Clima noir dá o tom à peça teatral ‘Janus’ que faz temporada no Teatro Augusta




Atmosfera de suspense dá a tônica de ‘Janus,’ drama que mescla teatro tradicional e sétima arte

Após mais de um mês em cartaz em Brasília com direito a sessões com cadeiras extras, a peça “Janus” inicia temporada em São Paulo. Ritmo de thriller policial com interpretações e trilha sonora inspiradas no cinema noir dão o tom do novo espetáculo dirigido por José de Campos. A montagem fica em cartaz até 30 de junho no Teatro Augusta. As apresentações acontecem todas às quartas e quintas às 21h na Sala Experimental.

 Foto: Thiago Barreto

“Janus” conta a história de uma misteriosa chacina de uma família na noite da véspera de natal. A narrativa começa com o interrogatório do único suspeito encontrado pela polícia na cena do crime. Com texto original do próprio coletivo, o espetáculo passeia pela atmosfera dos filmes Noir, um subgênero de filmes policiais americanos, e que teve o seu ápice entre os anos de 1939 e 1950. A peça é marcada pela experimentação de comunicação entre as linguagens teatrais e cinematográficas, explorando as quebras de paredes entre platéia, atores, direção e espaço.

O texto original é do grupo Cafeína, formado pelos atores João Gott, Rafael Salmona e o diretor José de Campos.

  Foto:Thiago Barreto

O assassinato de toda uma família é o pano de fundo para a narrativa de “Janus”. O espetáculo é dividido em três atos com enormes possibilidades de interpretações, tanto para a plateia, quanto para os atores. O público assiste, desde o interrogatório do suspeito, até os desfechos que fazem do espetáculo um começo e fim contínuos, de metalinguagens e reviravoltas. Transições e dualidades permeiam a existência de um passado incerto, onde questionamentos surgem a cada fala dos personagens.

O texto de “Janus”, assim como sua encenação, busca inspiração em histórias reais de serial-killers, na psicopatia e na capacidade da transgressão da dualidade humana. As atuações refletem os pólos existentes entre atores e personagens, sustentados apenas pelas profundezas de suas próprias almas. O nome do espetáculo é uma homenagem ao deus Jano, ou Janus, que foi um deus romano que representava as mudanças e transições. A sua face dupla também simboliza o passado e o futuro. Jano foi o deus dos inícios, das decisões e das escolhas.

As sessões do espetáculo irão ocorrer às 21 horas, às quartas e quintas, com direito a meia entrada para estudantes.

Ficha técnica

Texto: Grupo Cafeína. Direção: José de Campos. Elenco: João Gott e Rafael Salmona. Preparação corporal e assistência de direção: Ana Paula Lopez. Cineasta: Artur Brandt 

Serviço

Teatro Augusta – Sala Experimental. Datas: 11 de maio a 30 de junho. 
Horários: Quartas e quintas, às 21 horas. 
Local: Teatro Augusta – Sala Experimental (R. Augusta 943). 
Classificação indicativa: 14 anos. 
Duração: 75 minutos. 
Valor de ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). 
Informações: (11) 3443.0606
Lugares: 50

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