O Impressionismo e o Brasil no Museu de Arte Moderna de São Paulo
Por colaboradora Monise Rigamonti
Inaugurada nesta semana, na terça-feira (16/05), a mostra “O Impressionismo e o Brasil”, encontra-se na Grande Sala do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com a curadoria do Felipe Chaimovich, fica em cartaz até dia 27 de agosto de 2017.
Inaugurada nesta semana, na terça-feira (16/05), a mostra “O Impressionismo e o Brasil”, encontra-se na Grande Sala do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com a curadoria do Felipe Chaimovich, fica em cartaz até dia 27 de agosto de 2017.
Foto: Divulgação
A exposição é composta por mais de 70 pinturas do Período Impressionista incluindo artistas como Renoir – percursor do movimento na Europa, e de artistas como George Grimm – pioneiro desta técnica no Brasil, seguido por pintores nacionais como Antonio Parreiras, Arthur Timotheo da Costa, Georgina de Moura Andrade Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Eliseu D’Angelo Visconti, Antônio Garcia Bento, Mário Navarro Costa, Giovanni Battista Castagneto, as obras destes artistas integram a mostra.
Para complementar a didática da exposição podemos ver 3 vídeos desenvolvidos por Carlos Nader discorrendo sobre o tema, observamos também uma linha do tempo pontuando os principais acontecimentos de cada época e falando sobre o desenvolvimento da tinta a óleo, além de alguns objetos de pintura que pertenceram a Antonio Parreiras em exibição na última sala.
Antonio Parreras – Crepúsculo / Divulgação
O movimento Impressionista surgiu a partir da observação da paisagem ao ar livre e da necessidade que os artistas sentiam de representa-la, diferente da pintura acadêmica e de ateliê onde havia um tempo maior para a execução do trabalho, os pintores impressionistas quando vão retratar um cenário ao ar livre precisam ter uma precisão da técnica e uma rapidez na manipulação das cores para que consigam capturar a luz no mesmo instante em que estão pintando, passando a finalizar os quadros no mesmo dia. Ressaltando que foi possível o desenvolvimento desta técnica graças ao surgimento da produção industrial trazendo a novidade das tintas a óleo durante o século 19.
Voltamos para o Brasil, a pintura de paisagem ao ar livre passou a ser praticada em 1884 quando o pintor bávaro George Grimm foi o responsável pelo início do seu ensino na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. No começo da produção impressionista no Brasil houve um certo choque e uma ruptura com o modelo imposto pela academia na época, pois os trabalhos eram executados dentro da faculdade ou do ateliê do artistas, logo quando passaram a ir para os locais explorar a paisagem e a intensidade da luz gerou um certo antagonismo.
Georgina de Moura – Canto do Rio / Divulgação
Devido a um uma intensa produção das telas, na década de 1880 quintuplicou o mercado de materiais industriais de pintura no Rio de Janeiro, que passou de onze lojas de tintas e objetos para pintores em 1882 para 52 lojas em 1889, com sortimento de importados, proporcionando ao artistas uma maior facilidade para encontrar os materiais e executarem as suas criações.
Observamos na exposição uma linha contínua e orgânica da curadoria, nos contando a história do impressionismo no Brasil, percebo um extremo cuidado na organização e apresentação dessas obras para o público. Percebo que muitas vezes a produção nacional foi desconhecida ou deixada em segundo plano, especialmente no ensino formal, mas cada vez mais vejo que temos uma produção extremamente consistente e rica dos nossos artistas, muitos ganhando prêmio e consagrações no exterior.
Giovanni Castagneto – Marinha / Divulgação
A primeira sensação que tive diante das telas foi de um verdadeiro encantamento perante as obras, admirando a intensidade das cores e das luzes representadas no cenário brasileiro em especial no Rio de Janeiro, onde a maior parte desta produção foi feita, representando a natureza selvagem brasileira que é viva, veloz, furiosa, mas de uma beleza que talvez seja indescritível em palavras, apenas em imagens.
Serviço
O impressionismo e o Brasil com curadoria de Felipe Chaimovich
Visitação: 17 de maio até 27 de agosto de 2017
Entrada: R$ 6,00/3,00 – gratuita aos sábados
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Grande Sala
Av. Pedro Álvares Cabral, s/no – Parque Ibirapuera (portões próximos: 2 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Telefone/email: +55 11 5085-1300/atendimento@mam.org.br
Site Oficial: www.mam.org.br