Tinha apenas 14 anos quando começou a escrever e com esta mesma idade já esgotava os exemplares de seu primeiro livro publicado em plena Bienal. Mas quem é Ana Beatriz Brandão? E por que dois de seus livros se transformaram em uma produção nacional?
A jovem autora escreveu O garoto do Cachecol Vermelho e, o spin-off, a Garota das Sapatilhas Brancas, sem perspectiva nenhuma do que viria a acontecer. A história que retrata o amor, o preconceito, a aceitação e superação, chamou a atenção da JCG Filmes, do diretor de cinema John Cristhian Gonçalves e ganhou famosos interpretando os papéis principais.
A bailarina, personagem principal, será interpretada pela atriz Nanda Lisboa (que participou das novelas Sangue Bom e Araguaia), o seu par romântico será feito por Leo Picon (influenciador com mais de três milhões de seguidores e integrante do elenco de Meus 15 Anos, filme de Larissa Manoela) e também terá no elenco a Giovanna Chagas (influenciadora com quase oito milhões de seguidores).
Quando decidi ser escritora no Brasil descobri que não seria uma tarefa fácil. Lutamos diariamente com a desvantagem de “competir” com livros que vem de fora e já chegam consagrados e com público certo. Sem contar o preconceito contra a literatura nacional. Mas, após quatro anos nesse mercado, aprendi muita coisa, e não digo apenas em termos de carreira, aprendi como ser humano, principalmente quando escrevi o livro “O garoto do cachecol vermelho”.
Além de todo este sucesso, do filme, de ser uma das apostas de uma grande editora como a Record, 5 livros publicados e muitos fãs espalhados por todo o Brasil, o carinho e o amor é o que move sua literatura.
Uma das maiores coisas que me motivam a continuar contando minhas histórias é o carinho que recebo todos os dias dos meus leitores, são dezenas de mensagens cheias de amor e experiências que tiveram durante a leitura. Eles me contam que minhas histórias tocaram suas vidas, que mudaram sua forma de ver o mundo e as pessoas ao redor. Isso é algo que não tem preço. Quando alguém espera horas para pegar meu autografo na fila, me olhar nos olhos e me dar um abraço apertado, sinto que todas as barreiras que enfrentei valeram a pena. Cada conquista vem desse apoio, o filme que está para ser lançado no ano que vem, os novos lançamentos que estão engatilhados, tudo é fruto dessa troca com meus leitores.
Mesmo com todas as barreiras do mercado literário nacional, a Ana Beatriz Brandão não deixou ser vencida, já está prestes a publicar seu sexto livro, a parte dois da fantasia Sob a Luz da Escuridão, e não para de escrever e ter ideias para os próximos.
Se eu pudesse dar um conselho para quem quer entrar no mercado literário, seria para valorizar que nos apoia tanto. Apostar só em divulgação e marketing não é o suficiente para que você conquiste seu espaço na literatura, se você não valorizar e tratar com respeito e carinho, quem está ao seu lado na jornada.