Zeca Baleiro lança álbum com canções raras




Entre as inéditas, álbum inclui gravação de Chico Buarque e canção composta especialmente para Roberto Carlos

Por Andréia Bueno

Após dois volumes de duetos, Zeca Baleiro reúne gravações raras e dispersas no álbum Arquivo_Raridades, que chegou nas plataformas digitais no dia 27 de abril (sexta-feira). São 11 gravações de estúdio e 2 ao vivo, sendo 8 registros inéditos, entre eles “Envolvidão” e “Logradouro”, que saíram no formato single, anunciando o lançamento do álbum digital.

Foto: Silvia Zamboni
Do repertório autoral, Baleiro apresenta “A Estrada me Chama”, composta para a série “O dia em que nos tornamos terroristas”, produzida no Maranhão, e “Tarde de Abril”, feita especialmente para Roberto Carlos. “Há mais de dez anos, li matéria sobre projeto de CD em que Roberto Carlos gravaria apenas compositores nunca gravados por ele, das ‘novas gerações’. É um sonho de consumo dos compositores da minha geração ter uma música gravada pelo Rei. Imediatamente compus uma canção, gravei ao vivo no estúdio, acompanhado apenas de Adriano Magoo ao piano. Enviei a canção através de uma amiga do empresário de Roberto. Nunca tive retorno se o cara ouviu. Mas a gravação me agradou tanto que resolvi colocá-la neste disco. Quem sabe agora o Roberto ouça”, se diverte Baleiro.
Entre as raridades, também estão “Armadilha”, composição de Nelson Coelho de Castro e Denise Ribeiro registrada para a série “Animal”, exibida no GNT, e a gravação inédita de “Baioque”, de Chico Buarque, que ganhou uma versão rock’n’roll. Gravada para a trilha sonora da novela “Joia Rara” (2014), da tv Globo, permaneceu inédita até agora. “A produção achou a versão rock’n’roll demais pra uma novela de época (detalhe que eu desconhecia). Assim, como não havia mais tempo para uma nova tentativa, a gravação ficou de fora da trilha e guardada no meu baú”, conta Baleiro.
Algumas não são tão raras, como as interpretações em cds-tributos feitos com as obras de Maysa, Luiz Gonzaga e Padre Zezinho, mas como não foram muito divulgadas, mereceram esta “segunda chance”. Já “Chuva Fina”, do tributo “Mais Forte Que o Tempo” (2013) ao Michael Sullivan, hitmaker dos maiores da música brasileira, é provavelmente a mais conhecida deste Arquivo_Raridades, já que toca nas rádios pelo Brasil desde seu lançamento, em 2013.

Capa: Divulgação
O álbum ainda inclui duas inéditas gravações ao vivo, “O Chamado”, sucesso de Marina Lima, que fez parte do repertório da turnê do show Era Domingo (2016) e “Ponto de Fuga”, de Chico Maranhão. “Chico é um grande compositor maranhense de uma geração anterior à minha. Um craque do samba e do choro, mas não só. Nesse show no Sesc Vila Mariana em 2009, o homenageio com um de seus clássicos sambas, acompanhado apenas do violão 7 cordas de Swami Jr”, completa Zeca Baleiro.

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