Peça de Bruno Mazzeo, Enfim, Nós estreia no Theatro Via Sul Fortaleza




Por Leina Mara
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Com texto de Bruno Mazzeo e direção de Cláudio Torres Gonzaga, a peça “Enfim, Nós” chega a Fortaleza com elenco formado pelos atores cearenses Larissa Goes e Luís Costa. A peça estará em cartaz nos dias 9, 10 e 11 de março no Theatro Via Sul Fortaleza.

Foto: Divulgação

O espetáculo conta a história de Zeca e Fernanda. Os dois vão passar o seu primeiro Dia dos Namorados juntos, desde que decidiram dividir o mesmo teto. Porém, um pequeno incidente faz com que eles fique presos no banheiro. Passar a noite trancados faz muitos sentimentos virem à tona na relação do casal, causando discussões sobre ciúmes, cobranças, manias, amor…outros contratempos surpreendentes também marcam o roteiro. 

“Enfim, Nós” já foi encenado por atores como Fernanda Souza, Maria Clara Gueiros, Ricardo Tozzi, Fernanda Vasconcelos e Cássio Reis. Na montagem em Fortaleza, a encenação conta com vozes em off de Luciano Huck, Heloísa Perissé e Leandro Hassum.
Serviço
Enfim, Nós 
Data: 9, 10 e 11 de março 
Horário: sexta e sábado 21 horas e domingo 20 horas
Local: Theatro Via Sul Fortaleza – Av. Washington Soares, 4335 – Edson Queiroz

Entrevista Projeto #Elenco60: Fhilipe Gislon




Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Fhilipe Gislon

Por Leina Mara


Divulgação/60! Doc. Musical – Caio Gallucci


Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc.Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. 

“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.

No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com Fhilipe Gislon.

            Divulgação/Foto: Caio Gallucci

Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical?

Sempre fui um ator muito curioso. Sempre me interessei em buscar coisas novas e conhecer gêneros diferentes. Na maioria das vezes me encantava quando conhecia algo novo e sempre tinha muita vontade de fazer aquilo também, e corria atrás até conseguir. Com o Teatro Musical não foi diferente. Conheci o gênero em 2010, já trabalhava com teatro há um tempo, fiquei encantado, e prometi a mim mesmo que eu faria daquilo a minha vida. Dai em diante comecei a estudar mais a fundo, e aprimorar todas as ferramentas que eu precisaria ter para trabalhar com teatro musical. Em 2012, morando em Curitiba, fiz audição para uma montagem acadêmica de “Les Misérables”, sem nem conhecer muito a obra e sua importância dentro do meio. Dias depois, recebi uma ligação dizendo que eu tinha sido escolhido para interpretar o personagem “Marius”, e começava aí minha carreira como ator de musical, e minha paixão pelo gênero e por aquela obra. Foi uma experiência incrível e muito especial que guardo pra sempre dentro do meu coração. Depois disso segui meu caminho estudando teatro, canto, dança e todas as variáveis artísticas possíveis. Minha carreira profissional no teatro musical começou em 2015 quando fiz minha primeira grande audição em SP para o espetáculo “Chaplin, O Musical” e passei, sendo este meu primeiro musical profissional. Uma experiência incrível e inovadora onde convivi com pessoas maravilhosas e já super experientes no meio, que me ajudaram e ensinaram muito. Depois que Chaplin terminou continuei morando e estudando em SP, até surgir a oportunidade de entrar no 60! , esse espetáculo maravilhoso que faço até hoje! 

Como Marius em montagem acadêmica de “Les Misérables” – Foto: Arquivo Pessoal


Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator? 

Eu acho que o que mais me inspira a seguir essa carreira é a arte em si e o que ela pode comunicar, ou causar nas pessoas. O que me leva a admirar um artista é o que ele causa em mim quando aprecio sua obra. Sou muito movido pela música, e na maioria das vezes pelas melancólicas, apesar de ser uma pessoa super extrovertida e alegre. Acredito muito na arte e o olhar poético e sensível de Alexandre Nero, que antes de ser um ator muito famoso, já tinha uma carreira artística muito bonita. Vejo que hoje em dia ele sabe transitar muito bem entre o ser comercial sem ter que abandonar o ser artista que ele sempre teve dentro de si, e isso é algo que me inspira. Sempre admirei muito Claudia Raia também, antes mesmo de saber o que era musical, quando só a via na TV mesmo, e depois que a conheci, ela se tornou alguém muito inspiradora também, pela pessoa doce que é, pela disciplina e determinação. A vida foi muito boa comigo de ter me colocado nas mãos dela, que foi quem me abriu a primeira porta para o mercado profissional de teatro musical. 

Mas quem realmente me inspira muito profundamente são alguns dos meus colegas de trabalho. Sempre tão batalhadores e estudiosos, que buscam dar o melhor de si para apresentar um bom trabalho, se realizar artisticamente, ser pessoas de bem que possam viver fazendo o que mais amam. Que buscam sempre ir além do que podem, para alcançar objetivos e sempre sonhando. Quando encontro pessoas assim no meu caminho, elas sim, tornam-se inspiração pra seguir em frente na carreira de ator. 


Em Chaplin, O Musical | Foto: Caio Gallucci

Existe algum papel que ainda almeja interpretar? 

Nossa, muitos! Acho que ainda tenho tanto a fazer e muito a aprender! Quero muito trabalhar com cinema nacional, com teatro clássico, com musical, quero fazer muitas coisas. Tenho muita vontade de participar de uma montagem profissional de “Les Misérables”, que foi o espetáculo que me abriu as portas para esse meio, e é minha paixão até hoje! Mas também tenho muita vontade de participar de montagens profissionais de “Into The Woods” e “Sweeney Todd”. 


Cartaz do curta “Feriado” – Foto: Arquivo Pessoal

Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical? 

R: O 60! Foi uma grande surpresa na minha vida. Eu entrei na peça em junho do ano passado para fazer uma substituição. Tudo aconteceu muito rápido, eu fiz o teste e fui aprovado, 5 dias depois eu tinha que estrear.  Tive 5 ensaios para pegar o show inteiro. Ensaiava o dia todo no teatro, e de noite ia pra casa e ficava estudando tudo na frente de um espelho. Mas tudo correu bem e foi muito prazeroso e divertido. Eu não teria conseguido sem a ajuda dos meus colegas Victor Maia, Marcelo Ferrari, Rodrigo Morura e Leticia Mamede que me ajudaram muito. 

Qual sua parte favorita no musical? Por que? 

Antes de ingressar ao elenco eu já tinha assistido ao espetáculo 4 vezes, e desde lá já tinha minhas partes favoritas, que são as mesmas até hoje! Eu amo muito a cena do “Filme Triste”, que as meninas choram, pela interpretação brilhante da Amanda Doring e afinação surpreendente das meninas. Sou apaixonado pela cena em que as Barbies Negras cantam Jackson’s 5 porque sempre gostei muito de Michael Jackson, e achei brilhante a concepção e ideia da cena. E minha cena favorita do espetáculo sempre foi “Barbie e Ken” por que me encantava muito o trabalho corporal da Fernanda Biancamano e do Marcelo Ferrari que pareciam bonecos de verdade em cena, e é a cena que hoje tenho o prazer de fazer!


Como Ken em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão


Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?

Me sinto lisonjeado de ter essa oportunidade. A cada dia que passa eu a admiro mais, pela garra e força que ela tem. Ela é um doce de pessoa, muito muito forte e batalhadora. Conviver com Wanderléa é uma aula todos os dias. Queria que mais pessoas da minha geração pudessem conhecer seu trabalho e história de vida. 

Quais seus planos futuros?

Pretendo continuar seguindo em frente, investindo em mim e na minha carreira, e correndo atrás dos meus sonhos. Espero aprender muito mais do que imagino que possa, e viver mais experiências incríveis como essa que estou vivendo atualmente! 

Em seu solo “Esqueça” em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão

Abertas as audições para 70? Disco Década / Divino Maravilhoso, Doc. Musical




Por Andréia Bueno

Após o mega sucesso de 60! Década de Arromba – Doc. Musical, o Ministério da Cultura, Bradesco Seguros e Brain+ convidam para a audição do espetáculo – 70? DISCO DÉCADA / DIVINO MARAVILHOSO, DOC. MUSICAL.

Imagem: Divulgação
Os interessados ( homens e mulheres) em integrar o elenco da nova produção da Brain+ deverão ter entre 18 a 30 anos, com experiência comprovada em teatro musical. Os materiais deverão ser enviados até o dia 06 de MARÇO 2018.

Enviar currículo, fotos (rosto e corpo), link de vídeos com repertório dos anos 70, para o e-mail: talentos@brainmais.com. Os interessados deverão incluir referências e habilidades artísticas no CV. Boa sorte! E que venha #70!

Imagem: Divulgação

Espetáculo Os Três Mosqueteiros chega ao Theatro Via Sul




Por Leina Mara

Nos dias 17, 18, 24 e 25 de fevereiro, às 17h, o Theatro Via Sul Fortaleza recebe o espetáculo “Os Três Mosqueteiros”, montagem clássica de Alexandre Dumas. 

Foto: Divulgação
Encenado pelo Grupo Mirante, o espetáculo é voltado para crianças e jovens. A história conta sobre D’Artagnan, um jovem espadachim que sonhava seguir os passos do pai e tornar-se um Mosqueteiro. Ao chegar em Paris, envolve-se em várias confusões e desafia os guerreiros Athos, Porthos e Aramis: Os Três Mosqueteiros. 

Foto: Divulgação
Muitos os caminhos e aventuras pelos quais passarão os heróis até que D’Artagnan, finalmente, alcance seu sonho de tornar-se um Mosqueteiro. No centro de tudo, o ideal coletivo de “Um Por Todos e Todos Por Um”.

Serviço
Os Três Mosqueteiros
Datas: 17, 18, 24 e 25 de fevereiro de 2018
Horário: 17 horas
Local: Theatro Via Sul Fortaleza – Av. Washington Soares, 4335 – Edson Queiroz
Ingressos: Inteira R$ 40 e meia entrada R$ 20
Capacidade do Teatro: 732 Pessoas
Informações: (85) 3099-1290
Horário de funcionamento da bilheteria: De segunda a domingo, das 10 às 22h, inclusive feriados.
Acessibilidade: Elevadores, rampas de acesso e assentos especiais.
Estacionamento no Shopping Via Sul

Entrevista Projeto #Elenco60: Camila Braunna




Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre a Cantora Camila Braunna.

Por Leina Mara
Divulgação/60! Doc. Musical

Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc.Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. 

“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.

No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 e divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista Camila Braunna.
                           

      Em seu solo “Aquarela” em 60! Década de Arromba – Foto: Julio Leão

Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical?

Entrei no teatro porque acreditei que ajudaria a me desenvolver melhor como artista musical. Era tímida demais e precisava por para fora o que eu tinha de valioso, meus dons. Meu teste para entrar na companhia de teatro da Lona Cultural de Realengo, foi já de cara, cantar. Já que o diretor me ouviu dizer que tinha dificuldade, cantei. O diretor se apaixonou e teve a ideia de fazer um musical na Lona. Foi uma experiencia incrível, fiquei um ano por lá, mas nunca havia trabalhado profissionalmente.. Até que recebi um telefonema de uma produção que estava fazendo uma pesquisa de perfis para um musical e por um acaso viu um vídeo meu no Youtube, onde cantava com a Banda da minha família. Eles pegaram o contato do vídeo e me chamaram pra fazer audição para o Musical “Soul Roberto”. Foi o primeiro musical profissional que fiz e foi maravilhoso. Logo em seguida fiz a Dragona de “Shrek o Musical” e parei um tempo para estudar. Fiquei 4 anos longe dos palcos. Voltei em 2017 para fazer o 60!

Com o elenco do Musical “Soul Roberto” – Foto: Arquivo Pessoal


Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de atriz ? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?

Bom, artistas que me inspiram são artistas ligados a música como Lauryn Hill em “Mudança de Hábito”, Whitney Houston, Kirk Franklin… Sempre fui apaixonada por filmes musicais, porque meu vinculo com a música é muito forte. Nascida e criada em berço evangélico, sempre me desenvolvi na musica e me encontrei no teatro musical por muitos motivos pessoais e que entendo que serviram de trampolim para a minha carreira no teatro. Todos os papeis que recebo, viram desafios para mim.. Tenho muito a descobrir, estou ansiosa para o 70. Ainda não sei como será, mas Aretha Franklin, Whitney Houston, a Montown foi muito forte nesta década. Espero reviver isso! #mesmoelenco kkkkkk.

Com Rodrigo Sant’ Anna em Shrek – O Musical – Foto: Arquivo Pessoal


Como foi o seu processo para entrar no 60! Década de Arromba – Doc. Musical?

Estava há um tempo afastada dos musicais porque resolvi finalmente me formar em musica e me dedicar a carreira musical. Mas não tem jeito.. O teatro faz parte de mim também ! Entrei no Musical porque fui convidada a fazer uma substituição e depois de 4 anos sem estar nos palcos de musicais, estou revivendo este sonho que é fazer parte desse projeto maravilhoso que tem tudo pra durar longos e longos anos.

Qual sua parte favorita no musical? Por que?

Eu particularmente amo fazer “Aquarela”. É uma cena que me identifiquei de cara, onde posso me encontrar como cantora e representar a história do nosso Brasil na visão maravilhosa de “Ary Barroso”.

Em seu solo “Aquarela” em 60! Doc Musical – Foto: Caio Gallucci


Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?

Me sinto honrada em realizar o sonho de muitos brasileiros, apaixonados pela década de arromba. E poder sentir um pouco de como foram as fortes emoções daquela época ao lado dessa mulher incrivelmente importante no mundo musical brasileiro. Ela é Diva, doce, cheirosa (rs) e sempre muito atenciosa! Vai ficar na minha história.

   Em  “60! Década de Arromba – Doc.Musical – Foto: Julio Leão

Quais seus planos futuros?

Desejo estar nas versões das próximas décadas e me sentir imortal (rs). Quero terminar minhas formações em Música, poder investir mais na carreira do teatro musical onde me encontrei crescendo como atriz e investir na minha família, sempre.

Como Dragona em  “Shrek – O Musical” – Foto: Arquivo Pessoal

Entrevista Projeto #Elenco60: Fernanda Biancamanno




Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre atriz e cantora Fernanda Biancamanno

Divulgação/60! Doc. Musical – Caio Gallucci
Por Leina Mara
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc.Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. 

“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.

No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com atriz e cantora Fernanda Biancamanno.

Foto/Divulgação

Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical?

Comecei no mundo das artes aos 8 anos protagonizando um espetáculo infantil chamado “Libel e seu Palhacinho” com mais dois adultos que ficaria em cartaz por 3 anos viajando pelo Brasil. Sem nunca ter feito teatro fui descobrindo como jogar e literalmente brincava em cena! Depois fui me aperfeiçoando com cursos e mais teatro. Um dado importante e que foi um grande divisor de águas na minha carreira, já muito cedo, foi um trabalho em 2001, quando assinei contrato com a globo para ser a Narizinho do Sítio, mas mesmo com toda mídia, e tudo pronto, 5 dias antes das gravações fui dispensada por estar crescendo rápido demais! 

Com 11 anos, percebi que o mundo das artes não seria assim tão fácil, e lembro de pensar que não iria desistir do meu sonho por uma queda, hoje em dia acho importante ter acontecido cedo, para levar o trabalho a sério, entender que nem sempre ser talentoso, ou estudar muito é tudo, existe sim perfil e tudo bem! Passei a olhar cada trabalho de maneira bem mais profissional e perceber que algumas decisões dependem de muitos fatores, aprendi e cresci muito rápido por conta dessa experiência! Esse afastamento da TV me abriu a chance de começar a explorar ainda mais o teatro musical, que estava crescendo no Brasil.

Me aventurei por muitos musicais infantis e alguns adultos, uma coisa foi ligando a outra e acabei fazendo novela, comerciais, participações, uma série no Multishow, participei do prêmio Multishow de humor e por último (2015) o meu primeiro longa ( chamado “Tô Ricah”) dividindo cena com Marília Pêra ! Sempre estive dividida entre tv e teatro, desde pequena. De lá até aqui são 20 anos de carreira e entre 15 a 20 peças .

Em 2016 fui convidada pelo diretor de uma novela que eu fiz pra protagonizar o principal show do Natal Luz de Gramado, me mudei para o sul pra viver Maria de Nazaré num musical chamado “Eu Sou Maria”, onde compunham elenco e orquestra com 200 artistas e uma público diário de 6 a 8 mil pessoas. O musical era encenado em cima de um lago com dança das águas, fogos de artifício, fogo, tinha de tudo um pouco e foi uma experiência incrível! 

Como Protagonista do musical “Eu Sou Maria” no Natal Luz de Gramado
Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de atriz? Existe algum papel que ainda almeja interpretar? 

A primeira peça que eu fiz, e que mencionei ter ficado anos em cartaz, era muitas vezes ensaiada na casa de ninguém menos que Bibi Ferreira, a Tina, filha dela, era nossa supervisora. Por algumas vezes vi, ainda muito menina a própria Bibi tocar piano em sua sala e ensaiar para shows, lembro de ficar encantada e perceber que eu gostaria muito de ser um dia como ela. Lembro bem que assim que cheguei no apartamento dela, no primeiro dia de ensaio e leitura, eu comecei a ler e cantar as músicas da peça ( já era um musical) ela saiu lá de dentro e perguntou quem era a menina que estava falando e cantando, eu acenei com as mãos e ela veio em minha direção, sentou no sofá e disse: “Menina, você tem muito futuro, que voz linda tem! Olha, pra continuar nessa carreira, as vezes não encontramos caminhos fáceis, mas com muito estudo, dedicação e cuidados com o corpo e voz, você ainda vai longe”.

Lembro de ficar pensativa e guardar bem as dicas sobre não tomar gelado uma hora antes e depois das peças e andar sempre com um lenço pra proteger o pescoço. Depois de alguns anos fui ter a dimensão dessas dicas e do gênio que é Bibi, da grande oportunidade de receber pessoalmente sábios conselhos quando ainda era uma menina. Bibi é uma grande inspiração! Existem muitas artistas incríveis no nosso cenário, amo a Alessandra Maestrini pois além de cantora é uma atriz Maravilhosa, tem uma ótima veia cômica que eu por diversas vezes também exploro. 


Como Narizinho do Sítio do Pica-Pau Amarelo da Rede Globo

Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical?

Fiz a audição pro 60, passei! mas o resultado só saiu quando eu já estava de passagem comprada e contrato assinado pra mais um ano  de “Eu sou Maria”. Entrei naquele conflito pois queria muito participar e fazer o musical com a Wandeca!  Mas com tudo fechado e mudanças prontas pro sul, ficaria inviável largar tudo.  Avisei aos queridos produtores que o musical só ficaria em cartaz por três meses, então assim que acabasse esse período, estaria disponível caso alguém do elenco saísse pra temporada de SP.

E foi o que aconteceu. A Jullie ( que fez parte a primeira formação de elenco e foi extremamente gentil e carinhosa ao passar todo o aprendizado da oficina que elas tiveram de corpo de boneca, além de me facilitar a vida separando material de estudo de vozes, perucas, trocas rápidas, realmente ajudou muito) acabou saindo  e fui chamada pra integrar o time do 60, assumindo os números que ela fazia, e como eu também sapateio, o Victor, nosso coreógrafo, acabou me colocando em outros números de dança.

Assisti a peça durante um mês todos os finais de semana e ensaiei  pra pegar a peça em uma semana apenas. Foi um grande desafio pegar tanta coisa em pouco tempo mas no final deu tudo certo e estreei na temporada de SP. Então está sendo incrível estar de volta ao Rio porque pra mim é realmente casa nova! Fui criando e dando a  minha cara as personagens que já existiam! Estou extremamente feliz e grata por ter conseguido voltar para o time e dividir o palco com tantos artistas incríveis, é maravilhoso, que elenco afinado, além de tudo somos muito amigos e realmente vivemos o tempo do amor entre nós!

Como Esmeralda no musical infantil “O Corcunda de Notre Dame” ao lado do ator Felipe Simas
Qual sua parte favorita no musical? Por que? 

É muito difícil escolher somente um momento, já que a peça tem 3 horas e muitos números, particularmente eu gosto muitos dos que faço, mas se pudesse escolher algum, seria o Medley 60, onde estão todos os talentos juntos no palco, fazemos uma grande festa de arromba e brincamos com a Wanderléa em cena!


         Em seu solo como “Barbie” em 60! Década de Arromba Doc. Musical | Foto: Julio Leão

Quais seus planos futuros?

Eu aprendi durante esses 20 anos de carreira, que o que podemos fazer é sempre estudar muito e correr atrás das oportunidades que a vida nos apresentar. Nem sempre nossos planos saem exatamente como planejado, mas se tenho uma certeza na vida é de que tudo tem o seu tempo determinado, e que toda experiência é para o crescimento pessoal! Pretendo terminar minha faculdade de pedagogia e quero continuar explorando o mundo dos musicais mas também permitir permear outros meios, como tenho feito! 
Em seu solo “A Lua É Dos Namorados” em “60! Década De Arromba” – Foto: Julio Leão