção na crítica especializada, a série não obteve boa audiência e em março deste ano o canal USA, resolveu não renovar o seriado para uma segunda temporada, uma verdadeira decepção e tristeza para os fãs do seriado e do casal #Philkas. Nas redes sociais existe uma campanha para pelo menos trazerem o seriado ao serviço de streaming “Netflix”, para que a série ganhe mais reconhecimento e quem sabe assim o canal reconsidere e cogite uma nova temporada. Ficamos na torcida e recomendo essa série a todos vocês, pois ela é surpreendente, pois mesmo seguindo uma fórmula conhecida nesses seriados, ela te prende como uma espécie de maneira surpreendente, mas isso se deve as boas atuações, personagens bem construídos, uma trama inteligente, um drama emocionante e aquela tensão de termos logo o assassino preso.

Nota: 9

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