Bruno Gadiol relembra trajetória de sua carreira e fala sobre Guto de Malhação




O jovem conta a experiência de fazer seu primeiro personagem da TV em Malhação “Viva a diferença”

Foto: Divulgação

Por colaboradora: Letícia Akamine

Ele tem 19 anos e você provavelmente já viu esta carinha no The Voice Brasil ou fazendo alguns covers no YouTube. Mas se não viu, não tem problema, não. Desde de maio, Bruno Gadiol, também é o personagem Guto, na Malhação “Viva a diferença”. Aliás, talvez você já tenha até visto pelas redes sociais a #gunê, marca do par romântico de Guto e Benê (Daphne Bozaski) na tela da Globo.

O Acesso Cultural conversou com o rapaz que, além de simpático, mostrou que tem talento de sobra. Bruno contou pra gente tudo sobre seu personagem, a ponte área no eixo Rio – São Paulo e até suas preocupações com a carreira musical e ainda por cima deu uma palhinha sobre algumas das suas coisas preferidas! Ficou curioso (a)? Então confira na íntegra a entrevista com o ator.

Acesso Cultural: Quando você começou a perceber uma veia para artes?
Bruno Gadiol: Desde pequeno sempre amei assistir filmes musicais… era tudo ligado a música, principalmente “High School Musical”, “Camp Rock”, então eu cresci assistindo muito Disney, vendo essas coisas e eu amava muito. Mas eu não pensava em trabalhar, eu só pensava em brincar. Conforme fui crescendo, o processo foi sendo meio que natural. Me inscrevi em reality, aí teve o Kid X, em 2013, da Xuxa, que eu venci, o The Voice, e aí depois Malhação… então foi tudo acontecendo (risos).

Foto: Reprodução/TV Globo

AC: Você tem uma presença forte no YouTube para a música. Tanto por causa do The Voice, quanto pelo seu próprio canal que é bem focado nisso. Como você vê esse novo lado, como ator, sendo mais explorado na internet pela mídia e pelos fãs?
BG: Eu acho ótimo que as pessoas possam ver o Bruno ator e o Bruno cantor porque as pessoas sempre me perguntam “mas você é cantor ou ator?”, como se você só pudesse ser uma coisa, sabe? E eu não sou só uma coisa, sou os dois (risos). Sou cantor há mais tempo porque desde pequeno eu comecei a desenvolver isso. E o teatro comecei a estudar profissionalmente com 15 anos. Eu espero que as pessoas possam ver cada vez mais e saber diferenciar né, saber que a pessoa pode ser um artista que sabe cantar, dançar e atuar.

AC: Como está sendo equilibrar as atividades de cantar e atuar? Aliás, você pensa em lançar músicas autorais algum dia?
BG: No momento, eu não estou conseguindo equilibrar (risos). Eu estou focado totalmente em Malhação. Isso é uma coisa que eu estou pensando bastante até, que eu tenho que focar mais na carreira musical que é uma coisa que eu amo. O que está me ajudando muito é que o Guto também está cantando, então é ótimo porque, pelo menos, eu não fico sem cantar, então eu entro em estúdio para gravar as músicas do Guto e as pessoas me vêem cantando.

AC: Eu sei que você já fazia teatro há algum tempo antes de ir pra TV, chegou a atuar nos palcos, inclusive. Mas como foi o processo de entrar na Malhação?
BG: O processo para entrar na Malhação foi na minha escola de teatro musical. Eu estava estudando na Teen Broadway, escola na Vila Madalena, em São Paulo. Ano passado, a gente ficou sabendo de audições, não especificava o que era, mas era de uma série da Globo. Aí eu mandei material. Eu fui chamado para fazer uma entrevista e quando a produtora de elenco respondeu meu e-mail já tava escrito Malhação 2017. Eu comecei a fazer em abril esse processo e ele terminou só em Dezembro.

AC: E por falar nisso, a dinâmica do palco para a TV é diferente, né? Você sentiu essa diferença?
BG: Do palco para TV é diferente, sim. No palco as coisas têm que ser maiores, e na TV tem que ser o mais natural possível. Não que no palco não seja natural, mas, querendo ou não, você tem que fazer uma coisa grande para aquela pessoa que está sentada lá no fim te ver (risos). Então tudo tem que ser tudo maior, do choro à risada. Na TV, tudo é muito pequeno, tem vez que não pode se mexer, você tem que estar exatamente onde foi marcado porque senão você sai de quadro. A interpretação também é diferente porque tem que ser mais natural.

AC: Vamos falar sobre o seu personagem! A Malhação já está rolando desde maio, como têm sido a resposta do público? Os seus fãs de antes te acompanham neste trabalho?
BG: Está sendo ótima, mais do que eu esperava. Guto e Benê, principalmente, está sendo um casal muito shippado, né, como falam (risos). As pessoas torcem bastante por eles, e isso é ótimo para gente! Eu estou muito feliz com o crescimento que o Guto teve desde o começo da novela para cá. Eu acho que essa é uma resposta de um texto bom, de um trabalho que vem sendo feito com amor. E sim, meus fãs me acompanham. Eu vejo muito comentário no meu no meu canal do YouTube, tipo: “ah, te acompanho, desde 2013, quando você começou a postar vídeos cantando”, e “é muito legal ver esse seu crescimento”. É muito bom ouvir isso.

AC: O tema da Malhação agora é “Viva a diferença”. Uma coisa que está sendo bem enfatizada em relação ao seu personagem é o par romântico improvável entre um garoto popular e uma menina desajeitada. Você acha que é importante essa materialização da diferença nesses personagens?
BG: Acho que é muito importante essa relação do Guto e da Benê porque eles têm uma verdade juntos. Acho que ela é muito ingênua, sabe uma criança ingênua, e ele é um pouco menos ingênuo que ela, mas ele também tem essa coisa leve. Ele gosta de estar com a Benê porque ele gosta do jeito dela, gosta dela, se sente bem do lado dela e ela pelo mesmo motivo, sabe? O fato dela ser diferente, não ter uma condição financeira igual à dele, acho que isso não conta para o Guto e isso é muito legal de ver. Eu tenho muito orgulho de ver a Malhação “Viva a Diferença” quebrando alguns padrões.

Foto: Fabio Rocha/TV Globo

AC: Você é jovem e tem mais ou menos a idade do seu personagem. Você se identifica com ele? Pelo menos, na parte de cantar, eu sei que vocês têm isso em comum (risos).
BG: Sim, o Guto parece muito comigo em muitos aspectos. Ele é bem tímido, é ligado a música… no começo, eu não sabia que ele ia cantar, mas ele já tinha o lance do piano, então eu atribuía o significado da conexão com a música de alguma maneira, um pouco diferente da minha, mas estava. Mas agora ele está igual a mim (risos). Eu também acho que ele toma algumas decisões que eu tomaria, ele tem uma linha de raciocínio lógico que é um pouco parecida com a minha. Todo mundo nessa novela tem características dos seus personagens e acho que isso foi um dos motivos pelos quais as pessoas foram escolhidas para os papéis.

AC: Como foi a construção do Guto?
BG: [No início] A gente começou a trabalhar com a Laís Correia, ótima preparadora de elenco, e a partir daí começamos a construir a maneira como os personagens andavam, como eles falavam as coisas…e isso a gente não tinha texto ainda. Em fevereiro, recebemos os primeiros capítulos do texto, mas o personagem é muito construído a partir da relação com os outros personagens. Nenhum personagem está pronto. A gente vai construindo ele com o tempo, com a novela, com tudo.

AC: Querendo ou não você está em uma TV aberta, alcançando um monte de jovens pelo Brasil. Tanto sua imagem nas redes sociais, quanto a sua imagem lúdica, ali no Guto, te preocupam?
BG: Não, eu não me preocupo muito com a imagem dele [Guto]. A gente defende um pouco o personagem, né? (risos) Mas eu não me preocupo com os caminhos dele, eu aceito. Quando vejo que chegou texto, eu vejo que vai acontecer algo com ele ou ele vai fazer alguma coisa, tudo bem, eu vou lá e faço. Se a gente fica preocupado, tenta mudar a intenção de fala de texto para que fique mais suave algum aspecto. Em relação a mim, eu me preocupo com a minha imagem, mas eu sou assim, não sou muito diferente do que aparece ali. Óbvio que eu privo muitas coisas da minha vida pessoal que nem todo mundo tem que saber, mas de uma maneira super tranquila. Eu divido [com os fãs] só o que eu acho que eu tenho que dividir.

AC: Desde Malhação você vive entre São Paulo e Rio de Janeiro, né? Rolou uma questão de adaptação ou isso foi tranquilo?
BG: Sim, eu vivo na ponte aérea. Hoje mesmo eu vou para o Rio de novo (risos). Eu amo o Rio, tirando os aspectos negativos, que tudo tem positivo e negativo, eu amo a cidade. Amo natureza, e essa é uma coisa que eu coloco em primeiro lugar para eu ir. E lá tem bastante disso, então me adaptei fácil. Tem vez que eu fico com saudade da minha família aqui, mas eu também estou sempre aqui e tem sempre a possibilidade de vir para cá [São Paulo] mesmo que seja por pouco tempo.

Foto: Divulgação/TV Globo

>> JOGO RÁPIDO <<
Um filme: Por incrível que pareça são os da minha infância. Eu gostava muito do filme “O Pequeno Vampiro” (risos)
Uma música: São tantas, tantas.
Um lugar: Minha casa. Por mais que faça viagens e vá para os lugares, é minha casa [em São Paulo].
Uma recordação: Recordações da minha infância, como brincar na rua, a casa da minha avó…
Um livro: “O Alquimista”. Fez muito sentido quando li.
Uma peça: Essas perguntas são muito difíceis (risos). Não sei.
Um (a) cantor (a): Ariana Grande. Ela me inspira muito vocalmente.
Uma novela: Avenida Brasil. Eu adorava assistir.

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