De SuperStar à Barão Vermelho, conheça o EP homônimo do Rodrigo Suricato


Créditos: Universal Music


O multitalentoso Rodrigo Suricato é o que podemos chamar de “banda de um homem só”, pois o próprio artista toca violão, guitarra, gaita e instrumentos de percussão com os pés, enquanto produz suas próprias canções. O EP homônimo, recém-lançado, é uma prova disso. Conversamos com Suricato sobre sua carreira solo e dentro do Barão Vermelho, da qual o artista faz parte desde 2017 e falou um pouco sobre como tem sido. Confira!

Acesso Cultural: Como você acha que o reality show Superstar te ajudou em seu processo de amadurecimento como músico?

Rodrigo Suricato: Bom, o “SuperStar” foi importante em muitos aspectos. Poder chegar em um grande público através da minha música e sendo produtor já há algum tempo, transformar as canções que eu faço em um formato de dois minutos realmente é sempre um desafio muito grande. Na verdade, não sei se o SuperStar me ajudou como músico, mas como uma visão mais ampla da música, como chega a canção até os lares e como chega até as pessoas e a importância disso, a importância dos veículos de comunicação para a arte em geral. Eu acho que o SuperStar foi mais fundamental em relação à pulverização do meu trabalho do que propriamente um desenvolvimento meu, artístico muito definidor.

Créditos: Universal Music Brasil

AC: O que podemos esperar de seu álbum, que será lançado?

RS: As pessoas podem esperar novamente um disco com enorme honestidade e comprometimento com a mensagem que o Suricato, meu projeto artístico há mais de oito anos tem por função seguir. É um disco tocado por mim, de autoconhecimento enorme, eu toquei 85% dos instrumentos, compus todas as canções, fui produtor do disco também, então foi um processo de imersão muito grande, que me levou a poder viver isso dentro do meu trabalho. Poder viver isso dentro do meu trabalho tem sido realmente uma das maiores aventuras da minha vida.

AC: Qual é o maior desafio, na sua opinião, em realizar tantas funções de uma vez, como tocar violão, guitarra, gaita e instrumentos de percussão com os pés?

RS: O maior desafio de tocar todos os instrumentos, além da autocrítica, porque, se meu baterista com os pés estiver em um dia ruim, a banda toda vai embora, então eu tenho realmente que ficar muito concentrado e comprometido com os movimentos que eu estou fazendo. Como o movimento de uma bicicleta, eu tenho que funcionar como um relógio e tocar todos os instrumentos, porque os instrumentos são ferramentas para a comunicação da minha música e não o contrário. Então eu utilizo toda essa “parafernalha” para comunicar o que está dentro do meu coração. E além disso, outro desafio é o mesmo que leva a todas as outras profissões, que é o exercício dela, o tempo de aprimoramento de uma determinada atividade. Eu acredito ainda no “banho-Maria”: eu digo que não há velocidade que o tempo nos imponha que supere a necessidade do banho-Maria. O tempo para você se tornar um bom bailarino ainda é o mesmo, o tempo para você se tornar um bom músico continua o mesmo, mesmo com toda a tecnologia.

Créditos: Universal Music Brasil

AC: O público pode esperar sentir sua personalidade no EP “Suricato”? Conte mais sobre ele.

RS: Eu acho que o meu público vai continuar notando toda a honestidade e comprometimento que eu tenho com a minha obra, com as minhas canções, com o meu texto e ficaria muito feliz se as pessoas sentissem realmente esse processo todo de autodescoberta pela qual eu passei nos últimos anos, selecionando, de trinta canções, dez que entrariam no disco. Algumas delas chegaram a ter, mais ou menos, umas seis versões. O processo de gravar todos os instrumentos e produzir meu próprio trabalho. A “convivência” mais próxima que eu tive de mim mesmo durante todo o meu processo artístico conseguiu fazer um disco muito bonito, muito condizente com o momento que eu estou passando e absolutamente solar.

AC: Olhando para os primeiros anos de sua carreira e onde você chegou, qual seria o maior conselho que você daria ao seu “eu” do passado?

RS: O maior conselho que eu daria para o Rodrigo do passado é “atenção aos contratos”. E principalmente que jamais deixasse de acreditar nele, jamais deixasse de acreditar no cerne que move esse Rodrigo, que é a paixão pela música, a paixão pelo comprometimento e a verdade.

Créditos: Universal Music Brasil

AC: Como você definiria sua participação no Barão vermelho? Conte um pouco sobre sua experiência e aprendizados na banda.

RS: Eu costumo dizer que a diferença entre uma banda e um artista solo é que, em uma banda eu fico p* e solo eu fico louco (risos). O Barão Vermelho, na verdade, é um dos melhores processos coletivos que eu já vivi na minha vida toda. Eu entrei no Barão Vermelho já como um artista com uma certa janela, já tinha um Grammy, já tinha participado do Rock in Rio, do Lollapalooza, com um público interessado em ouvir minhas coisas. Eu entrei “Suricato” no Barão Vermelho e isso me deixou muito à vontade para não entrar em jogos de disputas e sim poder curtir aquele momento, junto com as pessoas que ajudaram a fundar o Barão Vermelho e toda a sua discografia. Para mim é uma alegria poder viver um processo coletivo com o Barão Vermelho, e ao mesmo tempo, poder ter esse cantinho meu, sozinho, no meu trabalho, o qual eu continuo fazendo o que meu coração está mandando no momento. Está sendo muito proveitoso estar com eles, espero estar com eles sempre, da mesma forma que estarei sempre lançando discos em turnê também com o meu próprio trabalho.

Créditos: Universal Music Brasil

O álbum “Rodrigo Suricato” já está disponível e você pode conferir também o clipe de “Admirável Estranho”, um dos destaques da nova produção.

Nicole Gomez

Formada em Comunicação Social pela FMU, uma eterna sonhadora em busca dos meus objetivos. Amo Teatro musical e tenho a música como meu combustível. Determinação e foco são as palavras que me guiam.

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