Stephen King é tema de mostra no CCBB


Créditos: Divulgação


O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro realiza a mostra STEPHEN KING: O MEDO É SEU MELHOR COMPANHEIRO, de 24 de julho a 19 de agosto. Serão exibidas 41 produções, entre filmes, telefilmes e minisséries, baseadas nas obras do autor, além de cinco filmes que foram referência para seu trabalho.

Com a mostra, o público brasileiro, especialmente os fãs do autor, terá a oportunidade de debater sua obra, discutir sobre o seu processo criativo e analisar as adaptações dos seus livros para o cinema e para a televisão. Além disso, as exibições também pretendem estimular a leitura, já que a grande maioria dos filmes que compõem a seleção são baseados nos livros de Stephen King.

Créditos: Divulgação

Com ingressos a preços acessíveis e algumas sessões gratuitas, a mostra será apresentada também no CCBB São Paulo, de 4 a 30 de setembro, e no CCBB Brasília, de 8 de outubro a 3 de novembro.

SERVIÇO
STEPHEN KING: O MEDO É SEU MELHOR COMPANHEIRO
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Data: de 24 de julho a 19 de agosto de 2019
Endereço: Rua Primeiro de Março 66, Centro, tel (21) 3808-2020
Salas de Cinema 1 (98 lugares) e 2 (50) lugares
Ingressos: R$10,00 (inteira) / R$5,00 (meia)
www.twitter.com/ccbb_rjwww.facebook.com.br/ccbb.rj

Carrie – A Estranha (2013)




Por Gabriel Antoniolli

Kimberly Pierce tinha uma possibilidade de fazer de Carrie (2013) algo diferente do que já haviam feito os outros dois diretores que fizeram filmes baseados na obra homônima de Stephen King. E fez. Mas não como se esperava. Ela tentou fazer algo com uma atmosfera tensa o tempo todo. Conseguiu, em partes. Mas provavelmente não chegará a atingir o público esperado.




(Foto: Divulgação) 

Sua versão da obra adapta o conto de King para o ano de 2013. Onde antes se via o bullying apenas na escola, Pierce adapta para a era globalizada onde o que está no mundo real está também no YouTube e aquela cena clássica do vestiário do começo tem esse toque de tecnologia.

Chloë Grace Moretz, a atriz que interpreta Carrie, não é estranha. Eu sei que o título é “Carrie, A Estranha” apenas em português no Brasil, mas estranha é algo tão relativo que não tem como não comparar com a atriz em si. 

Carrie é estranha apenas para quem não entende o que sua mãe faz com ela e aí, entrando num mérito totalmente superficial a respeito da escolha da atriz às opiniões dos colegas de escola de Carrie, eu concordo com a denominação.

Afinal, o que faz Carrie de tão estranho (além de ter poderes paranormais)?

(Foto: http://5throwjoe.com/review-carrie-2013)

Sua mãe, interpretada por Julianne Moore, sim, é estranha. A senhora White prega a fé religiosa extremista e não hesita em falar que Carrie não poderá pecar. 

Ao saber da primeira menstruação da menina, não hesita em acusá-la de pecadora. ORA, senhora White, mas que hipócrita: você é realmente tão ignorante a ponto de realmente acusar Carrie por algo que seu corpo iria passar, certo? Foras, gostei da atuação de Moore. Conseguiu dar profundidade ao papel da mãe e me fez ter ainda mais desprezo pela personagem.

(Foto: Diário de Pernambuco)

Claro que Carrie se vê em um dilema: sua mãe ou sua vida? Ela acaba sendo alvo de zoação da escola toda pelo que aconteceu no vestiário quando de repente o cara mais popular da escola o convida para o baile de formatura – nade menos do que o sonho de qualquer menina americana com 14 anos. E ela vai. E lá shit happens. 

O diferencial da versão de Pierce é que – opa, spoiler! Mas quem não conhece a história, me desculpe, depois de tantos anos do lançamento do livro e do filme, está é muito atrasado – após a matança habitual de Carrie no baile de formatura o filme continua. Ficou meio trash, meio “Arraste-me para o Inferno” e sangue por toda a parte. Não que eu não goste, mas tudo em excesso é ruim. 
Até mesmo Carrie White se tornando serial killer de bullies. O que eu salvaria desse terceiro ato são alguns efeitos especiais, como a cena do carro que empina e entra com tudo na cabine telefônica. Fora isso, muito barulho pra nada.

(Foto: Cinetoscopio)

Antes do lançamento do filme, li por aí que Carrie havia sido transformada praticamente num X-Men. É bem por aí, infelizmente.