Meu Malvado Favorito Não Perde o Encanto… e a comédia
Por Redação
Por mais que o primeiro filme de animação da franquia de Meu Malvado Favorito tenha aparecido há sete anos atrás, o novo longa traz o mesmo tipo de energia e comédia que havia encantado o público. Para celebrar e entender como a franquia se manteve bem-sucedida, é interessante traçar seu enredo desde a introdução dos personagens que se tornaram queridos.
Reprodução / Internet
A primeira produção de Meu Malvado Favorito conta a história de Gru, voz de Steve Carell nos EUA e Leandro Hassum no Brasil, um supervilão que deseja ser o melhor, ou mais precisamente pior, malvadão do mundo. Porém seu desejo é quebrado quando um outro supervilão, Vector (Jeason Segel nos EUA e Marcius Melhem na versão brasileira) rouba a mais antiga e maior pirâmide do Egito. Desesperado, não resta mais nada a Gru a não ser então roubar a lua – uma tarefa não muito simples. Para isso, ele precisará roubar uma arma encolhedora que se encontra na fortaleza de seu oponente.
Mesmo ajudado pelos atrapalhados Minions (os personagens mais engraçados e queridos do filme) Gru não tem chance de entrar na fortaleza. Até que conhece três meninas órfãs que tentam vender biscoito para sobreviver. Gru, que tenta comicamente ser pai das meninas e ensiná-las a roubar o raio encolhedor, acaba sendo bem-sucedido em roubar a lua. Porém, logo percebe que talvez não seja tão mau assim, e que as meninas são mais valiosas para ele do que a própria lua. O vilão, sem querer, acaba formando uma família inusitada.
O segundo filme começa com Gru tentando ser um normal, embora não muito afortunado, homem de negócios que pensa em sustentar sua nova família. Claro, a tentativa de ser uma pessoa normal é estraçalhada quando a liga de anti-vilões pede ajuda para ele recuperar um poderoso mutagênico que altera o DNA e a forma de qualquer pessoa, e também qualquer Minion. Assim como no primeiro filme, o que parece ser uma comédia de ação onde Gru tem um objetivo claro e certo, se transforma em uma comédia familiar, onde o personagem vê suas emoções pessoais misturar com seus objetivos. Desta vez, ele se apaixona pela agente Lucy, que o ajuda a investigar o roubo do mutagênico. Em uma cena final hilária, Lucy admite que ela também gosta do vilão, casando-se com ele e tornando-se a mãe que as meninas órfãs sonhavam em ter.
Reprodução / Internet
Antes do terceiro filme, os produtores ainda criaram Minions, um longa que conta a história de como os ajudantes atrapalhados de Gru evoluíram desde o começo do universo até se tornarem as criaturas amarelas de hoje. Sempre sendo vidrados no mau, os Minions no final encontram no jovem Gru o tipo de vilão que sempre desejavam seguir.
Esta trajetória divertida e cômica nos trás ao terceiro filme da franquia. Agora, Gru, desempregado por não ser tão bom em capturar vilões, acaba encontrando seu irmão gêmeo desconhecido, que é milionário e… mau. Embora Gru tente manter uma nova vida normal, com sua mulher e suas filhas adotadas, o desejo de ser mau começa a aparecer novamente, para a alegria dos Minions.
Sem nunca perder o conflito geral da história, aquele desejo de ser mau versus o desejo de ter uma família – e sem perder o tipo de comédia que garantiu um filme próprio até a personagens secundários como os Minions – a franquia de Meu Malvado Favorito não falha desde a criação do primeiro filme.
* Artigo publicado por Daniel Bydlowski no jornal A Tarde