Entrevista Projeto Forever Young: Janaína Bianchi

Conheça um pouco mais do elenco do musical Forever Young, através de entrevistas semanais. Saiba sobre a atriz Janaína Bianchi!


Créditos: Divulgação


Retratando a terceira idade de forma bonita, poética e bem-humorada, a comédia musical Forever Young completa 3 anos de grande sucesso de público, além de ser indicada aos principais prêmios, do teatro musical. Em 2019, a temporada reestreou no Teatro Raul Cortez e segue em cartaz no Teatro Folha, com sessões quartas e quintas às 21h, até 30 de maio.

No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores do espetáculo. Esta semana o Acesso Cultural entrevista a atriz e cantora Janaína Bianchi.

Cantora e atriz de teatro musical. Integrou bandas de soul, rock, blues e pop. Em estúdio, grava jingles, discos e dubla desenhos e séries. No Brasil, atuou nos musicais “Rent” (coro, cover Joane), “Aí Vem o Dilúvio“(Hortência), “Les Misérables” (coro, cover Fantine), e “Godspell” (vários).

Na Alemanha, integrou os elencos de “O Rei Leão” (swing, cover Shenzi e Sarabi) e “Dança dos Vampiros” (coro, cover Rebecca), além de ser solista em diversos shows e eventos, pelo país, por uma década.

De volta a São Paulo, interpretou Madame Bombom, em “Natal Mágico“, a Rainha Má, em “Branca de Neve” e Malévola em “Magia das Fadas“. Integrou elencos dos musicais “Nuvem de Lágrimas (coro), e da recente versão de “My Fair Lady” (coro e Sra. Higgins). É parte do elenco atual de “Forever Young“.

Créditos: Divulgação

Acesso Cultural: Como foi o processo de preparação para interpretar a Janaína de Forever Young?

Janaína Bianchi: Na verdade eu não tive muito tempo para me preparar para o espetáculo Forever Young. Como entrei para substituir a Paula Capovilla, que foi quem brilhantemente estreou essa peça, não tive o mesmo tempo para preparação, que normalmente um elenco de estreia tem. O primeiro elenco ensaiou, que eu saiba, três meses antes da estreia. Porém, nenhum dos membros deste atual elenco teve muito tempo de preparo. A velocidade das coisas faz com que tenhamos que ser ágeis no nosso trabalho, pois o mercado assim sim é. Tive aproximadamente 2 ensaios com Jarbas, nos quais ele me passou movimentações típicas de pessoas idosas, como por exemplo a forma de sentar e levantar, andar, a voz mais pesada, com um certo cansaço embutido, as expressões faciais um tanto quanto flácidas, e assim por diante.

Dado que o Jarbas é um grande ator, com quem já trabalho há 20 anos, e hoje também um bem sucedido diretor, fiquei um pouco mais tensa no quesito “interpretação”, visto que tenho um monólogo relativamente longo na peça. Mas a confiança no Jarbas me fez superar qualquer dúvida, e me deixei guiar por ele, acreditando em seu juízo do meu trabalho. Depois disso, tive somente mais três ensaios, com outros atores e atrizes, até finalmente me apresentar para o público.

AC: Qual é a maior lição tirada, na sua opinião, deste espetáculo?

JB: A maior lição tirada deste espetáculo, na minha opinião, é a de que o espírito não envelhece. A alma não tem idade, e mesmo que o tempo passe, as pessoas nunca deixam de ser o que são em sua essência. Apesar das transformações naturais, que são frutos das experiências de cada um. Mas este espetáculo traz ainda uma outra belíssima e importantíssima lição: a de que a nossa passagem pela Terra é finita. Somos seres vivos, com tempo para nascer, viver e morrer, como todos os outros. Por essa razão, temos que viver o tempo que temos, de forma intensa e plena.

AC: Você já participou de musicais de peso na Alemanha. Para você, qual é a principal diferença entre os palcos do Brasil e do exterior?

JB: Há muitas diferenças entre os palcos brasileiros e os alemães por exemplo, especificamente quando nos referimos a questões de infraestrutura, ou seja equipamentos, suprimentos, organização, suporte técnico, segurança no trabalho, estabilidade financeira, enfim, muitas coisas que estão distantes infelizmente ainda da nossa realidade.

Entretanto, no que se refere à capacidade artística, criativa, performática, posso dizer que as pessoas com quem trabalhei até hoje no Brasil, alcançam os níveis mais altos de profissionalismo e talento.

Além disso há uma diferença muito grande entre aprender a arte na escola, tecnicamente, o que é comum na Alemanha, e aprender a arte na vida, o que a maioria de nós consegue neste país. Isso traz um diferencial muito grande, na hora de entregar a mensagem, pois ela vem de cada célula, e não apenas de uma aula, ou de uma série de aulas de técnica vocal e de atuação.

AC: Sabemos que além de atriz e cantora, você também trabalha com dublagem. Conte um pouco mais sobre essa experiência.

JB: Durante muitos anos eu fui cantora de estúdio. Isso muito antes de eu sequer sonhar fazer teatro. Além disso eu também fui cantora de bandas, e cantei em muitas casas noturnas, bares, festas , eventos e afins.

Durante este período de estúdios, conheci muitos profissionais na área de publicidade, do mercado fonográfico, e também na área da dublagem. Fiz alguns trabalhos para desenhos animados e séries, e entre eles, uma das coisas que fiz, que ficou muito famosa em todo o Brasil, foi a primeira abertura da série animada Pokémon.

Há 20 anos sou presenteada com o carinho dos fãs, que guardam esta trilha sonora como uma recordação valorosa de suas infâncias.

Dublar é uma atividade muito excitante, e desafiadora. Eh divertida, e assim como a publicidade ou qualquer outro trabalho feito em estúdio, um prazer imenso fazer.

AC: Escolha 3 músicas de “Forever Young” que mais representam a Janaína da vida real.

JB:I love rock and roll” é a minha cara. Sempre fui rockeira, sempre ouvi bandas incríveis de Rock (de baladas a pauleiras), e sempre cantei rock, simplesmente porque gosto do estilo, e tem a ver com minha voz. Portanto como amo rock, e “I Love Rock n’ Roll” é meu hino…kkk

Como não amar “Forever Young”? a mensagem é linda e forte ao mesmo tempo, com uma letra rica e poética, e uma melodia que gruda no ouvido. Me emociona todas as noites.

Por fim, “You can leave your hat on”, tem a ver com com meu jeito irônico e safado de ser, no melhor sentido é claro..kkkk Além disso, a levada Rock-Soul, e o refrão são incríveis. Se eu pudesse escolher outra música do espetáculo para cantar, seria essa.

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AC: Você gostaria de interpretar ainda, em sua carreira, algum personagem especial? Qual seria?

JB: Nossa! Seriam muitas as personagens que eu gostaria de interpretar. Algumas já foram trazidas aos palcos por hábeis colegas. Mas tenho uma preferência especial por vilãs. Já interpretei algumas, e me senti muito bem. Gosto de desafios. Aliás, não sei viver sem eles.

Eu diria que é muito mais divertido ser a “bandida” da história do que ser a “mocinha”. Os vilões são muito mais carismáticos, enigmáticos, problemáticos, e isso os faz interessantes.

AC: Qual a importância da sua personagem em Forever Young?

JB: Minha personagem em “Forever Young” se tornou quase que uma “outra pessoa” na minha vida. Ela traz sim, muito de mim. Há muitas características dela que são a forma exacerbada das minhas reações e sentimentos. Mas ela tem vida própria, e traz também novidades e surpresas até mesmo para mim.

Nunca sei como será um espetáculo. Claro que todas as noites o texto é o mesmo, as músicas são as mesmas, as marcações de cena são as mesmas. Mas jamais a peça se repete. Você nunca verá um espetáculo igual ao outro, e essa é a grande glória do teatro.

Ela é uma mulher incrível, forte, musical, guerreira, e traz consigo, apesar da idade, uma energia muito forte, um tesão muito presente. Mesmo que pareça dura ou amarga, ela é uma mulher com um coração gigantesco, que sabe que seu tempo na Terra é cada vez menor. O público se identifica muito com ela. Sempre alguém se reconhece nela, ou conhece alguém parecido(a) com ela. Isso eh muito divertido. Vive a sua vida como quer viver, praticamente sem filtros, sem tabus, e sem medos, dizendo e fazendo o que quer, e como quer. Eu a amo muito. Muito!

Confira os bastidores do musical Forever Young:

Serviço

Teatro Folha
Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618 / Terraço
Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a quinta-feira, das 15h às 21h; sexta-feira, das 15h às 21h30; sábado, das 12h às 22h30; domingo, das 12h às 20h
Pela Internet: http://bit.ly/2OJd8Zz
Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Cliente Porto-Seguro 50% de desconto.

Temporada: até 30 de maio
Sessões: Quartas e Quintas às 21h
Ingressos: De R$30,00 à R$70,00
Contatos Grupos – teatrofolha@conteudoteatral.com.br
Duração: 100 minutos
Recomendação: 10 anos
Gênero: comédia musical

Rodrigo Bueno

Formado em Marketing pela Universidade Anhembi Morumbi, também é Fotógrafo Cultural pela Escola de Fotografia Foto Conceito, já cobriu cerca de 5 mil shows nacionais e internacionais, além de eventos exclusivos como coletivas de imprensa e pré-estreias. Também é Analista de Marketing Digital, Executivo de Negócios, Jornalista, Web Design, Criador e editor de conteúdo de redes sociais.

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