Roque Santeiro, de Dias Gomes, estreia dia 27 de janeiro no Teatro FAAP




A peça escrita em 1963 deveria ter sido encenada em 1965, mas foi censurada pelo governo militar. Em 1975, Dias Gomes (1922-1999) adaptou a obra para a televisão e esta versão também foi proibida. Só dez anos depois, em 1985, já com o país vivendo um processo de democratização, é que a novela foi levada ao ar

Foto: Priscila Prade
Esta é a primeira vez que Roque Santeiro será montada, em formato musical, em São Paulo. O texto, tornado clássico depois de proibido e adaptado com grande sucesso para a TV, será finalmente encenado no formato pensado originalmente pelo autor Dias Gomes – como uma opereta popular.

O elenco desta montagem é composto por 13 atores: Jarbas Homem de Mello é Chico Malta; Livia Camargo faz a viúva Porcina; Flávio Tolezani é Roque Santeiro; Mel Lisboa interpreta Mocinha, filha de Dona Pombinha, vivida pela atriz Nábia Villela, e do prefeito Florindo Abelha, interpretado por Dagoberto Feliz.

Edson Montenegro é Padre Hipólito; Luciana Carnieli vive a dona do bordel da cidade, Matilde, e as duas prostitutas – Rosali e Ninon – são vividas respectivamente pelas atrizes Yael Pecarovich e Giselle Lima. O músico e ator Marco França faz o papel de Toninho Jiló. Samuel de Assis é Zé das Medalhas, e Cristiano Tomiossi faz o papel do General. A estreia acontece dia 27 de janeiro no Teatro FAAP.

A trilha sonora composta por Zeca Baleiro é executada ao vivo pelos atores com o apoio de dois músicos – André Bedurê (baixo e violão) e Érico Theobaldo (guitarra, percussão e eletrônicos). Baleiro musicou algumas letras do autor que já existiam na versão original do texto e compôs outras canções especialmente para a peça.

“A trilha traz um toque levemente marcial, um certo tom militar, mas também tem elementos de bolero, tango, baião, valsa, muita brasilidade e brejeirices. Mas é bom deixar claro: a peça é diferente da novela, desde o texto até a música”, comenta Zeca Baleiro.

Roque Santeiro marca a quarta parceria da diretora Debora Dubois com o compositor. Juntos, eles já fizeram “Quem tem Medo de Curupira?”, “Lampião e Lancelote” e “A Paixão Segundo Nelson”. “Essa parceria é longa porque nos entendemos muito artisticamente, o Zeca é um artista muito completo, que entende o teatro e coloca a música a seu serviço de uma forma linda”, conta a diretora. “Optamos por uma trilha musical original. Resistimos à tentação de usar músicas da trilha da novela, que foi muito marcante. Mas, como uma espécie de ‘homenagem’ à novela, incluímos dois trechos de canções de Sá & Guarabyra”, continua Débora.

A direção de movimento é de Fabrício Licursi que, junto com Debora Dubois, optou por coreografias mais orgânicas, que misturam gestos e traços característicos dos personagens com a movimentação coletiva nos números musicais, como se reproduzissem festas populares na fictícia cidade de Asa Branca.

Foto: Priscila Prade
Foto: Priscila Prade
Serviço
Estreia 27 de janeiro
Teatro FAAP – www.faap.br/teatro
Sextas e Sábados às 21h e Domingos às 18h
Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo
Tel. (11) 3662-7233 / 7234
Duração 120 minutos
Classificação indicativa – 14 anos                  
Até dia 7 de maio
*Ingressos: Sextas R$ 80,00 (inteira); R$ 40,00 (meia). Sábados e Domingos R$ 90,00 (inteira); R$ 45,00 (meia)

*Dias 27 de janeiro e 03 de fevereiro: 
Ingressos a R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)

Bilheteria quarta a sábado das 14h às 21 e domingo das 14h às 18h
Estacionamento no local

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