“Barnum – O Rei do Show” estreia curta temporada no Rio de Janeiro


Créditos: Caio Gallucci


“Barnum – O Rei do Show”, um dos mais cultuados musicais da história – que recebeu desde sua estreia, na década de 1980, uma dezena de prêmios Tony e até versão para o cinema – finalmente ganha uma versão brasileira. Após estreia elogiada em São Paulo, o retorno de Barnum está marcado para 11 de março de 2022, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro. Para a empreitada – que aqui ganha versão brasileira de Claudio Botelho, direção de Gustavo Barchilon, coreografia/direção de movimento de Alonso Barros e direção musical de Thiago Gimenes – foram escalados Murilo Rosa para o papel-título e Sabrina Korgut na pele da poderosa Charity – outros destaques são as atrizes Giulia Nadruz dando vida a antagonista Jenny Lind e Diva Menner no papel da mítica Joice Heth.

O elenco estelar dará vida a uma história real que ganhou, no decorrer de sua história, fãs, lendas e muita especulação. Enredo este que nos dias atuais ainda levanta debates importantes que ajudam a contar e a refletir sobre a humanidade, a igualdade e, claro, a inclusão. Barnum, como o nome aponta, é o musical baseado na vida do showman e empresário do ramo do entretenimento Phineas Taylor Barnum, cujo mais famoso empreendimento foi um museu itinerante que era uma mistura de circo, zoológico e personagens freaks, com destaque, por exemplo, para uma mulher de 160 anos.

Um comitê diverso foi montado para que a versão brasileira fizesse plena alusão aos dias atuais – a história do personagem principal fala de um mundo de outrora mas com questões ainda pertinentes ao planeta atual. “A diversidade é ponto central nesta versão contemporânea. Se em sua época ele poderia gerar controvérsias, é sabido que, amado ou odiado, verdadeiro ou mentiroso, Barnum levantou discussões calorosas”, afirma Barchilon. Afinal, o que é diferente? E por que não incluir e aceitar tais diferenças?

Para além do pensar, “Barnum – O Rei do Show” é sobre se emocionar. Já no foyer do teatro será criada uma cenografia para levar o espectador à atmosfera circense, bem como é esperada a cena em que Murilo Rosa anda, literalmente, na corda bamba. Cabe a Sabrina Korgut dar vida a sua esposa, a poderosa Charity – mulher que fez os sonhos do marido possíveis e que confirma a velha máxima de que junto de um grande homem sempre existe uma grande mulher – sendo este o verdadeiro coração da história.

Como toda história de amor tem seus oponentes, Giulia Nadruz interpreta Jenny Lind, a contratada para uma turnê que também é alvo de toda a atenção de Barnum – para o lamento de Charity. Já entre a trupe do circo, o destaque vem por meio da cantora recifense Diva Menner, uma mulher trans que emociona na montagem encarnando uma das atrações mais populares de Barnum: Joice Heth, conhecida em sua época como “a mulher mais velha do mundo”.

Sabrina Korgut | Créditos: Caio Gallucci

Assim como em toda a sua história, Barnum – O Rei do Show – promete repetir no Rio de Janeiro seu sucesso ao fazer mágica e refletir, já que desde que estreou na Broadway, há quatro décadas, tendo em seu elenco principal Jim Dale e Glenn Close conquistou 10 nomeações ao prêmio Tony (o Oscar do teatro americano) de 1980. Entre outras versões mundo afora, inspirou a edição cinematográfica de 2017 com Hugh Jackman em seu elenco. Tamanho sucesso nos quatro cantos do globo fazem com que a versão brasileira chegue por aqui pela Lei Federal de Incentivo à Cultura com patrocínios da SulAmérica (master), Eurofarma, Outback, Patense, Repom, Hospital São Lucas e Laboratórios Sérgio Franco..

Serviço:

Onde?

Teatro CASA GRANDE

Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – a – Leblon, Rio de Janeiro – RJ, 22430-060

Classificação: Livre

Quando?

De 11 de março a 01 de maio de 2022

Horários: sexta, às 20h30, sábado às 17h e às 20h30, domingo às 16h e às 19h30

Valores: Ingressos a partir de R$ 25,00 (meia entrada)

01) Plateia Vip: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)

02) Plateia Setor 1: R$ 180,00 (inteira) / R$ 90,00 (meia)

03) Balcão Setor 2: R$ 120,00 (inteira) / R$ 60,00 (meia)

04) Balcão Setor 2: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia) – Preço Popular

● Descontos Patrocinadores (Sulamérica, Eurofarma, Outback, Repom, Hospital São Lucas, Laboratórios Sergio Franco e Patense): 30%

Compras via internet:

https://www.eventim.com.br/artist/barnum/

Vendas na bilheteria do Teatro:

Horários: Terças e Quartas 12h às 19h, Quinta a Domingo das 15h até 30 minutos após o início da última sessão.

Essa opção não possui taxa de conveniência!

Duração: 100 minutos

Prêmio Destaque Imprensa Digital anuncia indicados da 4ª edição


Créditos: Divulgação


Após um longo hiato em função da pandemia da Covid-19, é com alegria que o Prêmio Destaque Imprensa Digital (DID) celebra a retomada do setor cultural e a temporada de novas estreias, proporcionando a oportunidade de retomarem também suas atividades, bem como sua homenagem e reconhecimento aos grandes destaques do teatro musical brasileiro na cidade de São Paulo. A cerimônia, que chega a sua 4ª edição, anunciou nesta sexta-feira, 04, seus indicados.

Idealizado pelo jornalista Joaquim Araújo, responsável também pela organização junto da jornalista Grazy Pisacane, de Pedro de Landa e Wall Toledo, a celebração, em constante crescente e considerada a maior e mais importante no formato digital, surgiu da vontade de unir não apenas os profissionais do gênero, mas também a imprensa online, que se dedica a ele de inúmeras formas, elevando assim sua importância e ampliando o alcance de sua divulgação.

Excepcionalmente este ano, a organização planeja realizar duas edições, sendo a primeira no mês de abril, referente aos últimos 26 meses, considerando espetáculos estreados entre 1ª de novembro de 2019 e 31 de dezembro de 2021 e que atendam ao regulamento, e a segunda no mês de dezembro, visando manter o calendário original e contemplando as produções que estrearem em 2022. Ao todo 25 membros da imprensa cultural, divididos em 18 veículos voltados para cultura e entretenimento, além dos especializados, acompanharam os espetáculos.

A celebração virtual, a ser realizada neste ano em parceria com o Teatro União Cultural, se difere por sua dinâmica audiovisual e números musicais inéditos, com versões exclusivas de canções dos espetáculos indicados na categoria Destaque Musical Estrangeiro – Versão Brasileira. Atualmente a láurea direciona seu olhar para o universo artístico e já reconheceu o talento de dezenas de profissionais. Nesta edição, ao todo 100 nomes foram destacados pelo time de jurados entre as 10 categorias, e os mais votados compõem a lista final com 50 indicados. Confira!

INDICADOS DID 20.21

Destaque Coreografia

Alex Martins – Naked Boys Singing! Brasil
Alonso Barros – O Rei do Show, Barnum
Barbara Guerra – Summer – Donna Summer Musical
Floriano Nogueira – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate
Katia Barros – Conserto para Dois – O Musical

Destaque Roteiro Original

Anna Toledo – Conserto para Dois – O Musical
Caique Oliveira – Hadassa – O Musical
Lucio Mauro Filho – Novos Baianos, O Musical
Marilia Toledo e Emilio Boechat – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Vitor Rocha – Bom Dia Sem Companhia

Destaque Ator Coadjuvante

Adriano Tunes – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Alan Rocha – A Cor Púrpura, O Musical
Ivan Parente – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Matheus Paiva – O Rei do Show, Barnum
Rodrigo Miallaret – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate

Destaque Atriz Coadjuvante

Analu Pimenta – A Cor Púrpura, O Musical
Daniela Cury – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Flavia Santana – A Cor Púrpura, O Musical
Giulia Nadruz – O Rei do Show, Barnum
Sara Sarres – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate

Destaque Ator

Jarbas Homem de Mello – Conserto para Dois – O Musical
Marcel Octavio – Assassinato para Dois
Murilo Rosa – O Rei do Show, Barnum
Thiago Perticarrari – Assassinato para Dois
Velson D’Souza – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical

Destaque Atriz

Claudia Raia – Conserto para Dois – O Musical
Jennifer Nascimento – Summer – Donna Summer Musical
Karin Hils – Summer – Donna Summer Musical
Kiara Sasso – O Rei do Show, Barnum
Letícia Soares – A Cor Púrpura, O Musical

Destaque Direção

Fernanda Chamma e Marilia Toledo – Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical
Gustavo Barchilon – O Rei do Show, Barnum
Jarbas Homem de Mello – Conserto para Dois – O Musical
Tadeu Aguiar – A Cor Púrpura, O Musical
Zé Henrique de Paula – Assassinato para Dois

Destaque Direção Musical

Carlos Bauzys – Summer – Donna Summer Musical
Daniel Rocha – Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate
Fernanda Maia – Assassinato para Dois
Thiago Gimenes – O Rei do Show, Barnum
Tony Lucchesi – A Cor Púrpura, O Musical

Destaque Musical Brasileiro

Bertoleza – Gargarejo Cia. Teatral
Bom Dia Sem Companhia – Encanto Artístico e Enxame Produções Culturais
Conserto para Dois – Raia Produções
Novos Baianos, O Musical – Dueto Produções
Silvio Santos Vem Aí – Uma Comédia Musical – Paris Cultural

Destaque Musical Estrangeiro (Versão Brasileira)

A Cor Púrpura, O Musical – Estamos Aqui Produções
Assassinato para Dois – Morente Forte
Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate – Atelier de Cultura
O Rei do Show, Barnum – Barho Produções
Summer – Donna Summer Musical – Atual Produções e Bárbaro! Produções

Entrevista Exclusiva com Jefferson Ferreira


Créditos: Caio Gallucci


Se destacando no elenco do bem sucedido musical “Barnum – O Rei do Show”, por enfrentar o desafio de desempenhar a função de ‘swing’, cobrindo todos os atores e atrizes do ensemble, ao todo 18 artistas, o premiado bailarino e ator carioca Jefferson Ferreira se prepara para retomar a vida em alto mar em 2022, como o experiente artista de navio cruzeiro que é, após ter sido escolhido como o primeiro Dance Captain brasileiro na Royal Caribbean, onde navegará entre o Canadá e o Alasca comandando as grandes apresentações à bordo.

O talento de um artista pode estar, muitas vezes, na voz, nas mãos e até nos pés, mas independentemente de onde floresce o dom de cada um, há sempre uma perfeita conexão entre ele e a essência, que vem da alma, e que move a vida de pessoas como o carioca Jefferson Ferreira, bailarino e ator que há mais de 15 anos explora suas diferentes veias artísticas se dividindo entre os palcos e os bastidores de espetáculos teatrais e de dança, além de comandar apresentações em alto mar, viajando o mundo em navios cruzeiros.

O multifacetado artista concedeu entrevista exclusiva ao AC no qual revelou detalhes de sua vida, curiosidades e carreira. Confira:

Acesso Cultural: Quando você passou a se interessar pela Arte?

Jefferson Ferreira: Na maioria das vezes, um artista começa sua história ainda como criança, seja dançando na escola, atuando em festa de família ou mesmo brincando na rua. E comigo não foi diferente, mesmo que isso tenha sido de forma branda durante a minha infância. Mas foi no ensino médio no bairro de Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, que eu tive o que seria um contato oficial com a arte (sabendo o que estava fazendo). Incentivado pelo professor de História do colégio, me reuni a uns seis amigos da classe para formar um grupo com a proposta de apresentar um trabalho específico de escola, mas que mudaria a minha vida dali em diante.

Créditos: Acervo Pessoal

AC: Antes do Teatro entrar na sua vida, outra paixão artística acabou se destacando: a Dança. Como se deu esse encontro?

JF: Em 2004, aos 14 anos, nasceu o grupo de teatro estudantil “Górgonas”, com o qual eu e meus amigos passamos a competir em festivais da escola e se apresentaram em diversos lugares pelo bairro. Foi definitivamente a primeira área da arte que me seduziu e que me revelou que algo não seria mais o mesmo a partir daquele momento. O comprometimento em fazer aqueles “trabalhos de sala de aula” e deixar tudo o mais real possível me fez compreender que aquilo era algo que eu queria agregar no meu futuro. A partir deste momento, essa dedicação ao extremo chamou a atenção da diretora do colégio, Patrícia Estevez, que também era simplesmente a dona de uma escola de dança que, mais tarde, me tornaria o profissional que sou hoje.

AC: Por que a dança despertou tanto interesse em você?

JF: A dança sempre foi e será a minha base, o motivo por eu ter me encantado pela arte de uma maneira geral, e o início do caminho que me fez virar o “artista completo” de hoje.

A paixão por essa área me fez mergulhar de cabeça nos meus contratos dentro e fora do Brasil e se tornou a minha mola propulsora para alcançar grandes metas e viajar para lugares incríveis, seja no início da carreira indo para Joinville ou Córdoba (Argentina) competir em festivais de dança; seja mais recentemente podendo conhecer quase toda a Austrália, Caribe e Ásia dançando em navios cruzeiros. Poder ser premiado como Melhor Bailarino em 5 festivais (3 no Rio de Janeiro e 2 em Córdoba) dentre tantos talentos de diferentes modalidades e idades, foi algo que marcou a minha vida e me levou a um outro patamar artístico.

A partir daí, veio os convites de outras escolas como primeiro bailarino, trabalhos na televisão e em casas de shows, gravações de comerciais, etc. O teatro sempre me tocou de forma intensa, a música só viria um pouco mais tarde, mas eu posso dizer que foi a dança que me deu absolutamente tudo o que eu tenho hoje e me permitiu viver da arte.

Crazy For You | Caio Gallucci

AC: E como o teatro entrou na sua vida?

JF: Sempre fui apaixonado por musicais e assistia filmes e peças do gênero frequentemente. Foi quando, em 2012, quando eu já trabalhava como estatístico na Oi Telecom, e fazia alguns trabalhos pontuais com meu DRT de bailarino, que eu me vi na situação mais difícil da minha vida.

Em Botafogo, onde eu trabalhava, vi um outdoor – no caminho do meu almoço – que me chamou muita atenção. Ele anunciava audições para um novo musical estrelado por Miguel Falabella e Marília Pera, onde precisavam bailarinos clássicos para compor o elenco. Não era necessário cantar, e isso me deu um sopro de esperança.

Imediatamente pedi liberação do meu chefe da empresa para participar das audições e fui me destacando dentre dezenas de meninos até parar na última etapa. Como já havia faltado no expediente algumas vezes para as seleções iniciais, não fui autorizado a tirar folga para a grande final que seria em dois dias no Teatro Procópio Ferreira em São Paulo.

Foi então que tive que pedir demissão de um trabalho totalmente estável numa empresa privada na minha área de formação onde eu já tinha o cargo de Analista de Projetos para uma simples possibilidade de 50% de chance (pois naquele momento ainda éramos 8 bailarinos para 4 vagas) em passar num musical.

Felizmente tudo foi positivo e tive oportunidade de fazer parte de um dos musicais mais lindos e aclamados pela crítica que já tiveram no Brasil, de conhecer pessoas incríveis e talentosas e de ser apresentado ao canto de uma forma desafiadora.

Atualmente estou na minha quarta produção musical brasileira: “Barnum, o Rei do Show”. Mas já fiz parte dos elencos de “Alô, Dolly!” em 2012/2013, “Crazy for You” em 2013/2014, “We Will Rock You” em 2016, além de inúmeros musicais originais nos meus contratos em cruzeiros fora do Brasil.

AC: Além da atuação em espetáculos nacionais, você também se apresenta em cruzeiros marítimos mundo afora. Como surgiu essa oportunidade na sua vida?

JF: Ir trabalhar no exterior e consolidar uma carreira sempre foi um sonho, mas eu nunca iria imaginar que seria através de navios de cruzeiros. Não entendia muito dessa área e não sabia as inúmeras possibilidades que eu poderia ter ali. Foi em 2014, durante a temporada do musical “Crazy for You” que eu conheci o Paulo Benevides, que se tornaria meu grande amor, que já havia morado na Austrália por alguns anos e feito contratos na empresa P&O Cruises Australia, com sede em Sydney. A ideia de fazer isso juntos partiu dele e eu logo aceitei tentar.

Alô Dolly | Créditos: Carla de Conti

AC: Você foi contratado como Dance Captain da Royal Caribbean na nova temporada de cruzeiros, pós pandemia, se tornando o único brasileiro a ocupar o cargo na empresa. Qual o peso dessa conquista?

JF: Eu sinceramente penso em voltar a trabalhar logo antes de pensar em ser ou não Dance Captain novamente. Depois de três contratos nesse cargo, a gente já sabe como lidar com diversas situações e fica maduro o suficiente para conseguir liderar (e não comandar) um time.

Mesmo que às vezes, como brasileiro que sou, eu tenha que provar minhas habilidades um pouco além da conta para os que tem o Inglês como primeira língua, eu também recebo muito carinho e reconhecimento de volta, seja do elenco, seja dos meus superiores. Você precisa gostar e se comprometer em estar à frente representando muitos artistas e, para alguém que está lá e vem de onde eu vim, isso é uma conquista incrível.

AC: Em “Barnum”, você assumiu a posição de swing no musical, estando sempre preparado para qualquer eventual substituição. Quais são os maiores desafios de estar neste lugar?

JF: Já é a segunda vez que estou em uma produção com o cargo de “Swing”. A primeira foi em ”Crazy for You”. É desafiador, é inconstante, é visceral. Tudo que um artista mais deseja em um único cargo. É difícil entrar no lugar de alguém que construiu uma personagem desde o início com o auxílio dos diretores, mas ao mesmo tempo fazer isso é simplesmente ser você e dar o seu ponto de vista para aquele ser e levar suas habilidades vocais e corporais (que vão ser sempre a sua identidade) a ele.

We Will Rock You | Créditos: Catharina Figueiredo

AC: Já tinha tido experiência com o Circo? Qual a sua relação com a Arte circense e como foi o processo de se preparar para tudo isso?

JF: Na dança, a gente encara sempre uns desafios acrobáticos dependendo do tema da coreografia. Então eu sempre tive a disposição e curiosidade de aprender coisas corporais novas. Já tinha passeado pelo malabarismo e pela ginástica de certa forma, mas as “pegadas” por exemplo, ser volante e portô (artista que serve de apoio ao volante em suas execuções no solo ou no ar) é uma realidade diária na dança, principalmente nos clássicos.

AC: Estar no Brasil te permitiu integrar o elenco da produção que vem sendo considerada a maior da temporada. Valeu a pena estar no Brasil e participar disso no grande momento da retomada?

JF: Sim, sem sombra de dúvidas. ‘Barnum’ é um projeto que nasceu do amor de uma pessoa e foi entregue para as outras amarem instantaneamente. Tudo se encaixa perfeitamente: O estilo da peça, a intensidade, a volta aos palcos, a gana de todos os envolvidos para que o musical seja um sucesso.

É o primeiro projeto que começou a ser efetivamente colocado em prática durante a pandemia, então toda esse alívio e esperança nasceram já nas audições e foram se aflorando com o decorrer do processo. Fora o principal: o time. Muito talento, muita gente que eu admirava e queria trabalhar junto, nosso líder emblemático Murilo Rosa e suas divas ao lado e o reencontro de amigos queridos no elenco e produção.

Ainda não conferiu “Barnum – O Rei do Show”? Corre que ainda dá tempo. O espetáculo encerra a temporada no próximo domingo (28) no Teatro Opus. Confira informações abaixo:

Serviço:

Onde?
Teatro OPUS
Av. das Nações Unidas, 4777 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP, 04795-100 sac@opusentretenimento.com
Classificação: Livre

Quando?
De 01 de outubro a 28 de novembro de 2021
Horários: sexta, às 20h30, sábado às 17h e às 20h30, domingo às 16h e às 19h30
Valores: Ingressos á partir de R$ 25,00

Sextas / Sábados / Domingos:
01) Plateia Premium: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
02) Plateia Baixa/Lateral: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
03) Plateia Alta: R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia)
04) 2ª Alta: R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia)
05) Balcão: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia)

• Descontos Patrocinadores (Sul America, Outback, Edenred e Repom): 20%

Compras via internet:
https://uhuu.com

Vendas na bilheteria do Teatro – 4º Piso:
2 horas antes do espetáculo ou no totem de auto atendimento.

Essa opção não possui taxa de conveniência!

Duração: 100 minutos

Renata Ricci homenageia Carmen Miranda em “Pra Você Gostar de Mim”


Créditos: Lua Fioli


Foi durante o assustador, porém encorajador, hiato provocado pela pandemia, que a atriz e cantora Renata Ricci, conhecida de diversos trabalhos nos palcos e na TV, encontrou forças para tirar do papel um desejo antigo do coração: homenagear Carmen Miranda, a estrela que fincou uma bandeira verde e amarela no exterior. Construído há poucas, porém cuidadosas mãos, o espetáculo-show “Pra Você Gostar de Mim”, que faz recortes da vida e obra da famosa luso-brasileira, realiza apresentações gratuitas dias 29 e 30 de outubro, às 20hrs, no YouTube.

O projeto, que deriva de uma ideia ainda maior, pensada para celebrar a história das talentosas irmãs Carmen e Aurora, em “As Irmãs Miranda”, previsto para 2022, é fruto de uma conexão antiga, que começou ainda na infância, entre Renata e a dona das mais de 300 canções registradas no Brasil e EUA, e que ganhou força na adolescência, quando a artista passou a se interessar por teatro e conhecer as obras da “Pequena Notável” para o cinema, porém, foi através de um mergulho em sua biografia, que ela descobriu motivos que mereciam os palcos.

“Me apaixonei primeiro por sua figura, depois por sua história. Quando pensava na Carmen, antes de estudá-la, naturalmente me vinha em mente os chapéus e as frutas, mas depois de conhecê-la, penso primeiro nela como uma mulher à frente do seu tempo, muito apaixonada pelo que fez, desbravadora e que abriu caminho não só para as mulheres – ainda que principalmente para elas –, mas para um país. Fiquei anos gestando essa ideia, de fazer algo sobre essa pessoa extremamente carismática e com uma história pessoal incrível”, diz.

Créditos: Lua Fioli

Criado para ser apresentado com público presente e em formato de show, o projeto, dirigido por Celso Correia Lopes e Ricci, e com direção musical e arranjos de Reinaldo Sanches, ganhou novos contornos com o texto de Guilherme Gonzales, e precisou ser adaptado para o audiovisual em decorrência do momento atual. Avessa ao conceito do teatro filmado, Renata optou por aderir a um novo formato, com linguagem própria e que se aproximasse mais do cinema, o que resultou em um média-metragem, de 40 minutos de duração.

A história parte de uma passagem da artista pelo Brasil, em 1940, quando foi vaiada pelo público durante um show no Cassino da Urca, levando-a a crer que o motivo era o desgosto do povo brasileiro, em se ver estereotipado em sua representação, mas na verdade, o movimento contrário a ela fora motivado por questões políticas, em função da 2ª Guerra Mundial. Deste ponto em diante, o público acompanha Renata, solo em cena, em um encontro fictício, entre Carmen e um psicólogo, onde ela vai contando e cantando sobre emoções e sensações da estrela, apoiada em canções, por vezes responsivas, como “Disseram que Voltei Americanizada”.

Embalado por hits como “Adeus Batucada”, “Tico-Tico no Fubá” e “South American Way”, o musical, que deve chegar ao palco em 2022 como um monólogo teatral, conta com quatro músicos, Mica Matos, Rayra Maciel, Reinaldo Sanches e Samuel Morales, o visagismo de Anderson Bueno, e o figurino da So Croppeds com toques da própria Renata, que também assina a produção geral junto de Michele Narcizo.

Entre a tela e o palco

Em paralelo ao mergulho na vida de Carmen Miranda, Renata celebra a retomada da Cultura e a reabertura dos teatros abrilhantando o elenco de “Barnum – O Rei do Show”, musical em cartaz no Teatro Opus, em São Paulo, onde pôde resgatar o prazer diferente que é fazer parte de um projeto não realizado e produzido por ela, como os mais recentes “French Kiss” e “Cantrix canta Gil”, que exigem um olhar cuidadoso ampliado e uma função multitarefa. Esse é o 9º musical do circuito Broadway e Off-Broadway da atriz, que já pôde ser vista em “Sweet Charity”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “As Bruxas de Eastwick”, “Xanadu”, “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força” e “Forever Young”, além de obras brasileiras como “S’imbora, O Musical – A História de Wilson Simonal” e “Hebe – O Musical”, onde deu vida à Lolita Rodrigues.

Créditos: Rodrigo Lopes

Em meio às cores e movimentos do lúdico universo circense de “Barnum”, com o qual não mantinha relação até então, ela chegou a questionar se ainda saberia “fazer teatro” antes do início dos ensaios, considerando o impacto sentido pela paralisação do Coronavírus, que se estendeu por 18 meses. Mas bastaram os primeiros encontros com colegas e a rotina necessária na construção de um espetáculo, para descobrir que o seu saber estava intacto, e que ainda poderia ir além, enfrentando o medo do desconhecido e encarando aulas de trapézio para entrar em cena como cover da personagem Jenny Lind, uma das mais famosas cantoras do século XIX.

“Está sendo muito bom resgatar esse pedaço de mim, lembrar como era, e em ‘Barnum’, especificamente, pois estamos tendo uma recepção da plateia que, para mim, era inesperada. Então, além de estar voltando para o ao vivo, pós pandemia, é especial estar em um espetáculo que não é qualquer espetáculo, que está muito amarradinho e tem conquistado o público. Desde ‘Avenida Q’ não vejo rostos tão arrebatados e entregues na plateia, e isso é muito gostoso, ver adulto com cara de criança torna tudo muito mais mágico”, finaliza.

SERVIÇO:
Exibições: 29 e 30 de outubro, 20h
Acesso: youtube.com/renatinharicci
Gratuito

“Barnum – O Rei do Show” estreia curta temporada em São Paulo


Créditos: Caio Gallucci


“Barnum – O Rei do Show”, um dos mais cultuados musicais da história – que recebeu desde sua estreia, na década de 1980, uma dezena de prêmios Tony e até versão para o cinema – finalmente ganha uma versão brasileira. A estreia é esperada para 01 de outubro de 2021, no Teatro Opus, em São Paulo. Para a novidade – que aqui ganha versão brasileira de Claudio Botelho, direção de Gustavo Barchilon, coreografia de Alonso Barros e direção musical de Thiago Gimenes– foram escalados Murilo Rosa para o papel-título e Kiara Sasso na pele da poderosa Charity – outros destaques são as atrizes Giulia Nadruz dando vida a antagonista Jenny Lind e Diva Menner no papel da mítica Joice Heth.

O elenco estelar dará vida a uma história real que ganhou, no decorrer de sua história, fãs, lendas e muita especulação. Enredo este que nos dias atuais ainda levanta debates importantes que ajudam a contar e a refletir sobre a humanidade, a igualdade e, claro, a inclusão. Barnum, como o nome aponta, é o musical baseado na vida do showman e empresário do ramo do entretenimento Phineas Taylor Barnum, cujo mais famoso empreendimento foi um museu itinerante que era uma mistura de circo, zoológico e personagens freaks, com destaque, por exemplo, para uma mulher de 160 anos.

Um comitê diverso foi montado para que a versão brasileira fizesse plena alusão aos dias atuais – afinal, a história do personagem principal fala de um mundo de outrora mas com questões ainda pertinentes ao planeta atual. “A diversidade é ponto central nesta versão contemporânea. Se em sua época ele poderia gerar controvérsias, é sabido que, amado ou odiado, verdadeiro ou mentiroso, Barnum levantou discussões calorosas”, afirma Barchilon. Afinal, o que é diferente? E por que não incluir e aceitar tais diferenças?

Créditos: Caio Gallucci

Para além do pensar, “Barnum – O Rei do Show” é, afinal, sobre se emocionar. Já no foyer do teatro será criada uma cenografia para levar o espectador à atmosfera circense, bem como é esperada a cena em que Murilo Rosa anda, literalmente, na corda bamba. Cabe a Kiara Sasso dar vida a sua esposa, a poderosa Charity – mulher que fez os sonhos do marido possíveis e que confirma a velha máxima de que junto de um grande homem sempre existe uma grande mulher – sendo este o verdadeiro coração da história.

Como toda história de amor tem seus oponentes, Giulia Nadruz interpreta Jenny Lind, a contratada para uma turnê que também é alvo de toda a atenção de Barnum – para o lamento de Charity. Já entre a trupe do circo, o destaque vem por meio da cantora recifense Diva Menner, uma mulher trans que emociona na montagem encarnando uma das atrações mais populares de Barnum: Joice Heth, conhecida em sua época como “a mulher mais velha do mundo”

Assim como em toda a sua história, Barnum – O Rei do Show – promete repetir em São Paulo seu sucesso ao fazer mágica e refletir, já que desde que estreou na Broadway, há quatro décadas, tendo em seu elenco principal Jim Dale e Glenn Close conquistou 10 nomeações ao prêmio Tony (o Oscar do teatro americano) de 1980. Entre outras versões mundo afora, inspirou a edição cinematográfica de 2017 com Hugh Jackman em seu elenco. Tamanho sucesso nos quatro cantos do globo fazem com que a versão brasileira chegue por aqui com patrocínios da Sul América (master) e Outback, Rede Mais Saúde, Edenrede Repom.

Serviço:

Onde?
Teatro OPUS
Av. das Nações Unidas, 4777 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP, 04795-100sac@opusentretenimento.com
Classificação: Livre

Quando?
De 01 de outubro a 28 de novembro de 2021
Horários: sexta, às 20h30, sábado às 17h e às 20h30, domingo às 16h e às 19h30
Valores: Ingressos á partir de R$ 25,00

Sextas / Sábados / Domingos:
01) Plateia Premium: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
02) Plateia Baixa/Lateral: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
03) Plateia Alta: R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia)
04) 2ª Alta: R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia)
05) Balcão: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia)

• Descontos Patrocinadores (Sul America, Outback, Edenred e Repom): 20%

Compras via internet:
https://uhuu.com

Vendas na bilheteria do Teatro – 4º Piso:
2 horas antes do espetáculo ou no totem de auto atendimento.
Essa opção não possui taxa de conveniência!

Duração: 100 minutos