#fbf – Prêmio Bibi Ferreira 2018 emociona e consagra Cantando na Chuva como grande vencedor




Claudia Raia premiada pela primeira vez, emoção no discurso poético de um jovem interiorano e seu peixe, consciência política e cultural, tivemos sim! Em clima de ‘flashback friday’, vamos relembrar tudo o que aconteceu na cerimônia mais importante do teatro musical brasileiro

Por Walace Toledo








Foto: Rodrigo Bueno / Acesso Cultural






Considerado o ‘Tony Awards’ BR, a 6ª edição do ‘Prêmio Bibi Ferreira’ foi celebrada, na noite do último dia 25, pela primeira vez no Teatro Renault, palco icônico que recebe desde 2001 superproduções da Broadway. Idealizado pelo produtor Marllos Silva, da Marcenaria de Cultura, a grande festa do teatro musical paulistano elegeu “Cantando na Chuva”, protagonizado por Jarbas Homem de Mello, Bruna Guerin e Reiner Tenente, como o grande laureado da noite com seis estatuetas, incluindo “Melhor Musical”, pelo júri técnico.






Como de praxe, Marllos abriu a cerimônia com seu monólogo e agradecimentos. Em discurso, o idealizador propôs aos convidados reflexões sobre o crescimento do mercado de teatro musical em São Paulo nos últimos 18 anos, empregabilidade e desmistificações sobre a Lei Rouanet. “Os musicais hoje são um dos maiores formadores de plateia, só nos últimos 12 meses mais de 200 mil ingressos foram distribuídos via contrapartida social das leis de incentivo federal e estadual (…) 0,28%, menos que meio porcento, esta é a fatia do que representa a Lei Rouanet dentro dos incentivos fiscais do país”, afirma o produtor, “teatro é arte, mas é trabalho! E sem lei de incentivo ele não se sustenta… ainda”. Confira o pertinente discurso no vídeo abaixo.











Alessandra Maestrini e Miguel Falabella repetiram por mais um ano a parceria como Mestres de Cerimônia do evento; desde o número de abertura a dupla arrancou muitas risadas da plateia. Ao lado de Marllos, Renata Alvim (produtora T4F) e dos atores Débora Reis, Amanda Acosta e Marco Luque, representando suas personagens Hebe Camargo (“Hebe – o Musical”), Bibi Ferreira (“Bibi – Uma Vida em Musical”) e Ed Nerd // Leo Bloom (“Os Produtores”) respectivamente, apresentaram uma cena e um número musical sarcástico e hilário.










Larissa Manoela e Diego Montez, par romântico no musical “A Noviça Rebelde”, subiram ao palco da cerimônia para entregar o prêmio ‘Revelação’ do ano. Novidade na categoria, além de atores e atrizes, a partir desta edição passa a considerar também outros profissionais da ficha criativa – desde que estejam fazendo sua estreia no mercado. Em uníssono, o teatro Renault inteiro torcia pelo jovem mineirinho Vitor Rocha. E ele levou, pelo roteiro e músicas originais de ”Cargas D’Água – Um Musical de Bolso”, o autor, ator e diretor de 20 anos fez um discurso poético e emocionante, segurando com carinho outra estrela do espetáculo, o balde, no qual ‘vive’ o peixinho Sr. Cargas. Uma vitória do cenário independente, mostrando que qualidade no roteiro e letras originais, não importa o tamanho do orçamento, emocionam e tem a mesma magia das megaproduções.

Premiada como “Melhor Atriz” pela impecável interpretação de Bibi Ferreira, Amanda Acosta, acompanhada no piano por Tony Lucchesi, abriu as apresentações dos indicados a ‘Melhor Musical’ com o ‘Medley Piaf’, de “Bibi – Uma Vida em Musical”. Em seguida, todas as tribos da Terra do Nunca se juntaram no maravilhoso e APOTEÓTICO número “Uga-Uga” (Ugg-a-Wugg), o qual levou o público ao delírio e recebeu aplausos de pé de todo o teatro – de arrepiar(!). Não à toa, “J. M. Barrie’s Peter Pan – Um Musical da Broadway” venceu em três categorias: Melhor Figurino, Cenário e Coreografia, esta assinada pelo sempre incrível Alonso Barros.
A colorida e divertida turma de “A Pequena Sereia” também invadiu o palco do Bibi, com o número “É Amor”, cantado pelas irmãs da sereia Ariel (Fabi Bang) e seu fiel amigo Linguado (Lucas Cândido). A magia Disney encanta gerações, sucesso de público com ingressos esgotados até o final da temporada, o espetáculo conquistou o coração de milhares de pessoas, que premiaram a turminha do fundo do mar na categoria ‘Melhor Musical – Voto Popular’. 
Um clássico é um clássico! “Cantando na Chuva” não só ganhou o público lotando as sessões na única temporada paulistana, como os votos dos jurados do Prêmio Bibi Ferreira. Maior premiado da noite, a superprodução arrebatou a principal categoria, de ‘Melhor Musical’, e mais cinco: Melhor Desenho de Som, Desenho de Luz, Versão, Direção e Atriz Coadjuvante. 
“Gente, não tenho nem roupa pra receber prêmio” (risos), foram as primeiras palavras de Claudia Raia ao subir ao palco. Premiada por trabalhos televisivos, a personagem Lina Lamont, de “Cantando na Chuva”, deu à atriz o seu 1º prêmio de TEATRO! Dá para acreditar? Escolhida dos jurados como ‘Melhor Atriz Coadjuvante’, também um caso atípico, sendo que a diva sempre está protagonizando as produções.

Rebeca Jamir, Adrén Alvez e Eduardo Rios apresentaram a emocionante canção “Se Eu Quiser Falar com Deus”, de “O Auto do Reino do Sol – Suassuna”. Ovacionada pelos convidados a cada categoria indicada, a produção é a segunda maior vencedora da noite levando quatro estatuetas para casa: Melhor Música Original, Ator, Ator Coadjuvante e Musical Brasileiro. 

Inesperado e maravilhoso, por fim, o encerramento colocou a plateia de mais de 1.200 convidados para dançar ao som de “Quem Eu Sou”, versão de “This Is Me”, do longa musical “O Rei do Show” (The Greatest Showman), assinada por Mariana Elisabetsky e cantada pelas vozes poderosas de Letícia Soares e Andrezza Massei, acompanhadas no final pelos Mestres de Cerimônia e um grupo de 120 atores que realizaram um flashmob alucinante nos dois andares do teatro. Que ESPETÁCULO! 

Para 2019, Marllos Silva anunciou a expansão do Prêmio, que até aqui avaliou única e exclusivamente espetáculos de teatro musical, mas que a partir de agora passa a considerar também produções teatrais – não musicais. Para essa mudança se juntam ao time de jurados, dividido entre teatro convencional e musical, a jornalista Fabiana Seragusa e o jornalista e crítico teatral Miguel Arcanjo Prado. Confira nossa cobertura via Stories aqui, restante das apresentações e discursos aqui e aqui
Foto: Divulgação / Luis França
VENCEDORES PRÊMIO BIBI FERREIRA 2018

Melhor Desenho de Som

Tocko Mickelazzo por “Cantando na Chuva”

Melhor Desenho de Luz

Cory Pattak por “Cantando na Chuva”

Melhor Cenário

Renato Theobaldo por “J. M. Barrie’s Peter Pan”

Melhor Figurino

Thanara Schonardie por “J. M. Barrie’s Peter Pan”

Melhor Visagismo

Anderson Bueno por “Hebe – O Musical”

Melhor Roteiro Original

Miguel Falabella por “O Som e a Sílaba”

Melhor Versão

Mariana Elisabetsky e Victor Muhletahler por “Cantando na Chuva”

Melhor Arranjo Original

Daniel Rocha por “Hebe – O Musical”

Melhor Música Original

Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Braulio Tavares e Chico César por “O Auto do Reino do Sol – Suassuna”

Melhor Direção Musical

Tony Lucchesi por “Bibi – Uma Vida em Musical”

Melhor Coreografia

Alonso Barros por “J. M. Barrie’s Peter Pan”

Melhor Direção

Fred Hanson por “Cantando na Chuva”

Revelação

Vitor Rocha por roteiro e música de “Cargas D’Água – Um Musical de Bolso”

Melhor Ator Coadjuvante

Eduardo Rios por “O Auto do Reino do Sol – Suassuna”

Melhor Atriz Coadjuvante

Cláudia Raia por “Cantando na Chuva”

Melhor Ator

Adrén Alves por “O Auto do Reino do Sol – Suassuna”

Melhor Atriz

Amanda Acosta por “Bibi – Uma Vida em Musical”

Melhor Musical Brasileiro

“O Auto do Reino do Sol – Suassuna” de Sarau Agência e A Barca dos Corações Partidos

Melhor Musical (Voto Popular)

“A Pequena Sereia” por IMM e EGG Entretenimento

Melhor Musical

“Cantando na Chuva” de IMM, EGG Entretenimento e Raia Produções

O teatro e sua fascinante capacidade de encantar milhares de pessoas




Por Nicole Gomez
Hoje é comemorado o Dia do Teatro. Essa arte, que teve seu berço na Grécia, há muitos anos vem ganhando espaço cada vez maior no costume das pessoas. 

Foto: Daniel Seabra / Serendipity
No Brasil, é impossível pensar em teatro e não associar esse tipo de arte a nomes como Paulo Autran e Raul Cortez, por exemplo. Responsáveis por papeis de sucesso em muitos anos de carreira, eles são frequentemente lembrados em homenagens, até hoje rendidas.
O Brasil foi responsável por trazer grandes produções para cá: O Fantasma da Ópera, My Fair Lady, A Noviça Rebelde, Mamma Mia, O Rei Leão e Les Misérables são apenas alguns exemplos. 

A popularização do teatro vem acontecendo de forma gradual. O público, que antes era composto em sua maioria por pessoas mais adultas, hoje é preenchido por todas as idades. Isso se deve, talvez, por uma abordagem de temas que são mais próximos da realidade de todos. Isso pode ser visto na própria linguagem dos roteiros, onde os textos são cada vez mais compostos até mesmo por memes. Isso causa identificação imediata por parte da plateia.

Seja como for, é evidente que o teatro é uma arte sagrada que todos nós temos o dever de conservar. Seja indo aos espetáculos, seja divulgando, é muito importante que o teatro seja levado em consideração. Temos grandes artistas já consagrados e em ascensão, desde grandes peças, até as menores, mas tão importantes quanto. 

No dia de hoje, deixamos nosso muito obrigado a todos que fazem do teatro uma forma de fazer com que as pessoas saiam de suas casas para dar risada, se emocionar, esquecer um pouco dos problemas…. Viva o teatro!

Para comemorar este dia, que tal ir a uma das incríveis peças em cartaz pelo Brasil? 

Deixamos aqui uma lista de peças em cartas, que são imperdíveis! Confira:

Foto: Caio Gallucci

1. Vamp, O Musical

Estrelada por Claudia Ohana e Ney Latorraca, a peça está em São Paulo no Teatro Sérgio Cardoso após enorme sucesso no Rio de Janeiro.

Foto: Paprica Fotografia
2. Forever Young

A grande lição de vida de um grupo de divertidos idosos está em São Paulo no Teatro Fecomércio até o dia 1 de outubro.

Foto: Divulgação
3. Cantando Na Chuva

A adaptação do filme de mesmo nome está em cartaz no Teatro Santander. Imperdível!

Foto: Divulgação
4. Les Misérables

O musical de grande sucesso está de volta a São Paulo, no Teatro Renault.

Foto: Divulgação

5. Castelo Rá-Tim-Bum, O Musical

Adaptado diretamente do programa de televisão da TV Cultura, o Castelo está em cartaz no Teatro Opus.

Foto: Caio Gallucci
6. 60!, Década de Arromba – Doc. Musical
Estrelado pela cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. O espetáculo segue em São Paulo, com temporada prorrogada até dia 8 de outubro no Theatro Net São Paulo.

5 motivos para assistir o musical Cantando na Chuva




Prepare a capa e o guarda-chuva porque a previsão do tempo é de muita água!

Por Walace Toledo


Foto: Marcos Mesquita / Divulgação
Uma coisa é certa, quando Claudia Raia avisa: “estamos em pré-produção de um grande musical”, pode esperar porque o tiro é certo e é só aguardar o dia dele estrear. E mais uma vez fomos surpreendidos! Raia Produções em parceria com a produtora Stephanie Mayorkis, da Egg Entretenimento e IMM Esporte e Entretenimento trazem ao Teatro Santander o megaespetáculo “CANTANDO NA CHUVA”.

O clássico longa-metragem musical de 1952 ganha sua montagem brasileira no ano em que completa 65 anos da estreia no cinema. Papéis icônicos interpretados por Gene Kelly, Jean Hagen, Debbie Reynolds e Donald O’Connor agora ganham vida através de Jarbas Homem de Mello (Don Lockwood), Claudia Raia (Lina Lamont), Bruna Guerin (Kathy Selden) e Reiner Tenente (Cosmo Brown).

A ideia de trazer o musical para os palcos brasileiros surgiu após Claudia e Jarbas assistirem a montagem londrina em 2012, “foi ali que deu o clique para montar a peça”, fascinada a atriz correu para comprar os direitos da obra, “vamos fazer a nossa versão, não é a de Londres, nem a da Broadway, que vai estrear depois da gente. Acredito que a nossa será a mais bacana”, aposta Raia. A versão nacional conta com 15 canções versionadas para o português assinadas por Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler.


1 – O CLÁSSICO

“Cantando na Chuva” é um dos mais celebrados, cultuados e emblemáticos filmes musicais da história, tornou-se uma referência e por si só já é o maior motivo para levar você a viver esta experiência no teatro. Não só a história de comédia com romance que o público adora, mas também o carisma e genialidade de Gene Kelly conquista a todos até hoje. “Ele sempre foi o herói das minhas Sessões da Tarde”, relembra Jarbas entusiasmado, “fazer o Don é um sonho de infância que se realiza”.


2 – A CHUVA

“A chuva é a quinta protagonista!”, afirmou Raia durante a coletiva de imprensa realizada poucos dias antes da estreia. E obviamente o momento mais esperado pelos espectadores é a cena que Don sapateia na chuva cantando “Singin’ in The Rain”. Fred Hanson, diretor do espetáculo, garante a mesma emoção das telonas, “recriamos o mais fiel possível ao filme!”. A chuva no palco era algo desconhecido para toda produção, após algumas pesquisas encontraram a empresa responsável pela montagem londrina “e foi um grande acerto”, comemora a produtora Stephanie. 

COMO FUNCIONA: A logística da chuva envolve toda uma preparação de cenário para receber essa água. Para produzir o efeito o teatro ganhou dois tanques com capacidade total para mais de oito mil litros de água; o palco foi adaptado para receber um sistema de filtragem de água e outro de aquecimento, que mantém a temperatura em 29º C. Uma rede de drenagem com bombas faz a receptação para reutilização da água, evitando qualquer desperdício. 

Além da lendária cena, o espectador é presenteado com outro ‘momento molhado’ de bônus no final do espetáculo (vídeo abaixo). P.S.: A banda e o público das primeiras fileiras ganham capa de chuva amarela (parecida com a do elenco) para não saírem da sessão literalmente de banho tomado.



3 – O CASAL

Assistir Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello em cena é sempre um prazer. A entrega de ambos é admirável! Impecável, não haveria outro ator para viver Don Lockwood a não ser Jarbas, e a caricata Lina cai como uma luva para Raia, que sabe lidar com o humor muito bem.

Um bom profissional nunca para os estudos e o aprimoramento, enquanto o ator se entregava exaustivamente às aulas de sapateado e dança que o personagem pedia, Claudia se concentrava na desconstrução das suas técnicas… Por quê? Porque Lina Lamont é uma atriz que não dança e nem canta bem com sua voz esganiçada, a personagem sofre muito com a transição do cinema mudo para falado. 

Apesar das aulas de sapateado e balé para cenas específicas, Raia precisou aprimorar seus dons às avessas, “fiz aula de canto, porque é muito difícil cantar desafinado como a Lina (risos). A gente passa a vida inteira perseguindo a afinação e, de repente, você tem que criar uma voz horrorosa para falar e cantar. Mudar esse registro sem machucar as cordas vocais não foi nada fácil”.

4 – O ELENCO

Tecnologia e inovação podem ser muito bacana, porém não se faz um bom espetáculo sem um grande elenco. Além do fantástico quarteto protagonista, o musical está recheado de talentos conhecidos do público que frequenta o teatro musical paulistano, entre eles, Dagoberto Feliz, Julio Assad, Lázaro Menezes, Mariana Gallindo, Matheus Paiva, Thiago Machado e Sérgio Rufino. Trinta artistas escolhidos entre 1.200 currículos – e uma orquestra com 14 músicos – integram o time em cena.



5 – A COREOGRAFIA 

“Todas as coreografias são inéditas e desenvolvidas especialmente para a montagem. Tudo pensado especialmente para o talento dos nossos artistas”, conta Kátia Barros, uma das coreógrafas do musical. Excepcionalmente para este projeto foram contratadas duas renomadas coreógrafas; Chris Matallo está responsável pela excelência nos números de sapateado. 


Um espetáculo de encher os olhos, com motivos que não acabam.

Não perca “Cantando na Chuva”, no Teatro Santander!

Serviço

Local: Teatro Santander – Complexo do Shopping JK / Av. Juscelino Kubitschek, 2041 – Itaim Bibi / SP
Temporada: Até 26/11
Sessões: Qui e Sex às 21h | Sáb às 17h e 21h | Dom às 16h e 20h
Ingressos: Na bilheteria do teatro ou ingressorapido.com.br / entretix.com.br
Classificação Etária: livre (menores de 12 anos permitida a entrada acompanhados dos pais ou responsáveis legais)
Duração: 2h30 em 2 atos (com 15 minutos de intervalo)

Resenha: Cantando Na Chuva




Por colaboradora Nicole Gomez

O musical “Cantando na Chuva”, uma adaptação para os palcos do original, promete deixar o público que estará assistindo a partir do mês de agosto, de boca aberta. Um verdadeiro show de dança, luzes e até chuva no palco fazem parte deste espetáculo, que tem direção de Fred Hanson e versão brasileira da já icônica Mariana Elisabetsky e Victor Muhlethaler.

Foto: Divulgação

A história começa na Hollywood dos anos 20, onde o cinema falado sequer havia sido lançado. O casal de maior sucesso era Don Lockwood e Lina Lamont, interpretados brilhantemente por Jarbas Homem de Mello e Claudia Raia, que vivem um relacionamento de aparências, onde Don se descobre preso após conhecer Kathy Selden (Bruna Guerin). Com a chegada do cinema falado a Hollywood, Don e Lia precisam descobrir uma forma de se manter no topo, já que Lina não é bem o que aparenta ser para os fãs. Para isso, recebem ajuda de Kathy e Cosmo Brown, interpretado por Reiner Tenente.



O espetáculo reúne grande elenco, que traz nomes como Lázaro Menezes, Thiago Machado (indicado ao prêmio de melhor ator pelo prêmio Bibi Ferreira deste ano), Matheus Braga, Sergio Rufino, entre outros. Jarbas, que por si só dispensa apresentações e comentários, se mostra mais uma vez um ator versátil, que apresenta no palco muita dança, passando pelo sapateado, com muita graça e naturalidade. A emoção fica por conta do número “Cantando na Chuva”, onde o palco ganha uma verdadeira tempestade. Nele, momento em que a plateia não só vê a chuva, como também sente, devido a brincadeiras de Jarbas com a orquestra e o próprio público, o ator mostra a naturalidade de quem sequer necessita de ensaios. Mas eles existem e muito! Isso pode ser visto nas redes sociais do musical e do ator, viu?

Raia encarou o papel de uma divertida e um pouquinho desafinada atriz, com voz estridente e engraçada. As cenas com ela são, com certeza, garantia de diversão e risadas!

A dupla Don Lockwood e Cosmo Brown também chama muita atenção pela sintonia entre Jarbas e Reiner Tenente, que o tempo todo arrancam gargalhadas da plateia, além de fazerem um número de sapateado incrível. Mas a dança não para por aí! Lázaro Menezes e Matheus Braga também apresentam seu número lindamente, com muita naturalidade.

Este é, sem dúvida, um musical de grande estrutura, feito com muito cuidado desde a equipe que cuida para que tudo esteja alinhado, até os próprios atores. Ao chegar, você poderá observar que até mesmo as pessoas da produção estão vestidas a caráter, de boina e tudo. Um charme!

É imperdível e estreia no dia 12 de agosto.

Serviço:

Cantando na Chuva – O Musical

Onde: Teatro Santander – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – Itaim Bibi, São Paulo – SP, 04543-011

Ingressos: Telefone: (11) 4003-1022 ou https://www.ingressorapido.com.br/

Porque sempre é delicioso assistir Cantando Na Chuva!




Por colaboradora: Mila Poci

E antes de ver La La Land….

Clássico! Todas as cenas, falas, cenários, figurinos são clássicos. Pegue sua pipoca, aconchegue-se no sofá e cante junto, ria de novo e de novo.

Foto: Divulgação

Diversão de primeira linha tem produção impecável, sem tecnologia avançada, mas conta com artistas de várias cearas; sejam cenógrafos, figuristas… Até os atores fazem um trabalho de artesãos, incluindo as divertidas cenas de “meta-cinema”; com um pouco de história do entretenimento, e a surpreendente (e fantasiosa, mas para isso vemos filmes, não?!) invenção da dublagem…

Gene Kelly, impecável bailarino e coreógrafo, já investia na direção, neste Cantando na Chuva. Impossível não se lembrar da cena da música tema; copiada até a exaustão; faz um galã de filmes mudos sensível, de passado mambembe que agora famoso, tem a carreira ameaçada pelo recém-inventado cinema falado; comprometendo também seu inseparável amigo o músico Cosmo (Donald O’Connor); que perderá o emprego como criador de trilhas sonoras. E não é só isso: sua  parceira de cena, tão linda quanto de dotes artísticos limitados; tem voz horrível.

Foto: Divulgação

Por feliz coincidência; entra em cena a aspirante a atriz Kathy (Debbie Reynolds, a mãe da “princesa Lea”—Carrie Fisher; de uma graça e delicadeza que permaneceram até seu falecimento, este ano; aos 84), baixinha e de boa voz; arrebatando o coração de Don (Gene kelly). Está aí montado o triângulo amoroso, a tradicional história da gata borralheira e pano de fundo pra canções lindas, enfeitadas por figurinos fantásticos e coreografias encantadoras.

Volte ao bom cinema de 1952 e viaje aos anos 20. Mais clássico impossível!