Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator e cantor Raphael Rossatto
Por Leina Mara
Divulgação/60! Doc. Musical
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, em 2016, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” repete o feito também em São Paulo, com temporada prorrogada no Theatro Net São Paulo.
Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgamos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com ator e cantor Raphael Rossatto.
Foto/Divulgação
AC: Conte-nos um pouco mais sobre o inicio de sua carreira e trajetória no teatro musical?
RR: Comecei a minha carreira no circo, sou de família tradicional circense, 7ª geração no circo, e morei no circo me mudando todos os meses desde o nascimento até os 20 anos. Comecei a atuar no circo e meu primeiro espetáculo profissional realizei aos 7 anos no saudoso Teatro Barra Shopping, depois trabalhei na extinta ‘TV Manchete’ com o Lug de Paula (Seu Boneco), apresentando com ele o programa Clube do Seu Boneco. Quando o programa acabou voltei a me dedicar ao circo e com 11 anos montei minha primeira banda, Eclipse, e ficamos juntos até os meus 17 anos. A partir daí comecei a carreira solo, e voltei a fazer teatro, atuei em peças infantis como Peter Pan, fazendo o Peter, Reino da Gataria, O tesouro encantado, A pequena sereia e O mágico de Oz.
Em 2013 atuei em um musical da Aventura Entretenimento, baseado no livro homônimo da escritora Thalita Rebouças, “Tudo por um Pop Star”, e meu último espetáculo antes do 60!, foi Godspell, do Ceftem, com a direção de João Fonseca, onde interpretei Jesus. E tudo isso com a dublagem em paralelo a partir dos meus 22 anos. Dublei filmes famosos como Frozen, A Culpa é das Estrelas, Como eu Era Antes de Você, Enrolados, Jogos Vorazes, Guardiões da Galáxia e quase todos como protagonista, além de muitos outros filmes e séries.
Com Gabriel Leone em apresentação no evento Tudo ao Contrario 2017 – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator ? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
RR: No teatro musical, minhas inspirações são Daniel Boaventura e Saulo Vasconcelos, na tv e no teatro de modo geral não me inspirei em ninguém, fui me tornando ator ‘sem querer’ e quando me dei conta estava completamente dominado por essa arte linda. Eu adoraria interpretar Denny Zuco do Grease, Gaston em A Bela e a Fera, e o Fantasma da Opera, inclusive papeis já interpretados pelo Daniel e Saulo.
Em Godspell, do Ceftem, com a direção de João Fonseca, como Jesus – Foto; Arquivo Pessoal
AC: Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical?
RR: Recebi o convite para me juntar ao espetáculo através do maestro e amigo, Tony Lucchesi. Enviei alguns vídeos e logo depois recebi uma ligação do nosso diretor, Frederico Reder, me convidando formalmente para integrar esse time talentosíssimo!
Em cena no músical 60! Decada de Arromba em seu solo – Foto: Caio Gallucci
AC: Qual sua parte favorita no musical? Por que?
RR: Adoro a parte dos retirantes, sempre me emociona muito e eu acabo chorando de verdade, sem forçar, é um momento muito forte, e o figurino somado ao arranjo do Tony nos faz viver realmente o que está acontecendo. Mas adoro o espetáculo inteiro, é lindo demais.
AC: Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
RR: Ela é um ser especial de luz, estar na presença dela é maravilhoso. Ela é muito simpática e gente boa, conversa, brinca, dança com a gente, se emociona. Eu não poderia estar mais feliz ao lado de outra estrela, hoje vivendo o que vivo tenho certeza que sou bem mais feliz por ter conhecido essa mulher incrível.
AC: Quais seus planos futuros?
RR: Quero voltar a ativa com a minha banda, “Jack B”, que está de ferias desde o início da temporada do 60, estamos compondo e queremos gravar em breve um novo álbum mais rock n Roll, voltar com os shows, tenho também um projeto paralelo de jazz que quero tocar em frente e pensar em outros musicais também. E continuar com a dublagem que hoje em dia é o que me sustenta, o que me dá mais reconhecimento e prazer.
Na banda “Jack B” – Foto: Sheila Lopes