Sete companhias teatrais de São Paulo se reúnem para apresentar cinco estudos cênicos de cinco textos de Bertolt Brecht




Cia. Livre CONVIDA: Cia.São Jorge de Variedades;Núcleo Bartolomeu de Depoimentos; Companhia Oito Nova Dança, 28 Patas Furiosas, mundana companhia  e Cia. Antropofágica

Por Redação


Fruto da necessidade de desenvolver um trabalho cênico conjunto para refletir ética e esteticamente a conjuntura política atual do Brasil, sete companhias teatrais de São Paulo se uniram a convite da Cia. Livre (formada por Cibele Forjaz, Edgar Castro e Lucia Romano) para aprofundar os estudos do teatro épico-dialético na busca pela criação de uma linguagem de atuação épica, brasileira e contemporânea, a partir de cinco textos do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).

Foto: Helena Wolfenson

Nos dias 1 e 2 de maio, abrindo a série de apresentações públicas que se estenderá até o mês de setembro, sempre duas de cada texto, a Cia. Livre o Núcleo Bartolomeu e a Cia. São Jorge de Variedades apresentam “A Santa Joana dos Matadouros”, escrito por Bertolt Brecht (1898-1956) no período entre guerras, momento em que o povo germânico encontrava-se destroçado.

Depois dele virão ‘Baal’; ‘Um homem é um homem’; ‘Os Horácios e os Curiácios’; e ‘A Resistível Ascensão de Arturo Ui’, não necessariamente nesta ordem.

O projeto integra as atividades de abertura da nova sede da Casa Livre, recém-inaugurada na Rua Conselheiro Brotero, 195, na Barra Funda, depois de perder sua histórica sede para a especulação imobiliária. As dez apresentações serão na Casa Livre, em espaços públicos, tais como ruas, praças, ou locais do bairro ou da cidade que estejam relacionados às ações dos textos.

“A urgência da conjuntura política atual e a necessidade de articular respostas estéticas e éticas a ela, como forma de resistência, nos levaram de volta à obra de Bertolt Brecht.

Vamos convidar o público para partilhar os resultados deste encontro realizado conjuntamente por grupos parceiros, que têm em comum estudos próprios do épico em versões brasileiras, como também refletir o papel da arte como instrumento de política”, diz Cibele Forjaz.
Sinopse:

A peça, escrita entre os anos de 1928 e 1931, foi uma análise crítica sobre a crise econômica de 1929, quando o excesso de produção levou os industriais a uma absoluta dependência das bruscas oscilações da bolsa de valores de Wall Street. Ao desnudar as contradições, a peça traz à tona a verdade da economia política sob o capitalismo. Ambientado nos matadouros de Chicago, o texto tem como personagem protagonista, Joana, uma pobre moradora da cidade militante dos ‘Boinas Pretas’, grupo que se dedica a fazer pregações religiosas como forma de promover um acordo entre os empregados e os patrões em meio à crise da indústria de carne.

Sua experiência, porém, vai obrigá-la a tomar consciência, à beira da morte, do antagonismo de classes, da hipocrisia da religião e da ilusão das boas intenções.

Serviço

Dias 1 e 2 de maio, segunda e terça-feira

Texto: ‘A Santa Joana dos Matadouros’

Autor: Bertolt Brecht

Local: Casa Livre

Rua Conselheiro Brotero, 195 – Barra Funda – CEP: 01154-001

Tel: 11 3257 6652

Horário: 19h

Capacidade de público: 40 pessoas

Duração: 150 minutos [2h30min]

Grátis

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