Teatro Feluma recebe espetáculo “Pequena Coleção de Frases em Tempos de Fundos Pensamentos”


Créditos: Guto Muniz


Uma montagem teatral criada com o objetivo de refletir, provocar discussões e buscar respostas para os dilemas contemporâneos. Esta é a proposta do espetáculo “Pequena Coleção de Frases em Tempos de Fundos Pensamentos”, do Grupo Teatral Encena, que integra a programação da 48a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Belo Horizonte. A montagem já contou com duas temporadas muito bem-sucedidas na capital e também já excursionou por algumas cidades mineiras. A participação na Campanha de Popularização é uma  oportunidade para quem ainda não conferiu a montagem ou para quem deseja rever o espetáculo.

A dramaturgia teve como ponto de partida e eixo central o texto da premiada Silvia Gomez. O processo contou também com a colaboração do diretor Wilson Oliveira e da Assistente de direção Adélia Carvalho, que fizeram a junção e a adaptação de duas versões diferentes do conteúdo inicia. Escrito durante os primeiros meses de isolamento social, o enredo trata sobre as angústias deste período. A autora começou a escrever e também a colecionar algumas frases que ia ouvindo de outras pessoas. Esse material foi sendo reunido e deu origem a um acervo, que acabou sendo transformado nos manuscritos.

A primeira versão chegou a participar da mostra Cenas do Confinamento/Escenas del Confinamiento – Leituras Dramáticas Virtuais, em 2020, reunindo artistas brasileiros e de países como Argentina, Colômbia, Espanha e Peru. “Sempre acompanhamos a carreira da Silvia Gomez com muita atenção. Já tínhamos assistido montagens anteriores de textos dela. E quando nos deparamos com este, extremamente contemporâneo, que inclusive já tinha sido publicado até fora do país, pensamos na possibilidade de levá-lo para o teatro”, aponta o diretor e fundador do Grupo Teatral Encena, Wilson Oliveira.

A montagem acompanha a trajetória de quatro amigos que se reencontram durante um período crucial: a morte de uma amiga em comum. Esse luto coletivo faz com que eles se aproximem ainda mais uns dos outros. A partir de uma série de encontros regulares, que funcionam como uma espécie de catarse e de terapia coletiva, cada um vai tendo a oportunidade de falar, compartilhando com os demais suas angústias, medos e os sentimentos mais sinceros com relação a tudo que estão vivenciando. O espetáculo é uma reflexão importante sobre a relação entre a vida e a morte, os tormentos e as inseguranças da atualidade. Além disso, exalta a beleza dos encontros, das amizades e das conexões verdadeiras que estabelecemos ao longo da vida.

“São reflexões que giram em torno da metáfora do título ‘Pequena Coleção de Frases em Tempos de Fundos Pensamentos’, uma vez que estabelecem uma conexão com a imagem e com a necessidade do falar, remetendo à ideia e à metáfora da coleção. Ao falar, na progressão dos encontros, as frases borbulham cada vez mais os corpos ali presentes. Quando falamos, fervilhamos. Porque estamos vivos!”, conclui a autora Silvia Gomez.

O enredo explora temas atuais, com foco nos impactos sociais. No elenco, destaque para os veteranos Gustavo Werneck, que está no grupo desde a primeira montagem (1984) e Christiane Antuña, que integra a companhia desde 1994. A atriz Raquel Lauar começou a trabalhar com o grupo em 2010, no espetáculo “Nossa Cidade”. Já o ator Arthur Barbosa foi integrado ao projeto logo depois de concluir o Curso de Formação Artística  do Palácio das Artes, o Cefart, trazendo um frescor para a cena, enquanto contribui para tirar o grupo de um possível lugar comum em função do forte entrosamento entre os demais integrantes. “Essa sinergia permite que a criação de um ambiente de cumplicidade onde um está sendo colaborando com o processo criativo do outro. Como nenhum dos atores sai de cena durante o espetáculo, essa interação é fundamental”, explica o diretor.

Serviço

Espetáculo “Pequena Coleção de Frases em Tempos de Fundos Pensamentos” – Grupo Teatral Encena

Período: de 19 a 29 de janeiro – de quinta a domingo, às 20h

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB-BH  – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte – MG

Ingressos: R$ 30,00 (inteira na bilheteria) ou  R$ 15,00

‘Um Outro Olhar – Teatro Cego’ estreia no Memorial da América Latina


Créditos: Divulgação


Desde 2012 a C-Três Projetos Culturais vem desenvolvendo o Teatro Cego, um formato teatral onde a peça acontece completamente no escuro, proporcionando, através da arte e do entretenimento, uma experiência única ao público, convidando-o a abdicar da visão e a compreender a trama através de seus outros sentidos (olfato, paladar, tato e audição), utilizando-se de aromas, música e sensações táteis.

A peça tem em seu elenco atores com deficiência visual, cumprindo, assim, um papel social através da arte.

Os espetáculos ”O Grande Viúvo”, ”Acorda, Amor!” e ”Clarear” emocionaram espectadores em vários teatros do Brasil e tornaram-se grandes sucessos de público e de crítica. Saiba mais em www.teatrocego.com.br

Neste novo projeto o Teatro Cego firmou uma parceria com a ONG Cabelegria, que visa realizar 60 apresentações do espetáculo “Um Outro Olhar”, com entrada gratuita, atendendo a um público de 12.000 pessoas.

Fundada em outubro de 2013, a Cabelegria é uma ONG que recebe doações de cabelo, transformando-o em perucas que são doadas, por meio de Bancos de Perucas (itinerantes e fixos), para pessoas que perderam seus cabelos devido ao tratamento quimioterápico ou a outras patologias. Todo o processo é gratuito. Já foram distribuídas mais de 10 mil perucas para crianças e mulheres de todo o Brasil.

Créditos: Divulgação

A Cabelegria acredita que a autoestima pode fazer toda a diferença durante um tratamento quimioterápico. Por isso, busca aumentar cada vez mais as doações de perucas para pacientes e expandir seu Banco de Perucas para os maiores centros de tratamento oncológico do Brasil. Saiba mais em www.cabelegria.org

SINOPSE

O Espetáculo ‘’Teatro Cego – Um Outro Olhar’’ conta a história de uma empregada doméstica e sua patroa que passam, ao mesmo tempo, por um tratamento de câncer. As duas encontram-se em momentos diferentes da doença, com a empregada praticamente curada e a patroa iniciando a quimioterapia. A relação dessas duas mulheres mostra as diferentes posturas e dificuldades que pessoas de classes sociais distantes têm diante desse desafio, ao mesmo tempo em que a compreensão das condições de cada uma delas faz nascer uma amizade que se tornará a principal ferramenta de suas lutas.

Apesar do tema delicado, a trama se desenvolve com muita leveza, bom humor e sensibilidade, levando o espectador a uma reflexão que aprofunda a discussão sobre aspectos emocionais, sociais e comportamentais da doença. A trama fala sobre generosidade, empatia, amor, medo, superação, respeito e autoestima. Por acontecer completamente no escuro, a peça se utiliza ainda mais da percepção do espectador, fazendo com que o tema proposto possa ser tratado com ainda mais sensibilidade e aprofundamento.

As apresentações acontecerão nas cidades de Belém, Belo Horizonte, Natal, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, em parceria com hospitais e entidades de cada local ligadas ao câncer.

Créditos: Divulgação

Ao término de cada apresentação, o público presente será convidado a conhecer o caminhão da Cabelegria, que estará estacionado junto ao local da apresentação, e poderá doar seu cabelo para a confecção de perucas.

Haverá, também, várias opções de perucas prontas para serem doadas a pessoas que tiverem perdido o cabelo em consequência de quimioterapia. Alguns documentos que comprovam o tratamento serão solicitados para a doação da peruca (lista de documentos necessários em anexo). Nesse caminhão, elas contarão com o auxílio de cabeleireiros, podendo sair do local já usando a peruca escolhida. O projeto é patrocinado pelo Instituto CCR, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

SERVIÇO

UM OUTRO OLHAR

Teatro Cego

Duração: 50 minutos

Recomendação: 12 anos

Memorial da América Latina – Sala Multiuso

Avenida Mário de Andrade, 664 – Barra Funda

Temporada de 15 a 20 de fevereiro

Dias 15, 16, 17 e 18 de fevereiro (duas sessões por dia) às 19h e 21h.

Dias 19 e 20 de fevereiro (três sessões por dia) às 16h, 18h e 20h.

Nos dias 15, 16, 17 e 18 o caminhão da Cabelegria começa a atender para receber doações de cabelo e doar perucas às 16h.

Nos dias 18 e 19 o caminhão da Cabelegria começa a atender para receber doações de cabelo e doar perucas às 14h.

– Os ingressos serão gratuitos e começam a ser distribuídos 1 hora antes de cada espetáculo. A distribuição será feita de acordo com a ordem de chegada, através de senhas. Só será distribuída uma senha por pessoa.

– 30% dos ingressos serão direcionados para instituições ligadas ao câncer.

Os ingressos que não forem utilizados pelas instituições serão distribuídos para o público na fila.

Doação de Perucas

• Para o Cadastro todos os pacientes deverão ter em mãos os seguintes documentos: Laudo médico, comprovante de quimioterapia, RG e CPF.

• A Cabelegria doa UMA peruca por paciente e se por ventura o paciente já tiver recebido uma peruca da ONG pelos correios ou pelos Bancos de perucas existentes o paciente não poderá receber outra peruca, caso queira ele poderá efetuar a troca da peruca, porém precisará levar a peruca doada.

• O cadastro é bem simples, será feito na parte externa do caminhão e após o cadastro, solicitaremos que o paciente assine um documento (obrigatório) “Comprovante de entrega de peruca” também perguntamos se o paciente autoriza a imagem para que possamos utilizar em nossas redes sociais. Caso aceite, o paciente assina o documento “Termo de Autorização de uso de imagem”. Lembrando que a assinatura desse documento é opcional.

• Após esse processo os pacientes serão direcionados para escolher sua peruca, assim que escolhida receberão um Kit com um álcool em gel, instruções de como cuidar de sua peruca e uma ecobag.

• Todo o processo é gratuito.

Processo artístico do Grupo Galpão é tema de documentário


Créditos: Guto Muniz


Uma ideia (ou várias). Começam as primeiras digressões, as leituras, os ajustes e os ensaios de uma peça; as performances e as interações do elenco com o público em praça pública para a construção da dramaturgia; o diálogo com estudiosos convidados para aprofundar o processo de criação. Assim se compõe o webdocumentário “A gente pode tudo pelo menos por enquanto“, o registro do processo artístico, dos ensaios e das estreias nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, de OUTROS, a mais recente peça do Grupo Galpão, estreada em 2018.

Dirigido por Luiz Felipe Fernandes, o filme é dividido em seis episódios, de cerca de 15 minutos cada, que vão ao ar às segundas e quintas-feiras, entre 11 e 28 de janeiro de 2021, no canal de YouTube da companhia. Os lançamentos vão se somando, ficando todos disponibilizados até 11 de fevereiro.

“A câmera se torna quase que um integrante do Galpão, captando toda a intimidade entre essas pessoas que estão há quarenta anos juntos”, conta Luiz. O diretor acompanhou por quase um ano – entre março de 2018 a março de 2019 – o processo que resultou em OUTROS. Ao final, o cineasta tinha cerca de 150 horas e milhares de imagens captadas de forma bastante intimista.

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Alteridade e poesia: “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”

A peça OUTROS partiu de dois temas: alteridade e poesia. Relacionando esses assuntos, diretor, atores e atrizes transpuseram para o palco o amadurecimento das dúvidas e inquietações contemporâneas que já tinham sido levantadas em NÓS (de 2016), também dirigida por Marcio Abreu. Esses dois assuntos acabaram sendo pilares também para “A gente pode tudo pelo menos por enquanto”.

Assim, é possível acompanhar por meio das cenas como o espetáculo foi criado, porém de forma solta, sem prender o espectador a uma narrativa temporal e nem a um narrador que conduz a história. Falas do encenador Marcio Abreu são entremeadas com cenas de ensaio, seguidas por performances nas ruas de Belo Horizonte, quando o elenco fez intervenções artísticas e interações com os transeuntes, e assim por diante. Neste mosaico, é possível um entendimento maior da criação teatral.

Os episódios misturam, de forma quase poética, imagens da sala de ensaio, de leituras, de exercícios, de conversas do elenco com o diretor Marcio Abreu e com convidados, como a poeta, professora e dramaturga Leda Maria Martins. Além disso, são mostrados detalhes de performances de rua que fizeram parte da construção da peça, revelando detalhes que ajudaram a construir a dramaturgia do espetáculo, mas que ficam longe dos olhos do espectador. E, claro, algumas cenas das estreias da peça nas capitais carioca, paulista e mineira, para captar a reação do público ao espetáculo pronto.

O que alinhava cada episódio são temas comuns no espetáculo OUTROS. São eles: “dentro e fora” (um paralelo entre a sala de ensaio e o palco e outras interações com o público); “alteridade”; “perplexidade”; “movimento”; “insuficiência da palavra”; e “poesia”.

Créditos: Divulgação

Por exemplo, um deles em que o tema é “Movimento”, é todo construído a partir da trilha musical e da preparação corporal dos atores. Porém, a personagem principal deste episódio é a atriz Teuda Bara. Ainda que limitada pelo corpo (ela passou por uma cirurgia no joelho durante o processo) e pela idade (acabou de completar 80 anos), o episódio mostra como isso foi incorporado ao subtexto do espetáculo, e a capacidade de Teuda, apesar de todas as limitações, de conferir leveza através dos seus movimentos.

Ter assistido OUTROS não é condição para ver o webdoc (embora ele enriqueça a experiência para quem viu) e sim uma chance de acompanhar um processo de construção teatral para quem gosta do tema. “A ideia é trazer o público para dentro, de modo intimista, mostrando detalhes e reverberando discussões”, completa Luiz.

Serviço

De 11 a 28 de janeiro de 2021 – Novos episódios às segundas e quintas-feiras, às 19h em youtube.com/grupogalpao

*os episódios ficarão disponíveis até 11 de fevereiro

‘As Hilárias’ estreia em Belo Horizonte


Créditos: divulgação


As três Drags mais famosas e engraçadas do Brasil se reúnem para uma grande estreia nacional em Belo Horizonte. Silvetty Montilla, Kayete e Suzy Brasil estarão juntas no dia 22 de setembro, domingo, às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec, para apresentar ao público o espetáculo “As Hilárias”.

No palco, Silvetty Montilla, Kayete e Suzy Brasil farão performances juntas e separadas. O que elas prometem ao público de BH é muita irreverência, deboche, fechação, beleza e glamour. Os ingressos para essa engraçada e única apresentação já estão disponíveis na bilheteria do teatro e site Eventim.

Serviço

Silvette Montilla, Kayete e Suzy Brasil estreiam ‘As Hilárias’ em BH

Local: Av. Amazonas, 315 – Centro, Belo Horizonte/MG

Data: 22 de setembro, sábado

Horário: a partir das 19h

Ingressos: Inteira: R$60 / Meia: R$30

Pela bilheteria do teatro:

Telefone: (31) 3201-5211 ou (31) 3243-1964

Loja Eventim – Shopping 5ª Avenida (sujeito a taxa de conveniência):

Rua Alagoas, 1314 / Loja 20C– Savassi

Meia solidária: Mediante doação de 1kg de alimento não perecível no dia do espetáculo.

7 lugares para visitar em Belo Horizonte


Créditos: Divulgação


Belo Horizonte, oferece uma infinidade de atrativos para os visitantes, os principais são os pontos turísticos repletos de cultura e lazer. Se você está montando seu roteiro, confira 7 lugares para visitar a capital mineira.

1. Lagoa da Pampulha

Créditos: Divulgação

A região da Pampulha é nossa primeira sugestão. A área, aberta ao público 24h por dia, conta com 18 km de extensão, onde você poderá encontrar uma lagoa artificial, ideal para passeio e para a prática de atividades físicas.

2. Casa do Baile

Créditos: Pinterest

Localizada no “Conjunto Moderno da Pampulha”, a Casa do Baile fica na Orla da lagoa. A obra de Oscar Niemeyer impressiona por sua beleza externa, onde expressa os traços do arquiteto. O espaço não é muito grande, porém surpreende pela sua construção arquitetônica que conta, inclusive, com diversas ilustrações feitas por ele.

3. Praça do Papa

Créditos: Reprodução

Considerado o lugar com uma das vistas mais bonitas de Belo Horizonte, a Praça do Papa é indicada para aqueles que querem conhecer mais sobre o lado religioso da região. Foi lá que o Papa João Paulo II rezou a histórica missa a céu aberto em 1980. Situada bem no alto, proporciona uma linda visão para seus visitantes.

4. Jardim Botânico

Créditos: Flickr

O ponto dá a sensação de natureza preservada. Com mais opções que o Jardim Botânico de São Paulo, conta com estufas temáticas de vegetações brasileiras, como a da Mata Atlântica. Roteiro indicado para um bom piquenique, possui mais de 3.500 espécies, entre plantas, flores e árvores é possível comprar mudas na loja, para levar um pedaço dessa natureza linda e vasta para casa.

5. Zoológico de Belo Horizonte

Créditos: Herlandes Tinoco/Divulgação

O zoológico conta com mais de 350 espécies de animais, um borboletário e um aquário. O último pode ser visitado mediante compra de ingressos. Além de todos esses atrativos, o Zoológico de Belo Horizonte abriga o primeiro Gorila nascido na América Latina, o “Sawidi”, que agora também tem um irmãozinho, Jahari.

6. Praça da Liberdade

Créditos: Divulgação

A praça conta com vasta área verde e uma série de opções de passeios, como o planetário, o Museu do Metal e a Casa Fiat de Cultura. Vale dar uma conferida na programação do local antes de visitar, pois você poderá encontrar o programa ideal para a sua preferência.

7. Mercado Central

Créditos: Marden Couto/TM

Não tem como sair de Minas Gerais sem dar uma passada no Mercado Central e levar para casa diversos tipos de queijos e o doce de leite tradicional da região. No lugar, você encontrará muitas lojas e diversas opções do que comer, além de botecos sempre cheios de gente.

Aproveite as nossas dicas e conte nos comentários por onde você passou e do que gostou mais!

Renato Souza apresenta a exposição “Gesto, tecendo um tapete de memórias”


Créditos: Divulgação – Arquivo pessoal


O arquiteto e engenheiro Renato Cesar José de Souza faz sua estreia como artista plástico com a exposição “Gesto, tecendo um tapete de memórias”, que poderá ser vista de 13 de julho a 27 de agosto, na Galeria Patrícia de Deus – Ideias e Papéis ( rua Fernandes Tourinho, 145 – Savassi). A mostra poderá ser vista de segunda a sexta-feira, de 10 às 19 horas, e aos sábados, de 10 às 14 horas. A entrada é gratuita.

A mostra apresenta uma coletânea com suas obras mais recentes, produzidas nos últimos dois anos, e é composta por 23 obras, uma de 57×70 cm e as demais de 21x 29,7 cm. O suporte em papel é a base para colagens, com interferências com diversos tipos de tinta, para montar uma costura simbólica, marcado pela simplicidade do gesto e pela escolha consciente por deixar rastros, vestígios do processo.

Créditos: Thiago Urban

Como se fosse um tapete de papel, Renato Souza costura memórias, situações e referências, que de alguma forma o marcaram, substituindo a linha e a agulha pelo recorte e a cola. O gesto, produzindo e combinando cada recorte, é decidido e consciente, atento aos detalhes minuciosos que levam a uma composição ao mesmo tempo harmônica e desestabilizadora.

Uma profusão de imagens e símbolos cria arranjos e efeitos inesperados, recuperando antigas técnicas difundidas nos tempos do cubismo, do dadaísmo e do surrealismo. Reorientando estilhaços da coleção de justapostas ou sucessivas impressões que constituem o grande imaginário da humanidade, o artista nos propõe outra espécie de caleidoscópio, que, na superfície plana do papel, busca, desfaz e refaz fugidios lampejos que habitariam esse vasto inconsciente.

Além do forte equilíbrio no resultado final da inusitada tapeçaria, Renato demonstra um forte domínio da cor, outra de suas ousadas soluções para cativar o olhar de quem se dispõe a fruir uma viagem visual guiada pela erudição e o bom gosto.

Renato sempre viu o papel como amigo, capaz de receber uma ideia, um risco, um projeto. Aprendeu a desenhar e a ver as cores e as formas como expressão, traçando mapas, trabalhando rotas passadas e futuras.

“O papel recebe a sequência que o gesto permite: a cor, o recorte, a cola, o pincel, o que tivermos à mão. Para manifestar a cor, a tinta de parede, guache, aquarela, cola colorida, lápis de cor ou qualquer instrumento que deixe rastros visíveis ou quase invisíveis. Cores e gestos tornam-se, então, registros, memórias, recados. Colocados em todo tipo de papel, representam as respirações do momento. Papel, tintas, colas e recortes. Mais que uma técnica, sinalizam meu caminho”, explica.

Serviço:

Exposição “Gesto, tecendo um tapete de memórias”

Abertura: 13 de julho, de 10 às 14 horas

Endereço: Galeria Patrícia de Deus – Ideias e Papéis -Rua Fernandes Tourinho, 145 – Savassi

Período: De 13/07 a 27/08

Telefone: 31 3223-5415 | 31 98321-1541

Horário de Funcionamento: Segunda a sexta, de 10 às 19 horas. Sábado, de 10 às 14 horas