Casa Natura Musical comemora 4 anos com programação especial
Mais uma vez longe dos palcos, mas trabalhando muito para continuar conectando artistas e públicos, a Casa Natura Musical completa, em maio de 2021, quatro anos de atividade. Desde a sua inauguração, em 11 de maio de 2017, a Casa se posiciona como um espaço que se propõe a ser mais que uma casa de shows, atuando como um equipamento cultural que celebra a pluralidade da música brasileira e amplifica as vozes de artistas, coletivos e movimentos de todo o país, conectando fãs e artistas por meio da sua programação física e produção de conteúdo virtual.
Empreendimento dos sócios Paulinho Rosa (Canto da Ema), Edgard Radesca (Bourbon Street) e Vanessa da Mata, a Casa Natura Musical, nos seus quatro anos de funcionamento, já realizou mais de 400 shows que reuniram 500 artistas, trazendo um público estimado em mais de 150 mil pessoas, além de mais de 160 lives, reunindo mais de 250 artistas de Estados como Minas Gerais, Acre, Bahia, Roraima, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal, entre muitos outros.
Para comemorar seu aniversário, as lives de Afetos, série baseada em bate-papos musicais acolhedores entre artistas de diferentes cenas, foram pensadas considerando a temática do mês, Mais Que Uma Casa de Show, e focando em encontros que contrapusessem artistas de diferentes gerações e movimentos musicais.
No dia 6 de maio, Céu e Thalma de Freitas se reuniram num encontro dedicado ao Dia das Mães (o registro está no IG @casanaturamusical). No dia 13 de maio, Duda Brack e Ney Matogrosso protagonizam uma live sobre o presente e o futuro da canção brasileira. Johnny Hooker e Gaby Amarantos promovem o encontro do pop de Recife e Belém na live do dia 20 de maio. O paulista Tato, vocalista do Falamansa, recebe a pernambucana Anastácia numa live em homenagem à Rainha do Forró, que completa 81 anos este mês, no dia 27 de maio. Para fechar as comemorações, na semana do meio ambiente, Lenine conversa com Guy Marcovaldi e Neca Marcovaldi, coordenadores do Projeto Tamar, no dia 3 de junho.
Os nomes acima se associam também à pluralidade de vozes, movimentos, gerações e gêneros que já passaram pelo espaço físico da Casa Natura Musical. Alguns dos destaques ao longo desses anos são Dona Onete, Linn da Quebrada, Lia de Itamaracá, Alceu Valença, Margareth Menezes, Maria Rita, Luedji Luna, Gal Costa, Emicida, Baco Exu do Blues, João Bosco, Duda Beat, Liniker, Johnny Hooker, Clarice Falcão, Mestrinho, Silva, Rubel e Jorge Drexler, artista uruguaio e nome de destaque na música mundial.
As pautas trabalhadas tanto no palco físico quanto virtual abordam temas de profunda reflexão, como diversidade, igualdade racial, direito das mulheres, autocuidado, aceitação autocuidado e meio ambiente. Algumas lideranças dessas frentes que já participaram da programação online da Casa são os líderes indígenas e ambientalista Ailton Krenak e Sônia Guajajara, além da ambientalista Angela Mendes, filha de Chico Mendes.
Por realizar e promover eventos que se relacionam com temáticas ligadas à diversidade de gênero e corpos, a Casa recebeu, em 2020, o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade, um distintivo por incluir em suas diretrizes, propostas artísticas e canais de comunicação a diversidade e inclusão LGBTQIA+.
A Casa, que ficou conhecida por trazer para os palcos o que existe de mais diverso, inovador e relevante na música brasileira, também realizou lançamento de documentários de música, debates e festas especiais. Alguns exemplos são O Fervo, noite de lançamento do documentário de mesmo nome dirigido por Adriana Couto e que capta bastidores de um show do grupo As Baías (antiga As Bahias e a Cozinha Mineira), Tássia Reis e Liniker; o show gratuito e a céu aberto FILHXSENETXS, que reuniu Mahal Pita, Rico Dalasam e outros artistas negros com conexões ancestrais e artísticas com a Bahia e o Brasil afrodiaspórico; o lançamento do livro Quem Tem Medo do Feminismo Negro?, da filósofa Djamila Ribeiro; o show de Nego Bala seguido da exibição do documentário Da Boca do Lixo e duas ballrooms que reuniram performers, atrações musicais, batalhas de dança e mesas de debate sobre a cultura voguing. O painel de LED na fachada do espaço também abrigou exposições de artes visuais, criando diálogos entre a música e outras linguagens artísticas.
Ainda sem uma data definida para o retorno ao espaço presencial, a Casa continua apostando no poder de conexão da música, mesmo que digitalmente. Acompanhe a programação através das redes sociais e pelo site da Casa Natura Musical.
Jaqueline Gomes
Jornalista graduada pela Universidade Nove de Julho com Pós em Marketing Digital Estratégico pela PUC-SP, é especialista em Jornalismo Cultural, Assessoria de Imprensa e Mídias Sociais. Trabalha na área de comunicação desde 2010. Fundadora do Site Acesso Cultural, sempre quis desenvolver um veículo onde pudesse noticiar o que acontece de novidade no meio do entretenimento cultural. Apaixonada por shows de rock, livros, filmes, séries e animais.