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Entrevista com Mário Goes, autor do livro “Mar Sonoro, um Eco sem fim …”


Créditos: Divulgação


No dia 26 de novembro o ator, dramaturgo e roteirista Mário Goes lança o seu primeiro livro, “Mar Sonoro, um Eco sem fim…” na sede da Cia. da Revista. O lançamento contará com algumas dezenas de exemplares (Edição limitada) criada para este dia. O livro também estará disponível no formato audiobook, na voz do autor, ampliando a acessibilidade e alcance da obra. Conversamos com Mário sobre essa novidade, confira!

Acesso Cultural: Mário, você está lançando o seu primeiro livro “Mar Sonoro, um Eco sem fim …” no dia 26 de novembro. Conta para os leitores do Acesso Cultural um pouco desse projeto?

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Mário Goes: Pois é, eu me lembro do primeiro livro que li, e tenho o primeiro livro que me fez me apaixonar por escrever histórias. E agora eu vou lançar uma história no formato de livro, é de fato, uma grande alegria esse projeto. Vamos lá, eu sempre escrevi muito pra teatro, já me aventurei na escrita pra cinema, mas agora é uma nova linguagem, estou lançando um Conto. Eu estou surpreso como tudo aconteceu muito rápido, tive a inspiração , escrevi e quando dei para alguns amigos lerem, eles me disseram “PUBLIQUE” e agora estou fazendo isso.

“Mar Sonoro, um Eco sem fim…” é uma linda história de amor, onde o eco das relações se faz presente, mar, lua e praia se fazem presentes nessa história galgada nos encontros e reencontros ocasionais e das formas mais inesperadas, e falar de amor é sempre um acalanto, principalmente em tempos de tanto ódio.

E para esse dia 26, na tarde de autógrafos, eu que também sou ator, reservei um espetáculo inédito para os presentes, eu e a ativista Leyllah Diva Black, vamos ler trechos do livro e cantar algumas músicas costurando essa história linda, está de fato imperdível e tudo concebido com muito carinho para o público que me acompanha e para os leitores que se aprochegam.

Créditos: Divulgação

AC: Apesar de ser o lançamento do seu primeiro livro, você já tem outras experiências com a escrita no Teatro e no cinema. Como essas artes se entrelaçam para você?

MG: Eu amo contar histórias, sejam elas como ator, diretor, bailarino… Mas na escrita tem um lugar muito diferente, por que eu crio personagens, sentimentos, cheiros, atmosferas que levam o leitor para lugares infinitos e isso é muito grandioso, esse poder da palavra me encanta, e trazer isso em um país onde a educação não é primeiro plano, reforça uma luta pela cultura em geral. Me anima pensar minuciosamente em cada palavra que ali está escrita, e que construindo uma narrativa não deixa a história “pronta”, afinal, me interessa ainda mais a possibilidade de cada leitor, ler o que escrevo com suas vivências e aí a catarse acontece, é a mágica da arte e isso é magnífico. Embora cada universo de escrita seja completamente difuso do outro (teatro, cinema, literatura…), a escrita se entrelaça quando falo de palavras e sentimentos, e eu sou um escritor que presa pela palavra palpável, atmosferas lúdicas e universos tão distantes, que ao dar a volta ao mundo, se tornam próximos por que nos encontram na espécie de um efêmero reencontro.

AC: No material de divulgação do livro você cita o grande escritor Ariano Suassuna. Quem são as suas referências?

MG: Eu comecei a escrever aos 8 anos de idade e a atuar de 9 pra 10 anos. Nesses mais de 20 anos vivendo para a arte, imagine quantas vezes já me fizeram essa pergunta?! E obviamente que tem várias respostas em várias entrevistas anteriores, mas é muito difícil elencar minhas referências, pois tenho uma mãe que me incentivou muito a leitura desde criança e quem me deu o meu primeiro livro, e tenho incontáveis coisas que já li e continuo lendo por todo sempre, sou um apaixonado pela escrita, pela palavra, os sons e fonéticas, e fascinado pelos arcos dramáticos de toda e qualquer história, até das histórias que não gosto, essas me interessam entender o porque não gosto. Falei de Ariano Suassuna por que sim, ele é uma grande referência, um nome conhecido e que está próximo de mim por ser um nordestino, eu passei parte da infância no nordeste e ver esses seres humanos desbravando o mundo com seu talento é inspirador, e eu sempre penso em trazer para os “nossos”, não tenho problemas com a escrita internacional, mas chega de ter esse espírito colonizado não é?! A contemporaneidade tá aí, cheia de gente talentosa e assuntos urgentes, e eu gosto de dialogar com meu país, numa busca, ainda que de alcance pequeno, me interessa melhorar aqui com minha arte, e se depois isso ir ganhando o mundo, que lindo que será, mas penso em “organizar a minha casa” pra depois passear pelo mundo.

AC: O livro também vai estar disponível na versão audiobook. Qual a importância de termos não somente a versão física do livro?

MG: O primeiro ponto é pensar nas pessoas cegas, e daí tudo o que escrevo a partir disso é secundário pra mim. Embora eu escreva, dance, coreografe, dirija espetáculos, eu me considero prioritariamente um ator de ofício, e quando veio essa ideia do audiobook para pessoas cegas e também para pessoas que preferem os ditos “podcast“, decidi lançar nesse formato também, e com a minha voz na interpretação. Eu acho que é a mesma história, mas contada de outra forma, o que é muito legal de ouvir, por que a ambientação sonora nos coloca diretamente em lugares que a escrita já nos leva, a sonoridade que essa ferramenta nos proporciona, só concretiza esse feito imaterial.

AC: Para finalizar, nos conte dos teus projetos futuros Teatro, cinema, literatura. O que podemos esperar do Mário Goes em 2023?

MG: De Mário Goes vocês podem sempre esperar muitas coisas (rs), o otimismo e o amor, uma busca incansável de realizar meus projetos pessoais, agregar nos projetos que acredito e em busca de um mundo melhor. Sempre estou executando muitas coisas, vou falar de algumas que já estão surgindo em grande força:

Na literatura, tenho um livro de poemas “NOVES DE MIM” (Nove poemas escritos ao longo de nove anos incluindo a Trilogia do não amor). Também estou trabalhando há 4 anos em um livro/pesquisa de dança contemporânea partindo da bailarina alemã Pina Bausch.

No cinema, um roteiro que eu escrevi e dirigi em 2021, está com estreia prevista para o 2° semestre de 2023, ele vai estrear na Bahia primeiro, porque foi rodado lá, e depois vai ganhar o nosso Brasil, se chama “BARTOLOMEU E BENEDITO DESCANGADOS”, já está na fase de finalização e pós Produção.
Ainda no cinema, estou como ator/bailarino em um curta metragem sobre a relação dos corpos e o caos da cidade grande, se chama “CAOS”, este ainda estamos em período de filmagens.

Para o teatro, me aguardem, 2023 estamos com previsão de estrear um espetáculo com direção de Kleber Montanheiro e em cena eu e a grande atriz Selma Luchesi, imagine a honra de estar em cena com uma atriz que tem mais de 50 anos só de carreira profissional e com prêmios e grandes trabalhos, nesse espetáculo o texto é meu também, um projeto que estamos cultivando há uns bons anos e aponta para ano que vem, Evoé.

Além de algumas direções e outros convites e produções que estão surgindo.
De fato, eu sou um artista que não pode reclamar, sempre ladeado de muita gente boa, do bem e fazendo o meu ofício de contar histórias.

Rodrigo Bueno

Formado em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, também é Fotógrafo Cultural pela Escola de Fotografia Foto Conceito, já cobriu cerca de 5 mil shows nacionais e internacionais, além de eventos exclusivos como coletivas de imprensa e pré-estreias. Também é Analista de Marketing Digital, Executivo de Negócios, Jornalista, Web Design, Criador e editor de conteúdo de redes sociais.

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