O Balão Caiu – livro da psicóloga Claudia Ildefonso traz prefácio de Rodrigo Alvarez




Livro escrito pela psicóloga Claudia Ildefonso relata a tragédia ocorrida em 2013, após a queda de um balão lotado de turistas

Por Redação
Reprodução / Internet

Um acidente acima das nuvens na Capadócia, região da Turquia de exuberante riqueza natural, conhecida por ser a terra de São Jorge. O que era pra ser uma aventura de férias para um grupo animado de amigas da terceira idade, que seguiriam dali para a Grécia, se transformou num caso de repercussão internacional, com 24 vítimas – sendo três fatais.

No início da manhã do dia 20 de maio de 2013, um grupo de turistas, incluindo oito brasileiros, embarcou nos tradicionais passeios de balão para sobrevoar a área famosa por belas formações geológicas, criadas pela erosão de cinzas vulcânicas. Após 45 minutos da decolagem, dois balões colidiram e um deles caiu, a cerca de 300 metros de altura, deixando dezenas de vítimas. Era o início de uma epopeia de dor, angústia e transtornos das mais diversas ordens, mas também uma experiência inusitada de superação e solidariedade.

Na mesma manhã, do lado de cá, a carioca Claudia Ildefonso foi surpreendida por uma ligação em que um interlocutor turco, entre palavras incompreensíveis e exaltadas, pronunciou com dificuldade a frase fatídica: “balão caiu”! Sua mãe, Maísa Moreira Ildefonso Lima, era uma das vítimas da queda. Em meio a imensas dificuldades e sob um estado ímpar de tensão, a autora seguiu para a Turquia com seu irmão, onde acompanhou sua mãe em estado gravíssimo por um mês, num hospital em Kayseri. Três companheiras de viagem, que tiveram seus nomes substituídos no livro, não sobreviveram ao acidente.

                                         Divulgação

“O Balão Caiu – vida e morte na Capadócia” (Giostri Editora) trilha com detalhes toda a trajetória a partir da queda até a remoção de Maísa para solo brasileiro, onde ela ainda permaneceu hospitalizada por mais 15 dias. Logo após seguiu-se um longo período de fisioterapia: a paciente ficou quatro meses sem andar. A narrativa emocionante e humanizada deixa o leitor em constante suspense e aborda temas diversos, como questões diplomáticas e burocráticas, dificuldade de comunicação num país distante, luto, crise de pânico, fé, falta de indenização e a ampla cobertura de imprensa, que rendeu frutos…

O repórter da Rede Globo, Rodrigo Alvarez, acompanhou sensivelmente todo o processo e assina o prefácio: “Tinha acabado de acordar num hotel no alto do morro na ilha de Santorini, na Grécia, com minha mulher e um de meus filhos… Resolvi ‘dar uma olhadinha’ no celular. O e-mail que me chegava era o fim das férias mais curtas da minha vida… ‘Caiu um balão com brasileiros na Capadócia, três senhoras morreram. Você consegue ir até lá?’, me perguntava um editor… A tragédia das famílias das três senhoras mortas era a mais imediata. Mas os hospitais da Capadócia receberam pacientes em estado grave, que poderiam não sobreviver… Passei dez dias na Capadócia, convivendo com eles e acompanhando suas lutas. Agora, anos depois, comecei a folhear o livro de Cláudia como quem revira um baú de memórias e descobre cartas que por algum motivo ficaram fechadas em seus envelopes. As cartas revelam um ponto de vista muito particular e humano, de um momento sem dúvida trágico, mas que aos poucos foi se colorindo de afeto e beleza.”

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