Cão Sem Plumas faz temporada no Teatro Alfa
Por Redação
Baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) Cão sem
Plumas, da Cia de Dança Deborah Colker, espetáculo coreografado pela
artista carioca já tem alguns setores esgotados para as sessões que fazem parte da Temporada de Dança do Teatro Alfa. O espetáculo conta com apresentações em São Paulo entre 25 de agosto a 2 de setembro.
Plumas, da Cia de Dança Deborah Colker, espetáculo coreografado pela
artista carioca já tem alguns setores esgotados para as sessões que fazem parte da Temporada de Dança do Teatro Alfa. O espetáculo conta com apresentações em São Paulo entre 25 de agosto a 2 de setembro.
Foto: Cafi
Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno. “O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana. Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.
A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife. Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.
Foto: Cafi
A Temporada Alfa 2017 continua com o Cirque Éloize (de 22 a 24 de setembro), companhia canadense que está no topo da renovação da arte do circo, com o espetáculo Cirkopolis. Em seguida vem o Nederlands DansTheater 2 (29 de setembro e 1º de outubro), grupo holandês, referência há quase seis décadas na dança contemporânea, apresentando três obras selecionadas do repertório coreográfico. Finalmente, pela primeira vez no Brasil, chega a L. A. Dance Project (de 17 e 18 de outubro), companhia americana criada por Benjamin Millepied, bailarino e coreógrafo francês, que reúne artistas de diferentes disciplinas.
Serviço
Cia. de Dança Deborah Colker – Cão sem Plumas
De 25 de agosto a 2 de setembro.
Terças, quartas e quintas-feiras, 21h. Sextas-feiras, 21h30. Sábados, 15h (apenas no dia 2 de setembro) e 20h. Domingos, 18h.
Ingressos – Setor I: R$ 160,00 – Setor II: R$ 160,00 – Setor III: R$ 90,00 – Setor IV: R$ 50,00.
Cartão Petrobras e Força de Trabalho: 50% na compra de até 2 ingressos por apresentação. Desconto não cumulativo.
Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000.
Site: www.teatroalfa.com.br. Ingresso rápido ou pelos telefones:
11 5693-4000 | 0300 789-3377. Duração – 2 horas. Classificação – 14 anos.
11 5693-4000 | 0300 789-3377. Duração – 2 horas. Classificação – 14 anos.
Acessibilidade – motora e visual. Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00
Self Park R$ 31,00. Sala B. Vallet R$ 30,00 Self Park R$ 20,00.
Mais informações pelo site www.teatroalfa.com.br/temporada2017.