Crítica: Navegando por Matilde Campilho




Por colaborador Lucas Damasio

O Jóquei, de Matilde Campilho, é uma pérola da língua portuguesa. Suave, elegante, profundo e imensamente (perdoe-me pelo advérbio forçando a frase) profundo, conectando o leitor ao texto como poucos e raros poetas.

Foto: Divulgação
A jovem escritora portuguesa lida com suas frases de forma vibrante e sempre surpreendente, com viradas que fazem a leitura transitar entre um suspiro emocional e uma reflexão racionalizada, mas não sem perder a essência do devaneio. É uma experiência prazerosa navegar em suas palavras.

Publicado no Brasil sob o selo da Editora 34, Jóquei é uma leitura dinâmica que desliza fácil pelas suas 152 páginas, como explicado na contracapa, que acontece em saltos criados por poemas em prosa, conversas por telefone, cartas para crianças, explosões de ternura, passeios pelas ruas do Rio de Janeiro, perseguições a carros de bombeiros pelo Brooklyn ou contemplando ondas gigantes de um balcão.

Eu conheci Matilde Campilho na Internet, um dos grandes benefícios dessa ferramenta tecnológica que pode ser usada para o bem ou para o mal. Ainda bem que, desta vez, seu uso foi para o lado bom, mostrando o caminho da beleza construída em versos. A própria Matilde gravou alguns vídeos para o Youtube narrando seus textos.

Foto: Divulgação
O sotaque português, com o ritmo sedutor de sua poesia é quase hipnotizador – pelo menos para mim.

Pra quem tem curiosidade e nunca viu nada da autora, recomendo ouvir o “Fevereiro”, disponível aqui. É um bom material de apresentação de Matilde Campilho a quem nunca viu nada sobre o seu trabalho. A quem já conhece, como eu, é sempre um prazer revisitar essas palavras.

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