Ricardo Bacelar e Cainã Cavalcante lançam o álbum “Paracosmo”


Créditos: Davi Tavora


“Paracosmo” é um álbum de composições dos músicos brasileiros Ricardo Bacelar e Cainã Cavalcante. O disco, foi lançado na última sexta-feira (28), em formato físico e digital, no Brasil, Estados Unidos e Japão, traz sete composições instrumentais inéditas, que foram gestadas em sessões ininterruptas de gravação. O álbum está disponível aqui .

O projeto ganha duas versões em videoclipe: “Vila dos pássaros”, apresentado no último dia 30 de abril, juntamente com o primeiro single, e “Paracosmo”, que está disponível no YouTube. Ambos os vídeos têm direção assinada por Lucas Dantas.

O disco também marca a estreia do selo Jasmin Music, de Ricardo Bacelar. A iniciativa do selo destina-se a gravar e lançar discos com música de qualidade, tendo como foco o mercado brasileiro e internacional. Para isso, foi montado um estúdio de gravação que vem se tornando referência na América Latina pela tecnologia, equipamentos e acústica – o Jasmin Studio. O projeto acústico e de design é da empresa americana WSDG Walters-Storyk Design Group, de autoria de Renato Cipriano. A direção técnica e concepção do estúdio é de Daniel Reis, com o uso de áudio por rede Dante e o sistema Dolby Atmos, com a tecnologia de áudio 3D.

Ricardo Bacelar e Cainã Cavalcante são amigos há alguns anos e nunca tocaram ou gravaram juntos. Foi de um encontro casual que nasceu o álbum “Paracosmo”. “Quando começamos a tocar, parecia que as músicas já estavam prontas. Improvisações livres, melodias sinceras, imagem sonoras, tudo ali, nesse lugar cheio de esperança que é o Paracosmo”, diz Cainã Cavalcante, narrando sobre o processo de composição e o clima com que o álbum se desenrola.

Cainã Cavalcante | Créditos: Davi Tavora

“O disco traz uma carga de espontaneidade muito forte, fomos tocando e as músicas fluíram naturalmente. São como canções no formato instrumental. Foi um processo de gestação onde a música brotou com muito desembaraço”, conta Ricardo Bacelar, que no disco tocou piano acústico, teclados e percussão, enquanto Cainã tocou violão e baixo.

“Paracosmo” traz sete composições instrumentais inéditas: “Vila dos pássaros”, eleita como o primeiro single do álbum, “Paracosmo”, “Valsa do cansaço”, “Lyle”, “Manoela”, “Berceuse” e “Caminho dos mouros”.

Créditos: Davi Tavora

Algumas composições foram criadas no formato “canção”, com melodias bem definidas. “Vila dos pássaros” é um baião que se funde com um belo solo de violão, que remete ao nordeste do Brasil. “Paracosmo” traz a leveza da canção em comunhão com percussões leves e um solo de piano que se esparrama pela música. “Valsa do cansaço” é um momento passional que encontra o cancioneiro brasileiro em uma valsa dramática, com elementos do fado. “Lyle” é uma homenagem ao pianista americano Lyle Mays, que faleceu no ano passado.

Uma linha melódica alegre que carrega elementos do jazz. “Manoela” é uma homenagem à esposa de Ricardo Bacelar e traz uma construção de uma balada com caminhos inesperados. Com uma melodia dolente e soturna, “Berceuse” é como uma canção de ninar. “Caminho dos mouros”, que fecha o álbum, é momento de pura experimentação e interpretação livre, onde Ricardo e Cainã transcendem a informalidade e passeiam em atonalidades e experimentalismos, criando um rico mosaico de climas e texturas sonoras.

Ricardo Bacelar | Créditos: Davi Tavora

O texto de apresentação do álbum, escrito por Bacelar, explica o conceito do projeto: “Paracosmo é um lugar imaginário, fruto de pura criatividade. Um recanto dotado de extrema subjetividade de conceitos, onde tudo é possível. Os músicos criam essas porções de sonhos para depositar sua carga de energia vital, que se espraia por entre os sons e permeia os silêncios – cantões onde reside a música”. A maioria das fotos do encarte do disco é assinada por Ricardo Bacelar. As imagens foram feitas no Equador, num cenário que traz a ambiência de um local fantasioso e utópico.

“De certo modo, ‘Paracosmo’ também nos leva a um universo imaginário. Nesse momento em que muitos de nós estamos trancados em casa, em razão da pandemia, o álbum é um convite para criarmos o nosso mundo particular, no qual a música nos conduz e transcende”, disse Ricardo Bacelar.

 

 

Andréia Bueno

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