Adriana Calcanhotto constrói e desconstrói em clipe de “LÁ LÁ LÁ”


Créditos: Murilo Alvesso


Adriana Calcanhotto se entrega de corpo e alma em seus trabalhos. Assim como na música “Margem”, em que raspa o cabelo no clipe, a cantora constrói e desconstrói a arte com pincel e tinta no vídeo da nova música, “LÁ LÁ LÁ”.

Disponível em todas as plataformas digitais, a faixa segue a levada próxima da natureza com o som do mar entre os elementos, assim como as muitas referências na letra, que passeiam da onda à areia.

Créditos: Murilo Alvesso

Murilo Alvesso, diretor do clipe, compartilha como foi o processo criativo. “Como é que a gente diz o que escapa da linguagem? Foi com essa pergunta na cabeça que o clipe de ‘LÁ LÁ LÁ’ nasceu. O vai e vem de compor, rabiscar e dar forma a um sentimento que não se explica tão bem quanto se sente. Queríamos partir do código da criação para inundar a sala de casa dessa força inominável que agita as águas salgadas, tomando o caldo que viesse”.

Com isto em mente, o vídeo segue como uma folha em branco, em que Adriana com um pincel e tinta azul, começa a escrever “LÁ” na tela, seguindo para as paredes, até seu próprio corpo estar inundado de azul. Confira o videoclipe:

“LÁ LÁ LÁ”, como relata Adriana, começou a ser escrita antes mesmo da gravação de “Maré”, segundo disco da trilogia do mar. “A ideia era gravá-la logo mas na época da gravação, ela estava muito longe de estar pronta. Estava tratando da vontade na natureza, estava lendo ‘Da Natureza de Coisas’, de Lucrécio, e andava especialmente impactada com o que é que faz com que a onda levante e depois quebre. O que seria o motor da onda? O que dá a ela a vontade para levantar e quebrar? Para quê levantar se sabe que vai quebrar? Ou será que não sabe, afinal? Coisas que me parecem que a linguagem não consegue abarcar. E quando em música popular a linguagem não pode com certas questões, usa-se lá lá lá. Esse lá da canção, ‘que não é lugar’, deságua no lá lá lá em tom festivo e de celebração, com a música dizendo então o que a letra só pode supor”, explica a artista.

Esta é mais uma composição da cantora, sendo o terceiro single do álbum “Margem”, que encerra a trilogia do mar (iniciada com “Maritmo” em 1998 e seguida de “Maré” em 2008), com previsão de lançamento para início de junho. “Para compor programei uma levada de samba de roda com palmas eletrônicas, e só. O resto ficou por conta dos meninos da banda”, conta Adriana. As outras faixas já divulgadas do disco são: “Margem” e “Ogunté”.

Adriana Calcanhoto apresenta nova turnê no Theatro NET SP




Com canções inéditas e releituras, show aclamado pela crítica especializada prossegue pelas estradas do país após percorrer, com sucesso,  diversas cidades do Brasil e da Europa

Por Andréia Bueno
O show A Mulher do Pau Brasil da cantora e compositora Adriana Calcanhotto faz única apresentação no Theatro Net São Paulo dia 31 de janeiro, quinta, 21h, após percorrer cidades da Europa e do Brasil com sucesso de público e boa recepção da crítica especializada.  
Foto: Divulgação

‘A Mulher do Pau Brasil’ foi idealizado como ‘concerto-tese’, ou seja, uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhotto na Universidade de Coimbra, onde esteve nos últimos dois anos entre cursos e apresentações. 
Acompanhada por Bem Gil e Bruno di Lullo, Adriana idealizou um roteiro com músicas compostas no período, releituras (a recente ‘As Caravanas’, de Chico Buarque, por exemplo) e também reencontra clássicos de seu repertório, como ‘Inverno’, ‘Vambora’ e ‘Esquadros’.
A inédita canção-título abre o show em tom autobiográfico (‘Nasceu no Sul / Foi para o Rio / E amou como nunca se viu’) e também retoma o nome de um espetáculo do início da carreira de Adriana (‘A Mulher do Pau Brasil’), ainda em Porto Alegre nos anos 80. Foi quando começou a ser instigada pelo ‘Manifesto da Poesia Pau Brasil’, do modernista Oswald de Andrade, e toda a sua influência no movimento tropicalista décadas depois. Tais temas sempre estiveram presentes na obra de Adriana e ressurgiram com intensidade no período português.
Não à toa que ‘Vamos Comer Caetano’, composta para o disco ‘Maritmo’ (1998) foi retomada no repertório e sublinha o conceito antropofágico da apresentação, através da ideia de devorar, se apropriar e reinventar a informação que vem de fora. ‘Costumavam me perguntar se eu já tinha virado portuguesa e eu sempre respondia que não. Nunca me senti tão brasileira como agora’, conta Adriana, que foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra no final de 2015.
Por conta do pigmento vermelho extraído de seu tronco, o Pau Brasil se tornou a primeira riqueza nacional exportada/explorada pelos colonizadores. Além de dar nome ao País, a árvore foi responsável por tingir tecidos e objetos na Europa, onde se tornou extremamente valorizada. Mais de cinco séculos se passaram e Adriana Calcanhotto refez a travessia da madeira em 2016, quando foi nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra e iniciou uma residência artística no local, através de cursos, concertos e seminários.
Nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa pela Universidade de Coimbra em 2015, Adriana Calcanhotto tem desenvolvido um trabalho de divulgação e estudo da literatura portuguesa junto de diversas Universidades Europeias e Brasileiras, dando-se conta que, atualmente, no Brasil é vista como a “Embaixadora da Universidade de Coimbra” e, na Europa, sente-se cada vez mais “A Mulher do Pau-Brasil”.
Inspirada pelo movimento modernista brasileiro dos anos 20, no seu “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, a sua influência sobre o Tropicalismo (toda a informação externa deve ser devorada e reinventada nos seus próprios termos), e com base na aprendizagem, pesquisa e trabalhos desenvolvidos como professora e Embaixadora da Universidade de Coimbra, Adriana Calcanhotto criou este novo espetáculo, no qual reflete sobre todas estas novas experiências através de antigos sucessos, novas canções, novas leituras e reinvenções.
Serviço
31 de janeiro, às 21h
A partir de R$ 50
Quinta às 21h00
Classificação: 12 anos.
Meia-Entrada: Estudantes, Idosos com 60 anos ou mais, Jovens pertencentes a Família de Baixa Renda, Pessoas com Deficiência, Professores e Profissionais da Rede Pública Municipal de Ensino.
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Bilheteria Theatro NET SP
Endereço: Rua Olimpíadas, 360, Piso Térreo – Shopping Vila Olímpia – Itaim Bibi.
Horário de Funcionamento: Segunda a Sábado das 10:00 às 22:00. Domingos e Feriados 12:00 ás 20:00
Capacidade: 800 lugares.
Theatro NET SP
Rua Olimpíadas, 360 – 5° Piso
São Paulo / São Paulo

Baseado na obra de Adriana Calcanhotto, musical infantojuvenil Lá Dentro Tem Coisa volta ao Rio




Com texto de Adriana Falcão, Rafael Gomes e Vinicius Calderoni, espetáculo tem direção de Renato Linhares e direção musical de Felipe Habib 

Por Andréia Bueno
De um lado, o medo do desconhecido. Do outro, a coragem de buscar o novo. Eis o dilema que a menina Isabel enfrenta no dia do seu aniversário de 9 anos, quando ela sai de casa sozinha pela primeira vez. Esse é ponto de partida do musical infantojuvenil “Lá Dentro Tem Coisa”, baseado na obra “Partimpim” – coleção de canções para crianças lançada pela cantora e compositora Adriana Calcanhotto, em 2004, vencedora do Grammy Latino de “Melhor CD Infantil”. Com texto de Adriana Falcão, Rafael Gomes e Vinicius Calderoni, e direção de Renato Linhares e direção de arte do artista plástico Vik Muniz, a peça faz nova temporada no Rio: de 3 de novembro a 9 de dezembro, no Teatro das Artes, no Shopping da Gávea (sábados e domingos, às 17h).
Foto: Leo Aversa
A história de “La Dentro Tem Coisa” se passa no dia do aniversário de 9 anos de Isabel – na abordagem lúdica da montagem, uma personagem dupla, Isa e Bel, meninas reflexos uma da outra, interpretadas respectivamente por Aline Deluna e Lu Vieira. Ao ganhar de presente dos pais a permissão para sair sozinha pela primeira vez, ela escolhe ir até a livraria, não muito longe de casa. No caminho, vai enfrentar o medo e conhecer a coragem e descobrir sensações e sentimentos diversos, bons e ruins, como raiva, mágoa, ansiedade, tristeza, expectativa, insegurança, incerteza, amor, desejo, gratidão. 
Idealizado pelo ator e empreendedor cultural Felipe Lima, “Lá Dentro Tem Coisa” surgiu da vontade de criar uma peça inspirada no universo de “Partimpim”. A primeira troca de ideias ocorreu após uma apresentação de “Mas Por Quê??! – A História de Elvis”, espetáculo infantojuvenil também produzido por Felipe, que Adriana Calcanhotto havia ido assistir. “Adoro o trabalho dela. Conversamos ali mesmo, depois da peça, e falei que queria fazer um trabalho em que o ponto de partida fosse o ‘Partimpim’. Comentei sobre a minha vontade de ter a Adriana Falcão como autora, e assim começamos”, diz Felipe, que trouxe para o projeto os dramaturgos Rafael Gomes e Vinicius Calderoni, os mesmos de “Mas Por Quê??! – A História de Elvis”. 
Para escrever o argumento de “Lá Dentro Tem Coisa”, a roteirista e escritora Adriana Falcão (que assina a dramaturgia ao lado de Rafael Gomes e Vinicius Calderoni) teve como pontapé inicial um sentimento que crianças e adultos experimentam com frequência: o medo do desconhecido. “Pensei nesse sentimento que todos nós nos identificamos, quando estamos em algum momento sozinhos, diante de um problema, e fazemos daquilo um monstro dentro da nossa cabeça”, diz a autora, que se inspirou nas músicas do disco, mas sem se ater a uma canção específica para criar a história.
Em cena, o elenco formado por Aline Deluna (Bel), Carol Garcia (Mãe), Gabriel Stauffer (Medo), Lu Vieira (Isa), Thais Belchior (Coragem) e Thiago Marinho (Pai) canta ao vivo nove músicas, sendo oito do disco “Adriana Partimpim” (2004). Com direção musical de Felipe Habib, as canções ganharam novos arranjos e foram encadeadas de maneira lúdica como condutoras da história. São elas: “Lição de Baião”, “Oito Anos”, “Ciranda da Bailarina”, “Ser de Sagitário”, “Borboleta”, “Formiga Bossa Nova”, “Fico Assim Sem Você” e “Saiba”. A trilha também traz “Poeta Aprendiz”, de Vinicius de Moraes e Toquinho, gravada por Calcanhotto no livro-disco homônimo.
“Lá Dentro Tem Coisa” estreou em setembro de 2017, no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. Em agosto deste ano, a peça fez uma temporada que foi sucesso de público e de crítica no Teatro Folha, em São Paulo. 
SERVIÇO:
“Lá Dentro Tem Coisa”
Temporada: De 03/11 a 09/12 de 2018. 
Dias e horários: Sábados e domingos, às 17h.
Local: Teatro das Artes.
(Rua Marquês de São Vicente, 52 – Shopping da Gávea).
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre.
Gênero: Infantojuvenil.
Horários da bilheteria: Segunda a Domingo, das 15h às 20h.
Tel.: (21) 2540-6004.
Ingressos: R$ 60 (inteira) | R$30 (meia).

Evento 30 anos da Companhia das Letras




Por Huda Guimarães

Gente, olha que legal!

No dia 25 de outubro, irá ter um encontro, em comemoração aos 30 anos da editora Companhia das Letras, dos autores consagrados David Grossman e Ian Mcewan, no Sesc Pinheiros com participação de Adriana Calcanhoto, Denise Fraga e Wagner Moura que lerão trechos das obras dos autores. Só a nata!

O David, um autor israelense, está lançando no Brasil o livro O inferno dos Outros, em que o humorista expõe seus dramas mais profundos transformando em humor sua melancolia. Um dos maiores ficcionistas contemporâneos, seu livro tem um humor variado, que passa por diversos temas como o conflito Israel-Palestina a palavrões proferidos por um papagaio, rs.

Já o Ian, um autor inglês que escreveu Reparação e Amor sem fim, lança o livro Enclausurado, narrado por um feto que escuta os planos da sua mãe para junto com o amante, assassinar seu marido. Também um livro divertido de um dos maiores escritores da atualidade.

Os ingressos para o evento são gratuitos e serão distribuídos a partir das 14h do dia 25/10 nas bilheterias da rede Sesc da cidade de São Paulo, limitado a dois ingressos por pessoa.

Vale a pena participar desse evento!

São Paulo, 25/10, terça-feira, às 20h
Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros
Rua Paes Leme, 195

ADRIANA CALCANHOTTO E ARNALDO ANTUNES DÃO O TOM EM SP




Por Andréia Bueno
Fotos Thiago Duran/AgNews

Com participação especial do intérprete, compositor, escritor e ex-Titãs Arnaldo Antunes, a polivalente Adriana Calcanhotto subiu ao palco da casa de espetáculos HSBC Brasil na noite desta sexta-feira (dia 24) ao som do mega sucesso “O Nome da Cidade” música composta por Adriana e interpretada por nomes consagrados como a cantora Maria Bethânia.

Canções como “ No Lago do Olho” (baseada no poema de Augusto de Campos) , Olhos de Onda , Maldito Rádio ( durante a  interpretação há o efeito do rádio ligado no palco),  Motivos Reais Banais, canção composta a partir de um longo poema do saudoso Wally Salomão não foram deixadas de lado, porém os grandes sucessos garantiram as passagens mais marcantes do show. A sequência que incluiu Devolva-me, Esquadros, Inverno, Depois de ter você, Tatuagem, Vambora e Metade arrebatou a plateia de forma especial.

O público que acompanhava atentamente a  apresentação foi ao êxtase quando Arnaldo Antunes surgiu no palco ao som de “ Se Tudo Pode Acontecer”. 

Na sequência, interpretaram em tom intimista o sucesso “ De Mais Ninguém” composição de Marisa Monte . “ Para Lá” primeira composição realizada em parceira entre Arnaldo e Adriana não poderia ficar de fora do set list. 

A cantora  inglesa Amy Winehouse  foi homenageada com a interpretação acústica do sucesso “ Back To Black”.

Para findar esta maravilhosa noite, a gaúcha interpretou um dos grandes sucessos de Tim Maia, Me dê motivos, para delírio dos presentes. 

Arnaldo retornou durante o “ bis” e juntos interpretaram “ Saiba” e “Eu Não Sei Fazer Música”.

Adriana Calcanhotto segue em turnê nacional tendo como próxima parada a cidade de Madureira no Rio de Janeiro. O Acesso Cultural recomenda!

Adriana Calcanhotto apresenta Olhos de Onda no HSBC Brasil




A cantora  Adriana Calcanhotto  se apresentou na noite da última sexta-feira, dia 11, para um público que lotou a casa de espetáculos na capital paulista.

Fotos: Rodrigo Bueno

O público que, acompanhava atentamente a interpretação das duas primeiras músicas, Sem Saída e Três 
(composta por Marina Lima e Antonio Cicero),  formou um verdadeiro coro quando ela entoou os primeiros versos de Inverno.

Na sequência, Adriana  apresentou algumas das músicas do seu último álbum ‘Micróbio do Samba’, como Vivo a Sorrir e Mais Perfumado

Fotos: Rodrigo Bueno

Canções mais recentes como Maldito Rádio (durante a  interpretação ,há o efeito do rádio no palco), Para Lá, primeira e única parceria de Adriana Calcanhotto com Arnaldo Antunes, e Motivos Reais Banais, feita a partir de um longo poema do saudoso Wally Salomão , não foram deixadas de lado, porém os grandes sucessos garantiram as passagens mais marcantes do show. A sequência Devolva-me, Esquadros, Mais Feliz, Cantada (Depois de ter você), Vambora, e no bis, Mentiras e Fico Assim Sem Você, deixou a platéia arrebatada.

Para findar esta maravilhosa noite, a gaúcha cantou um grande sucesso de Tim Maia, Me Dê Motivos, para delírio dos presentes. 

Fotos: Rodrigo Bueno

Em resumo, Adriana, não só desfilou seus grandes sucessos, como mostrou, apesar das poucas palavras, porque é considerada um dos grandes nomes da música popular brasileira da atualidade.
Por Andréia Bueno
Fotos: Rodrigo Bueno