Longa sobre desigualdade, Detroit leva o público à reflexão




Por colaboradora Luci Cara

Não é por eu ser suspeita , como adoradora de filmes que se baseiam em histórias reais. Mas de vez em quando os roteiristas, diretores,  e produtores acertam em cheio. Colocam bons atores, boas músicas, adaptam o cenário para nos transportar ao tempo e local dos acontecimentos, e criam uma obra de arte. 

Foto: Divulgação
Nem sempre a realidade é bonita ou agradável. E a arte está aí para nos fazer refletir, não só para nos divertir.

As  grandes cidades da parte Norte dos EUA, na década de 60,  que já haviam recebido negros oriundos do Sul desde os tempos da guerra de secessão, contavam com uma grande população de pessoas dessa etnia, já que os brancos de classe média ou alta haviam se mudado para o subúrbio. Havia crise econômica, decadência, com poucas indústrias ativas e muito desemprego. Esses negros, em Detroit , Michigan, começaram a se rebelar , e  provocar inúmeros incêndios e saques. Algo que já vimos em outros lugares do mundo, por diferentes razões. 

E para a polícia era praticamente impossível conter essas manifestações. De modo que foi necessário pedir ajuda da Guarda Nacional e Polícia Estadual.

O filme mostra um episódio ocorrido durante os confrontos de “manifestantes” (ou atiradores , ou nenhuma das opções) com as polícias, e o desenrolar trágico desse encontro.

Para quem vive num país desigual, racista, com uma polícia violenta e despreparada, é um violento soco no estômago .

É uma ótima oportunidade para refletirmos sobre o nosso papel como cidadãos, sobre o racismo embutido em vários atos cotidianos, tantas vezes disfarçados de “brincadeirinhas” , sobre  como interagimos com quem não conhecemos e de que maneira. 

Sensacional , difícil, indigesto. Não percam. Aperte o play e confira o trailer.





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