Exposição – Retrospectiva da artista Ana Maria Tavares na Pinacoteca




Por colaboradora Monise Rigamonti
Acontece na Pinacoteca a exposição “No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares” com curadoria de Fernanda Pitta, a mostra é uma retrospectiva dos 35 anos de carreira da artista Ana Maria Tavares, a exposição é composta por mais de 160 obras da artista, mostrando suas principais produções dos anos 80 até os dias atuais, ocupando sete salas do primeiro andar do edifício da Luz (Pina_Luz), assim como os espaços do octógono, lobby e corredores do mesmo andar. A exposição ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria Artes Visuais, como melhor exposição retrospectiva de 2016. 

“Exit III com Parede Niemeyer”  – Divulgação
Ao entrarmos na instituição, logo somos seduzidos a contemplar a exposição onde nos deparamos com a instalação “Atlântica Moderna” (2016) em composição com os corredores pintados de preto e branco inquietando uma articulação inicial com a poética da artista. A pintura na parede, provoca uma contraposição conceitual e estética entre a memória do edifício e de uma sociedade com relação ao modernismo e a contestação/ruptura do passado, o ambiente nos envolve pela estética das cores e dos materiais metálicos provocando uma sensação de pertencer ao um outro ambiente. Seguimos para as salas onde se encontra propriamente a retrospectiva da artista, nos deparamos tanto com trabalhos em início da sua produção quanto com obras mais atuais.  

    Atlântica Moderna (parte 1 – detalhe) – Divulgação 

Uma obra que se destaca nesse circuito da exposição é a videoinstalação “Utopias desviantes – da série Hieróglifos Sociais – 2015” (12’54”) em que somos transportados para um outro espaço-tempo. Para alguns o vídeo pode causar vertigens (inclusive há placa avisando sobre isso), para outros pode causar uma sensação hipnotizadora, de pertencer a algum outro lugar como se estivesse andando em uma “cidade futurista” descrita em livros e filmes de ficção científica, também pode lembrar as primeiras obras do modernismo como por exemplo o “Nu descendo a escada” de Marcel Duchamp, pois provoca a sensação de estar subindo e descendo de lugares como avenidas ou lugares projetados nos espelhos dos prédios da cidade, gerando uma articulação com o espaço urbano conhecido e vivenciado por nós. 

“Utopias desviantes – da série Hieróglifos Sociais – 2015” – foto:  Monise Rigamonti 

Depois de sairmos da salas, prosseguimos para o Octógono, onde se encontra uma instalação “Exit III com Parede Niemeyer” (2016) composta por uma parede de espelho que cobre todo esse espaço pertencente ao prédio, vemos nossos corpos e o corpos de outras pessoas refletidos em todas as paredes, proporcionando uma outra percepção do espaço, no meio da sala encontramos uma escada de avião onde é possível escutar um áudio descrevendo sobre o caos urbano da cidade de São Paulo, gerando uma sensação caótica, de não pertencimento ao aqui e agora, e sim de pertencimento a esse caos como se nosso corpo e nossas moléculas integrassem cada parte desse caos que vivenciamos na realidade do nosso dia a dia.

Para finalizarmos a exposição podemos dar sequência há uma outra sala onde encontramos mais alguns objetos, vídeos e instalações da artista. O trabalho da artista proporciona um questionamento sobre as questões de mobilidade, deslocamento, espelhamento, rotação, labirinto, entre outras.  

Serviço
No lugar mesmo: uma antologia de Ana Maria Tavares
Pinacoteca de São Paulo
Praça da Luz, 2, Luz, São Paulo
Exposição de 19/11 até 10/4/2017
De quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30 com permanência até as 18hrs. 
Ingressos: R$ 6 (inteira) R$ 3 (meia), gratuito aos sábados 
FanPage: facebook.com/PinacotecaSP/

Confira lista de indicados para o prêmio APCA




Por Andréia Bueno

A APCA ( Associação Paulista de Críticos de Artes) definiu na noite de ontem, os indicados ao prêmio referente ao primeiro semestre de 2016.

Até o momento, ” Não Contém Glúten”  é a peça com maior número de indicações, sendo três no total: dramaturgia, atriz e direção.  

Em dezembro será realizada a votação referente ao segundo semestre e a lista completa será definida na tradicional reunião anual da APCA. E por falar em prêmio, ontem foram definidos os  nomes para receberem o Grande Prêmio da Crítica e o Prêmio Especial, categorias a serem conhecidas do público apenas na votação final, em dezembro.

Veja, abaixo, a lista completa de indicados!

“Sobre Ratos e Homens” – Crédito: Luciano Alves

Melhor ator

Bruce Gomlevsky por “Uma Ilíada”
Eric Lenate por “Fim de Partida”
Rodrigo Bolzan por “Projeto Brasil”

Melhor atriz

Bárbara Paz por “Gata em Telhado de Zinco Quente”
Bia Seidl por “Não Contém Glúten”
Denise Weinberg por “O Testamento de Maria”

Melhor dramaturgia

Leonardo Cortez por “Sala dos Professores”
Luís Alberto de Abreu por “Cabras – Cabeças que Voam, Cabeças que Rolam”
Sérgio Roveri por “Não Contém Glúten”

Melhor direção

Leonardo Moreira por “Amadores”
João Falcão por “Gabriela, um Musical”
José Roberto Jardim por “Não Contém Glúten”

Melhor espetáculo

“A Tragédia Latino-americana”
“Projeto Brasil”
“Sobre Ratos e Homens”

Cleto Baccic recebe o Prêmio APCA




Ator recebeu na noite desta terça-feira (17) o Troféu na categoria Melhor Ator por sua atuação em ‘O Homem De La Mancha’

Foto: Eduardo Enomoto
Na noite desta terça-feira (17) a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) realizou a 59ª edição do Prêmio APCA, que contempla os melhores do ano de 2014. O ator Cleto Baccic, protagonista do espetáculo O HOMEM DE LA MANCHA, subiu ao palco do Teatro Paulo Autran, em Pinheiros, para receber o troféu de Melhor Ator de Teatro. O musical, dirigido por Miguel Falabella e produzido pelo Atelier de Cultura para o SESI-SP, também venceu a premiação na categoria Melhor Espetáculo.

As palavras somem e o coração pulsa gratidão. Obrigado Miguel Falabella por acreditar em mim e dar asas ao meu ‘Sonho Impossível’ e obrigado a todos do elenco e produção que contribuem para que nosso show aconteça diariamente. Esse prêmio é de todos nós”, comemorou Baccic.

O HOMEM DE LA MANCHA está em cartaz no Teatro SESI-SP (Av. Paulista, 1313) de quarta à domingo.