Entrevista Exclusiva com Sergio Guizé


Créditos: Lucas Marasta


Após o sucesso no Rio de Janeiro, o cantor e ator Sergio Guizé se prepara para estrear a turnê do álbum ‘À Deriva’ em São Paulo. O show acontece no dia 17 de março às 20h, no Teatro Porto Seguro.

Conversamos com o multi artista que aterrissou em São Paulo para a première do longa “Me Tira da Mira”  e  que antecipou durante a coletiva que  está ensaiando seu novo espetáculo que estreia no final do mês no “Cemitério de Automóveis”.

Confira detalhes e a  expectativa de Guizé para a apresentação que acontece nesta quinta-feira:

Acesso Cultural: Sergio, quais são as suas expectativas para esse primeiro show na capital paulista?

Sergio Guizé: São as melhores possíveis. Estamos muito felizes em poder trazer esse trabalho para a capital paulista. Realizamos a primeira apresentação mês passado no Rio de Janeiro e foi bem bacana. Recebemos muito carinho do público presente e acredito que em São Paulo isso não será diferente. Teremos a participação especial do Renato Godá, que é um cara incrível e que eu sou fã. Fiquei muito feliz em saber da participação desse show. Tenho certeza que será incrível. Estamos felizes e ansiosos.

Renato Godá | Créditos: Cisco Vasques

AC: Você compôs diversas  músicas do seu repertório, quais são as suas inspirações na hora de compor?

SG: No caso deste álbum, ele foi muito inspirado no momento de isolamento que estávamos vivendo durante a Pandemia. Quando começou a pandemia eu estava com vários trabalhos em andamento, tanto na TV como no cinema, teatro e com a banda Tio Che.

Quando parou tudo e eu me vi em casa, comecei a escrever. Inclusive a música A Deriva, que dá nome ao álbum, foi a primeira a ser composta veio de uma frase do Mario Bortoloto e retrata bem um momento que estamos passando, isolados e a deriva de tudo sem saber o que nos espera depois. O álbum todo gira em torno dessa reflexão e retrata muito do que estava sentindo durante esse momento difícil que ainda estamos passando.

AC: No show você faz homenagens a Cartola, Belchior e Secos e Molhados, quais são as suas referências musicais e o que podemos esperar ver na sua apresentação?

SG: Preparamos um show muito especial com músicas que eu já cantava e eu que eu achei que cabiam nesse universo de ‘A Deriva’ junto com as composições e parcerias. Este álbum reúne canções que tem a ver com o momento de isolamento, onde me encontrei em minha chácara podendo refletir sobre muitas coisas. Foi um período em que pude trabalhar mais a espiritualidade também.

A banda Desfocados, que me acompanha neste projeto, juntou os instrumentos pesados do punk rock com vários outros instrumentos. Foi criado dentro de uma chácara por cerca de dez dias vivendo aquilo. Acho que a cultura tem muito a ver com o ambiente onde vivemos e o modo de vida que estamos vivendo naquele momento. Quero convidar todos vocês do Acesso Cultural para ir ao meu show no dia 17 de março no Teatro Porto Seguro. Os ingressos já estão disponíveis na Sympla.  Obrigada todos pelo carinho.

Créditos: Lucas Marasta

Acompanhado dos músicos Jorge Bittar (Surf Sessions), Renato Azambuja (Surf Sessions), Junior Fernandes (Surf Sessions), André Gieswein (Tio Che) e Paulo Verissimo (Distintos Filhos), Guizé apresentará canções do seu primeiro álbum solo e releituras de grandes sucessos.

Lançado recentemente, o álbum À Deriva, traz toda a pluralidade artística de Guizé e ressalta o seu talento como cantor e compositor. Sergio que também brilha na segunda temporada da série Verdades Secretas (Globoplay), reuniu neste trabalho dez canções.

Para acessar o Teatro Porto Seguro, será necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 original ou digital (disponível nas plataformas ConectSUS, e-SaúdeSP e Poupatempo), conforme os protocolos das autoridades sanitárias. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras antes, durante e após o espetáculo.

Serviço

Sergio Guizé no show À Deriva

Participação especial de Renato Godá

Dia 17 de março, quinta-feira, às 20h.

Ingressos: R$ 70 plateia / R$ 60 balcão e frisas.

Classificação: Livre.

Duração: 80 minutos.

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.

Clientes Cartão Porto Seguro têm 50% de desconto.

Clientes Porto Seguro têm 30% de desconto.

Vendas: www.sympla.com.br/teatroportoseguro

Capacidade: 508 lugares.

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm desconto.

 

 

 

5 músicas que combinam com a quarentena


Créditos: Divulgação


A situação no país não está fácil! Por conta do covid-19, mais conhecido como coronavírus, a maior parte da população está de quarentena em casa. O isolamento é necessário, galera! Mas, muitos estão bolando alternativas para driblar o tédio, como maratonar aquela série preferida, ler livros, escutar músicas ou até mesmo fazendo lives no Instagram para manter a interação com o público. Pensando nisso, selecionamos cinco canções propícias para o estado de quarentena. Hoje eu não saio não!! E bora cantar!

O Dia Em Que a Terra Parou – Raul Seixas

Lançado em 1977, a canção faz parte de um dos álbuns mais importantes do eterno maluco beleza.

“No dia em que todas as pessoas/Do planeta inteiro/Resolveram que ninguém ia sair de casa/Como que se fosse combinado em todo o planeta/Naquele dia/ninguém saiu de casa/ninguém ninguém…”

Hoje Eu Não Saio Não – Marisa Monte

Música faz parte do álbum “O Que Você Quer Saber de Verdade”, lançado em 2011.

“Hoje eu não saio não/Hoje eu vou ficar em casa, meu bem/Hoje eu não saio não/Eu quero ver televisão/Hoje eu não saio não/Não troco meu sofá por nada, meu bem…”

Pequinês e Pitbull – Seu Jorge e Ana Carolina

Faixa faz parte do álbum de estreia do cantor, Samba Esporte Fino, lançado em 2001.

“Eu não quero sair!/Hoje eu vou ficar quieto/Não adianta insistir/Eu não vou pr’o boteco/Eu não quero sair!…”

Sujeito de Sorte – Belchior

Canção do álbum Alucinação, lançado em 1976, tornou-se quase como um hino no Réveillon. Resgatada em 2019, tem trechos que realmente combinam com o momento em que vivemos.
“Tenho sangrado demais/tenho chorado pra cachorro/Ano passado eu morri/ mas esse ano eu não morro”.

O Último Dia – Paulinho Moska

Foi tema da abertura da novela O Fim do Mundo, em 1996, e já ganhou uma versão com Ney Matogrosso.

“Meu amor/O que você faria se só te restasse um dia?/Se o mundo fosse acabar/Me diz o que você faria…”

Enquanto curte as canções, não esqueça de lavar as mãos e continuar respeitando a quarentena. Logo, logo, isso passará. Ah, e não esquece de conferir todas as novidades que estão no nosso site!

Musical sobre Belchior em cartaz no Teatro Liberdade


Créditos: Marcelo Castello Branco


O musical BELCHIOR: Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro, conta um pouco da vida, da obra e dos pensamentos do cantor e compositor cearense, através de uma dramaturgia formada por trechos de entrevistas com o próprio cantor.

O espetáculo que estreou em abril de 2019 no Rio de Janeiro e já foi aplaudido por quase 20.000 pessoas em 3 temporadas no RJ (nos teatros João Caetano e Sala Municipal Baden Powell), Fortaleza no Theatro José de Alencar e no Teatro Municipal de Niterói, chega a São Paulo, para duas únicas apresentações, nos dias 20 e 22 de setembro/2019, sendo sábado as 21h e domingo as 20h, no Teatro Liberdade (rua São Joaquim 129 – Liberdade).

Um dos roteiristas e diretor do espetáculo Pedro Cadore, conta um pouco sobre o processo de desenvolvimento do musical:

O ator e cantor Pablo Paleologo que dá vida ao cantor cearense explica que é uma responsabilidade muito grande interpretá-lo em cena! “Belchior tinha muita coisa pra dizer e muita coisa que precisa ser ouvida hoje em dia. E isso em canções de 1974, 1977… canções que, infelizmente, ainda são bastante atuais. Eu fico bem feliz de poder ser um tipo de “porta-voz” dele nos dias atuais, até porque acredito que pensamos de forma muito parecida e acredito que a música tem um jeito de fazer com que as pessoas ouçam o que precisa ser dito com mais ternura, mais clareza. E Belchior fazia isso como ninguém. Belchior foi um cara extremamente enigmático, apaixonante, único! O Brasil é um país de memória curta. E acho que esse espetáculo tenta mudar isso um pouco. É preciso manter viva a lembrança das coisas ruins que aconteceram para que elas não voltem a acontecer. E é preciso mantermos viva a memória dos grandes artistas que passaram pela história da nossa música. Belchior não vai morrer nunca“.

O ator Bruno Suzano que interpreta o Cidadão Comum, personagem recorrente nas canções de Belchior e de alguma forma seu alter ego comenta seu personagem: “Infelizmente moramos no país que tem um dos maiores índices de desigualdade do mundo. Dependendo do seu status, da sua roupa, do seu tom de pele, suas oportunidades vão aparecendo ou sumindo de vez. O Cidadão Comum é esse, que pela infelicidade do destino não pôde sonhar com um lugar além do seu trabalho rotineiro“.

Acompanhando os dois atores, o musical conta também com a participação de uma banda ao vivo com seis músicos – Dudu Dias (baixo), Cacá Franklin (percussão), Emília B. Rodrigues (bateria), Mônica Ávila (sax/flauta), Nelsinho Freitas (teclado), Rico Farias (violão/guitarra) – que apresentam 15 músicas ao vivo.

No repertório sucessos como: ‘Alucinação’, ‘Apenas Um Rapaz Latino Americano’, ‘A Palo Seco’, ‘Na Hora do Almoço’, ‘Todo Sujo de Batom’, ‘Coração Selvagem’, ‘Medo de Avião’, ‘Mucuripe’, ‘Conheço o Meu Lugar’, ‘Como Nossos Pais’, ‘Populus’, ‘Paralelas’, ‘Velha Roupa Colorida’, ‘Sujeito de Sorte’ e ‘Galos, Noites e Quintais’.

Créditos: Divulgação

“BELCHIOR: Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro” marca o resgate de Antonio Carlos Belchior, trazendo a tona seu discurso ainda atual em relação a política brasileira. O cantor acreditava na força do amor e na potência transformadora da arte na vida das pessoas. Diante de um cenário repleto de medo e inseguranças sobre o futuro do país, a voz desse belíssimo poeta se faz necessária para pensarmos um mundo igualitário.

O musical conta com a direção de Pedro Cadore, que também assina o roteiro ao lado de Cláudia Pinto. Mais do que sua biografia, o musical pretende mostrar ao espectador a filosofia de um dos ícones mais misteriosos da Música Popular Brasileira.

SERVIÇO

BELCHIOR: ANO PASSADO EU MORRI, MAS ESSE ANO EU NÃO MORRO – O MUSICAL

Data: 20 e 22 de setembro de 2019

Horário: sexta às 21h // domingo 20h

Abertura da casa: sexta às 20h // domingo às 19h

Gênero: teatro musical

Local: Teatro Liberdade

Endereço: Rua São Joaquim, 129 – Liberdade

Duração do show: 70 minutos

Classificação Indicativa: 12 anos

Informações/Reservas: www.eventim.com.br

Tel: 11 3399.5766 (atendimento: de segunda à sexta-feira das 9h30 às 18h00)

Ingressos online: www.eventim.com.br

Valor: R$ 40,00 ( plateia ) / R$ 30,00 (balcão)

Horário de Funcionamento Teatro Liberdade:

Terça à sábado das 13h às 21h

Domingos das 12h às 20h

Formas de pagamento:

Bilheteria e pontos de venda: dinheiro; cartão de crédito e débito

Venda online: somente cartão de crédito (VISA; MasterCard; American Express e ELO)

Capacidade da casa: 900 lugares

Ar Condicionado: sim

Acesso a deficientes: sim

Valet no local: sim

Próximas apresentações do espetáculo:

Dia 11 de outubro – Fortaleza no Theatro Via Sul;

Dia 13 de outubro – Mossoró no Teatro Lauro Monte Filho;

Dia 26 de Outubro (Aniversário do Belchior) – Teatro RivalBR no RJ;

Dias 09 e 10 de novembro – Curitiba no Teatro Fernanda Montenegro.

Emicida reúne Pabllo Vittar, Majur e Belchior em “AmarElo”


Créditos: Divulgação


Após exaltar de onde emana o poder verdadeiro no single “Eminência Parda”, Emicida encaixa mais uma peça em seu próximo projeto de estúdio, que ele tem preferido chamar de experimento social em vez de disco – “apesar de ser nobre conduzir uma experiência sonora por, mais ou menos, uma hora, é preciso ter cuidado para cultura da música não ser engolida pela cultura das plataformas”. Lançada pela Laboratório Fantasma e distribuída pela Sony Music, “AmarElo” é a segunda música apresentada pelo rapper paulista e também a faixa que dá nome ao novo trabalho que está sendo proposto por ele. Ouça aqui.

“No primeiro passo desse processo, a nossa intenção era que as pessoas se sentissem grandes ao olharem no espelho. Agora, a ideia é que elas observem ao redor e se enxerguem maiores do que os seus problemas, independente de quais sejam”, diz Emicida. Para isso, o artista convidou as cantoras Pabllo Vittar e Majur para participarem do registro. Elas dão voz ao poema “Permita que Eu Fale”, do próprio Emicida, e a um trecho de “Sujeito de Sorte”, de Belchior. “As duas trazem, em suas vivências e em suas obras, histórias bonitas a respeito de acreditar em si e de lutar contra o mundo para ser quem são”, pensa Emicida.

Créditos: Fernando Schlaepfer

É emblemático e potente que, em pleno 2019, esses três nomes cantem os versos “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro” – lembrando que: a cada 23 minutos, um jovem negro morre no país (segundo relatório do Mapa da Violência, de 2014); enquanto, a cada 20 horas, um LGBTQ+ tem morte violenta no Brasil, sendo mais de 72% dos casos assassinatos e 24% de suicídios (este levantamento foi feito pelo GGB – Grupo Gay da Bahia, mais antiga associação de defesa dos direitos da população LGBTQ+ no país).

“A música é cheia de mensagens importantes, atuais e que retratam a diversidade, a luta e a força que vivemos todos os dias. O valor social que ‘AmarElo’ carrega é enorme e vai promover reflexões que precisam, cada vez mais, ser levantadas”, reflete Pabllo.

“AmarElo” ganhou também um videoclipe impactante – gravado no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro – com a participação de Emicida, Pabllo Vittar e Majur. O registro audiovisual abre com um áudio de uma pessoa próxima ao rapper que tentou o suicídio (hoje, o dono do depoimento está bem). Ainda compõem a narrativa personagens que têm as suas cicatrizes como coadjuvantes, não, melhor, figurantes.  Confira:

“Dividir a cena com eles dois é um marco na minha carreira e, principalmente, na música brasileira”, define a cantora não-binária Majur. “É muita representatividade em um momento que precisamos ter voz. ‘AmarElo’ traz na sua poesia o retrato de um Brasil de multiplicidade e que ressignifica a sobrevivência de um povo que me identifico muito. Canta a busca por nosso lugar social”, completa.

Trata-se da concepção de um hino para todos aqueles que merecem apenas um destino final: o pódio.

 

Inspirada em Belchior, Na Parede da Memória prossegue temporada no Teatro Itália




Inspirado na poesia do cantor e compositor cearense Belchior (✧1946 – ✙ 2017), o espetáculo está em cartaz no Teatro Itália até dia 28 de novembro

Por Andréia Bueno
O espetáculo tem direção de Paulo Merisio e texto de Fabrício Branco. Em cena, quatro amigos separados pelo tempo e por suas diferenças se reencontram em um apartamento onde todos já viveram antes. Fechando um ciclo da história, cada personagem deve retirar o que é seu do imóvel. O único desacordo parece estar na propriedade do disco Alucinação, de Belchior, objeto reclamado por todos.
Foto: Tiago Brando
Um reflexo do passado ganha cores contemporâneas, no desenrolar da trama que situa a história política atual do país e do mundo. Cada canção se torna rascunho do destino, tendo a poesia e a ação como forma de narrar essa história.
Músicas de Belchior, como Coração Selvagem, Galos, Noites e Quintais, Como Nossos Pais,À Palo Seco, Paralelas, Inspiração, Velha Roupa Colorida e Apenas um Rapaz Latino Americano são executadas ao vivo em cena e também inspiram a dramaturgia do espetáculo.
A proposta do espetáculo já tinha sido pensada em 2013, mas foi colocada em prática em 2017. “Após a morte de Belchior sentimos que era hora de retomar aquele desejo antigo”, diz o diretor Paulo Merisio. “A percepção de que suas letras tinham potencialidade poética para a construção de uma bela dramaturgia nos inspirou desde aquela época”, completa.
Uma das propostas da encenação é discutir a atemporalidade dos temas de Belchior, artista que teve canções interpretadas por grandes nomes da cena nacional, como Elis Regina, Elba Ramalho e Fagner. “Além de homenagear o artista, a peça traz ainda muitas reflexões e questionamentos sobre sua obra, surpreendentemente contemporânea – Algumas letras que poderiam aparecer anacrônicas passaram a retomar vigor inesperado”, diz a equipe.
Serviço
Na Parede da Memória
Até 28 de novembro. Quartas-feiras, às 21h.
Teatro Itália. Endereço: Av. Ipiranga, 344 – República, São Paulo.
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).