Entrevista com a Youtuber Fê Longoni




Por colaboradora Anyelle Alves

Fê Longoni para quem não conhece, é uma youtuber de 20 anos que aborda em seus vídeos assuntos que relacionam criatividade e cotidiano, conseguindo assim se aproximar do seu público através do carisma. 

Foto: Arquivo Pessoal
Com seu jeito alto astral e vídeos que despertam a vontade de criar e a curiosidade de seus espectadores através do seu canal intitulado “Femingos”. Tendo o carinho de quem a acompanha pelas redes sociais e pelos seus vídeos, se sente realizada por conseguir produzir um conteúdo relacionado ao que ama e ao mesmo tempo despertar nas pessoas o lado bom da vida criativa.

Nessa entrevista Fê nos conta mais sobre como é a vida de um produtor de conteúdo e como é ser artista para ela.

Acesso Cultural: Porque você decidiu ser youtuber?

Fê Longoni: Sempre assisti vídeos e me interessava demais pela produção de conteúdo e decidi criar meu canal, para colocar as coisas que eu gosto, as coisas que eu faço, que eu gostaria de assistir e ainda não tinha e também para encontrar outras pessoas que gostam das mesmas coisas que eu, para assim se eu tivesse sorte, encontrar uma comunidade.

AC: Você acredita que desperta no seu público um lado mais criativo?

FL: Acabou que eu foquei meu canal nesse aspecto de vida criativa, porque eu amo muito
esse lado e a amplitude que ele tem, dá pra explorar muita coisa nele e também porque eu poderia me desafiar através dele, sair da minha zona de conforto e assim criar a vida que eu quero ter. Porque eu acredito que isso é que é ter uma vida criativa, você criar sua própria vida. E pela resposta do público eu estou fazendo algo certo, pois estou conseguindo incentivar e inspirar outras pessoas. Acho muito legal isso das pessoas assistirem a jornada de alguém e despertar a vontade de querer mais, buscar mais e ser mais e eu acho que eu tenho conseguido despertar isso.

AC: Como funciona para você a criação de um vídeo? De onde vêm as ideias?

FL: Para criar o conteúdo eu sempre penso no que eu gostaria de assistir e está dando muito certo. Sempre buscando assuntos que gosto e que ainda não vi ninguém falando sobre isso, coisas que me agradam e que outras pessoas também podem gostar.

Foto: Arquivo Pessoal
AC: Como é conciliar a vida pessoal com a exposição na mídia? É difícil se envolver
com novas pessoas e criar amizades?

FL: A única mudança que percebi com a exposição é que quando eu conheço uma pessoa nova, algumas vezes ela já me conhece da internet e acaba sabendo muito da minha vida enquanto eu não sei nada sobre a dela. No começo foi muito estranho, mas agora eu acabei me acostumando. Minha tática é sondar o que a pessoa já sabe e também mostrar coisas novas para assim criar uma conexão. Até hoje tem dado tudo certo, acabei conhecendo muitas pessoas do mesmo meio, fazendo assim com que eu conhecesse muito da vida dela e ela da minha, criando assim uma empatia e ficando mais fácil de abordar assuntos em comum.

AC: Você traz um pouco da sua formação profissional para os vídeos, você acha que
isso auxilia no alcance ao público?

FL: Eu acabei envolvendo minha graduação no meu conteúdo porque eu percebi que isso era algo que faltava ainda na internet, faltava muito conteúdo falando sobre faculdade, sobre o cotidiano dela e os conteúdos que a mesma tem. Ainda mais sobre meu curso de design, que foi algo que eu procurei muito quando eu estava na época de vestibular e eu não achava, então foi mais uma coisa que eu queria assistir e eu trouxe para o meu canal.

AC: Qual sua opinião sobre a frase “ser artista não é profissão”?

FL: Minha trajetória prova o contrário sobre isso. Acho isso bem engraçado, pois na época que eu fui fazer os vestibulares eu procurei coisas que eu era boa e eu cheguei a conclusão que eu sou criativa, era a única coisa que eu conseguia me classificar e perguntei pra mim mesma “O que eu sou?” e respondi, sou uma artista. E nisso chegamos aos dias de hoje, onde eu consegui criar um nicho no youtube, um grupo que é baseado na arte, criando assim minha própria carreira, pois mesmo o youtube já existindo eu pude criar meu conteúdo através dele e hoje posso dizer que eu consigo ganhar dinheiro com a minha arte.

AC: Para as pessoas que querem ser youtuber ou querem seguir algum ramo artístico, qual sua dica?

FL: Seja você mesmo, a arte se trata disso, ela se trata de expressividade. Cada pessoa é única e é tão bom você poder ser você, cada pessoa é seu próprio superpoder, por isso eu também falo que no youtube não há competição, porque mesmo tendo várias pessoas, cada uma é de uma forma. Eu sou a Fê Longoni e não há ninguém no youtube que também possa ser a Fê Longoni, porque eu tenho o meu próprio jeito, minha personalidade está envolvida nisso. Eu pesquisei muito para saber o porque meus youtubers favoritos, eram meus favoritos e descobri que era por conta da pessoa deles, da personalidade deles e isso vale para qualquer ramo artístico, pois todos requerem um carisma, as pessoas se identificarem com você.

AC: Quais são seus planos para o futuro?

FL: Pretendo crescer no meu canal, sendo cada vez mais criativa, criando coisas que ninguém pensou em ver no youtube, mudar o jeito de fazer vídeo, misturar áreas diferentes, trazer coisas diferentes da nossa realidade, mais artísticas, mais malucas, mais opções criativas e interessantes, coisas que as pessoas não tem contato e querem saber mais, quero elevar ao máximo essa questão da criatividade, mas para isso eu mesma tenho que me desconstruir, sair da caixa e assim alcançar isso, algo que é muito difícil mas faz parte dos meus planos.

Acesso Cultural

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