
Depois de ser exibido em festivais internacionais como AFI Film Festival, SXSW, DOC NYC e Miami International Film Festival, chega ao Brasil, na plataforma de streaming Filmmelier, o documentário ‘=’, que acompanha a gravação de um dos maiores álbuns de todos os tempos.
Em 1971, Aretha Franklin era conhecida como a Rainha do Soul. Após cinco anos de sucessos no topo das paradas, ela e Jerry Wexler, seu produtor na Atlantic Records, decidiram que seu próximo álbum seria uma homenagem à música de sua juventude, ao mundo da música gospel americana. Amazing Grace não tinha a intenção de ser sua maior performance, mas acabaria se tornando um momento elegíaco na história musical americana, bem como uma saudação à herança gospel que transformara a música americana na década de 1960.
Em 1972, quando Franklin planejava seu álbum, a Warner Communications – a matriz da Warner Brothers Film e dos selos Warner, Reprise, Elektra e Atlantic – aproveitava as recompensas do sucesso inesperado criado pela “sinergia corporativa” do álbum e do filme Woodstock , de Michael Wadleigh, pelo qual a Warner pagou ﹩100.000 dólares pelos direitos, mas terminou arrecadando mais de ﹩17 milhões e vendendo três milhões de cópias. E agora, todos esperavam que ‘Amazing Grace’ fosse ter o mesmo sucesso.
O CEO da Warner Brothers, Ted Ashley, mencionou o projeto numa reunião com Sydney Pollack, o então recentemente indicado ao Oscar de Melhor Diretor pelo filme ‘A Noite dos Desesperados’. Imediatamente, ao ouvir o nome de Franklin, Pollack quis participar do projeto.
Gravado ao vivo na igreja do Reverendo James Cleveland, em Watts, na Califórnia, diante de uma congregação e de um público facinado, ‘Amazing Grace’ se tornaria o álbum mais vendido da carreira de Franklin e o álbum gospel mais popular de todos os tempos. Contudo, o filme nunca foi lançado.
Sydney Pollack era um diretor de longa-metragem, onde o som geralmente é pós-sincronizado nas cenas externas. Mas em ‘Amazing Grace’ não se usou claquete ou qualquer marcação que ajudasse a sincronizar o som com a imagem de tal maneira o processo de edição tornou-se impossível. Pollack contratou leitores labiais e editores especialistas, mas não teve sucesso.
O filme ficou abandonado por quase quarenta anos até que Alan Elliott, ex-produtor da Atlantic e antigo protegido de Wexler, procurou Wexler e, então, Pollack. Juntos, Elliott, Wexler e Pollack entraram em contato com a Warner Brothers e sabiam que o uso de novas tecnologias digitais poderia ajudá-los a juntar o som às cenas e fazer um filme a partir das imagens brutas.
Mais de 47 anos depois daqueles dois dias notáveis, fãs finalmente terão a oportunidade de testemunhar a grandeza de Aretha Franklin, e de participar numa viagem no tempo para um momento marcante na história musical e social americana. Confira o trailer!
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