Entrevista: Banda Zé de Albuquerque
Banda de SP gravou álbum de estréia no Rio e chega ao mercado nos 20 anos do selo Astronauta, distribuído pela Universal Music
Em janeiro deste ano, a Banda do ABC Paulista, Zé de Albuquerque estreou no mercado fonográfico, com nove canções, todas autorais, que confirmam o vigor artístico do trabalho – unindo pop, rock e MPB.
Zé de Albuquerque chegou às plataformas digitais, comemorando vinte anos do tradicional selo Astronauta Discos – que surgiu em 1999 na Universal Music e acaba de assinar novamente, quase duas décadas depois, com a companhia. Gravado no estúdio Toca da Cotia, em Niterói (RJ), com direção artística de Leonardo Rivera e produção de Igor Bilheri, foi masterizado por Pedro Garcia.
Criada e desenvolvida pelo cantor, compositor e guitarrista Vinicius Barreiras, que tem 28 anos, a banda ZE DE ALBUQUERQUE existe há três anos. Após as idas e vindas de integrantes, Vinicius se cercou de seu ex-aluno de guitarra, Joshua Carraro – de 16 anos, que o conheceu aos treze – e músicos convidados de São Caetano do Sul, São Paulo, formando a atual formação.
Entrevistamos o vocalista Vinicius Barreiras que contou detalhes e curiosidades sobre a banda. Confira!
Acesso Cultural – Quando foi o seu primeiro contato com a música?
Zé de Albuquerque: Meu primeiro contato consciente com a música começou no começo dos anos 90 quando assistia a todos os programas em que participavam Zezé de Camargo & Luciano que eram meus ídolos. Isso eu tinha de três para quatro anos.
Aos cinco, descobri Chitãozinho & Xororó e devo ter virado uma criança chata pra caramba porque sempre estava cantando a plenos pulmões as músicas dessas duplas.
A.C : Quando decidiu seguir carreira profissionalmente? Você teve apoio familiar?
Z.A : Desde criança soube que queria seguir carreira e jamais quis fazer outra coisa. Decidi algumas vezes, quando criança, adolescente e adulto até que as pessoas finalmente pareceram entender.
Não tive apoio familiar por um bom tempo e eu me sentia um lixo, tendo que fingir que tudo bem eu mudar meus sonhos pra agradar aos outros. Aí percebi que não fazia sentido tentar ser quem eu não era, e aqui estamos.
A.C : A banda lançou recentemente seu primeiro álbum. Conte-nos um pouco sobre como foi o processo de criação.
Z.A : A formação da banda não era essa. Fui sozinho pra Niterói e gravei o disco com o Igor Bilheri, produzindo, arranjando e tocando guitarra e Gabriel Calderón, Leandro Bronze e Eduardo Magliani fazendo a banda.
O disco originalmente contava com treze músicas e destas, oito eram antigas. Na seleção final acabou ficando bem equilibrado, de nove músicas, cinco eram mais novinhas. O que nos deu mais trabalho com certeza foi o arranjo.
Eram mensagens três, quatro da manhã meio malucas comigo mandando áudio para o Igor cantando uma ideia que tive prós metais ou ele me mandando um acorde de guitarra e dizendo “olha que maneiro pra parte x de Deixa Pra Lá”, mas a produção do disco foi basicamente dar vida concreta a algo que já existia muito vivamente dentro da minha cabeça.
A.C : Quem foi o responsável pela capa do disco? Consegue nos explicar a arte?
Z.A : Foram três responsáveis. Eu tive a ideia e criei o conceito, quem colocou no papel foi a Mayla Veríssimo e quem completou o tripé foi o Valder Valeirão. Foi ele quem sugeriu a foto meio envelhecida e as cores quentes da capa do disco.
Uma das idéias da arte era que remetesse ao estilo de capas de álbuns dos anos 90, que foi onde começou minha formação musical e de vida, por isso cores e flores e um desenho, ao invés de uma pessoa de carne e osso. O resto eu acho legal que as pessoas imaginem, acho que é a parte mais legal de uma capa de álbum na verdade.
A.C : A banda pretende gravar videoclipe de alguma música do álbum?
Z.A : Sim e escolhemos “Quiron”. Estamos animados com o roteiro e esperamos que as pessoas gostem do resultado. A previsão é que o videoclipe saia no segundo semestre, entre junho e julho.
A.C : O que podemos esperar da Zé de Albuquerque em 2019?
Z.A : Vocês podem esperar a Zé de Albuquerque chegando de vez. Até o lançamento estávamos em compasso de espera, mas este tempo já passou.
Em março teremos uns shows bem legais, o primeiro deles no Cervejazul em São Paulo no dia 15 ás 21h (anunciando em primeira mão hein), e os outros por enquanto ainda não posso revelar as datas. Mas jaja tem single novo, videoclipe e website que já já sai do forno.
Muito obrigado pelo espaço Acesso Cultural.
Ouça o som da banda em
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