FUNARTE SP traz “O Último Dia”, de Henrique Lima


Créditos: Divulgação


De 11 a 14 de abril, a FUNARTE SP recebe a temporada de estreia do espetáculo de dança solo “O ÚLTIMO DIA”, do bailarino e coreógrafo pernambucano Henrique Lima. As quatro apresentações integram o projeto de mesmo nome contemplado pela 25ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, inaugurando a programação que acontecerá durante todo ano de 2019, com workshops para profissionais, oficinas para público em geral e o total de 32 apresentações que circularão prioritariamente em espaços públicos e equipamentos culturais da cidade, com atividades gratuitas ou a preços populares.

O projeto “O ÚLTIMO DIA” dá continuidade ao trabalho artístico e cênico que Henrique Lima realiza desde 2009 que se concretizou com criação do solo “O ÚLTIMO DIA” (25 minutos), em 2015, em Lisboa, quando ainda era integrante da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. O trabalho é ganhador do Prêmio Denilto Gomes, nas categorias Criação Solo e Coreografia.

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Depois de ter sido contemplado pelo edital do Proac 2016 e circulado pelo estado de São Paulo fazendo mais de 18 espetáculos, a proposta desta nova etapa é circular com o trabalho solo pela cidade de São Paulo com 16 apresentações e recriar o espetáculo “O ÚLTIMO DIA” com quatro bailarinos convidados (Cristiano Bacelar, Daniela Moras, Manuela Aranguibel e Ricardo Januário).

Ao compartilhar esta vivência com outros artistas, lançando outros corpos ao estudo da linguagem de Henrique, a nova criação estende o trabalho técnico e poético já desenvolvido, com a ampliação da obra (solo) e o aprofundamento da pesquisa. A temporada de estreia desta nova fase do trabalho está prevista para o segundo semestre de 2019.

“O ÚLTIMO DIA” não é sobre o fim ou a morte, mas uma reflexão sobre como viver cada dia como se fosse o último”, destaca Henrique Lima. A partir dessa ideia, o trabalho também levanta a questão da aceitação da velhice, época que traz novas limitações e conscientizações sobre o próprio corpo.

Estabelecendo um paralelo entre o processo de envelhecimento humano e a maturidade artística, na criação e interpretação do solo “O ÚLTIMO DIA”, Henrique Lima utiliza uma máscara realista de um homem ancião e usa toda a técnica construída e adquirida ao longo de sua carreira e pesquisa, o que lhe permite encontrar no personagem do homem ancião, um refúgio, algo que o levou para outros universos.

A improvisação é um traço essencial da dança de Henrique Lima que usa toda a técnica construída e adquirida ao longo de sua carreira e pesquisa, criando a cada apresentação, um novo universo para este corpo. “Pela improvisação busca-se o movimento sincero, preciso, consciente e profundo, (não banal), o que permite a conexão com o público”, complementa Lima.

Inspirado pela estética beckettiana, os espaços cenográficos, a iluminação, figurino e trilha sonora são minimalistas e sombrios e não são meros elementos representativos da dramaturgia, mas um espaço onde os objetos cênicos são performativos, e podem ser ativados pelo bailarino-performer. O desenvolvimento da cenografia da criação coreográfica de “O ÚLTIMO DIA” envolve a investigação a partir de objetos criados com papelão, tendo como referência o universo dos livros pop-up. (Leo Ceolin, cenógrafo). Henrique Lima pensa a criação de modo colaborativo, onde todos (bailarinos, iluminador, figurinista e cenógrafo) constroem o trabalho.

Serviço

Espetáculo O Último Dia”, de Henrique Lima

Dias 11, 12, 13 e 14 de abril

Quintas, sextas e sábados às 19h e dom. às 18h

Sala Renée Gumiel – Complexo Cultural Funarte SP: Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP.

Informações: (11) 3662-5177 e (11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes dos espetáculos)

E-mail: funartesp@gmail.com

Andréia Bueno

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