“Dom Pedro I – Bastidores de um Musical” estreia em novo formato


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“Dom Pedro I – Bastidores de um Musical” é o mais novo musical brasileiro, em formato de podcast, com músicas e letras de Wladimir Pinheiro e Cássia Raquel, e direção e roteiro de Glauver Souza.

Formato ainda inédito no Brasil, “Dom Pedro I – Bastidores de um Musical” é um podcast em 4 episódios com mais de 15 canções originais que será distribuído gratuitamente e poderá ser acessado de qualquer lugar. A ideia é um projeto antigo do idealizador Rafael Nogueira, criador do podcast “Musical Cast”, que desejava há muito tempo reunir amigos para criar um musical nesse formato.

Com o início da pandemia e todos os teatros fechados, foi o momento mais propício para colocar o projeto em prática. O metamusical aborda os bastidores da montagem de um grande musical, começando pelas audições, passando pelos ensaios, até chegar ao dia da grande estreia. Porém, até esse momento, muitos conflitos e eventos preocupantes acontecerão nos bastidores, afetando candidatos, elenco e produção.

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É chegado o grande dia da audição para o musical “Dom Pedro I – Um Musical Brasileiro” e a produção está a postos esperando os participantes para as audições de canto e dança. O diretor Fernando Amadeu e sua fiel escudeira, a produtora Glória, estão agitados aguardando a chegada do ator que fará Dom Pedro I, um convidado da produção, o ator de novelas e galã Reginaldo Valêncio. Porém, enquanto as audições estão chegando ao fim, a grande estrela desaparece, colocando a produção em pânico e todo o elenco presente como suspeitos do desaparecimento do ator. Agora, além de se preocupar com a montagem desse espetáculo, a produção também precisará lidar com o sumiço repentino do protagonista convidado.

Episódios:
ATO 1 – Uma audição como outra qualquer
ATO 2 – Os miseráveis suspeitos
ATO 3 – Esse ensaio é um crime
ATO 4 – Esse musical é um sucesso

Elenco:
Wladimir Pinheiro (Felipe Rômulo/Dom Pedro I)
Cássia Raquel (Suzane Lins/Domitila)
Rodrigo Naice (Reginaldo Valêncio/Narrador)
Marino Rocha (Fernando Amadeu – o diretor)
Ana Nehan (Glória – a produtora/Judite)
Larissa Carneiro (Miriam)
Carol Berres (Fabiana)
Jessé Bueno (Julio Vieira/José Bonifácio)
Lucas Cândido (Wagner Rios/Cipriano Barata)
André Luiz Odin (Afonso Marcos/Padilha)

Serviço do podcast musical:
Disponível em todas as plataformas digitais.
https://linktr.ee/dompedromusical
http://www.instagram.com/dompedromusical

Beyoncé é a estrela homenageada do “Teatro Musical Canta”

Beyoncé é a estrela homenageada do "Teatro Musical Canta"

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A pandemia que colocou o ano de 2020 no pause mexeu com o ritmo de muitas pessoas, e foi pensando justamente nisso que nasceu o ‘Teatro Musical Canta‘, projeto digital que estreou há sete meses e buscou formas de movimentar as coisas, não deixando os fãs e artistas do gênero parados. Somando mais de oito horas de conteúdo e mais de 130 mil visualizações, a atração realiza na próxima semana uma homenagem a Beyoncé, um especial dividido em dois programas e com estreia marcada para os dias 21 e 22 de dezembro, às 21h, pelo canal do YouTube do Sessão Popular, realizador da iniciativa.

Com sete edições anteriores que celebraram a vida e carreira de grandes vozes femininas da pop music internacional, ‘Queen B‘, como é conhecida, completa o time de estrelas ao lado de Lady Gaga, Rihanna, Madonna, Taylor Swift, Mariah Carey, Whitney Houston e Ariana Grande. Juntas elas tiveram mais de 80 canções interpretadas por mais de 100 artistas do teatro musical brasileiro, entre jovens talentos e veteranos do meio, que se empenharam nas mais diferentes e criativas produções durante o período da quarentena, na segurança de suas casas, e explorando suas versatilidades ao soltarem a voz em repertórios bastante diferentes daqueles pelos quais são mais conhecidos.

Para a última edição do ano, foram convidados 37 artistas, entre nomes que já se haviam se apresentado e estreantes no programa, que revisitarão boa parte da discografia da diva, que se tornou mundialmente famosa em 1997, como vocalista do trio Destiny’s Child, antes de deslanchar em carreira solo seis anos depois e passar a emplacar dezenas de hits e colecionar títulos e prêmios, como ser a mulher com mais nomeações no Grammy Awards e também a primeira a ganhar seis prêmios em uma única noite, ou até mesmo ocupar o 4º lugar na lista das “100 celebridades mais poderosas e influentes do mundo“, pela revista Forbes.

Para explorar um repertório de quase 40 músicas, a primeira noite de apresentações reúne Edu Storm, Éric Augusto, Pedro Navarro, Artur Volpi, Ivan Parente, Laura Castro, Ana Araújo, Yasmin Calbo, Guil Anacleto, Laura Lobo, Nani Porto, Stacy Locatelli, Thais Piza, Myrthes Monteiro, Luciana Artrusi, Bruna Trajano, Letícia Soares, Camillo e Daniel Haidar. Já na segunda noite se apresentam no palco virtual Gui Figueiredo, Lara Suleiman, Thór Junior, Beto Sargentelli, Luiza Phoenix, Abner Depret, Anna Akisue, Murilo Armacollo, Edmundo Vitor, Ana Luiza, Gui Leal, Felipe Assis Brasil, José Dias, Carol Botelho, Luci Salutes, Cássia Raquel, Amanda Souza e Merícia Cassiano.

Para os fã da cantora, que também traz no currículo experiências marcantes no cinema como atriz, estrelando filmes musicais como ‘Dreamgirls‘ e ‘Cadillac Records‘ – onde interpretou Etta James -, ou dando voz à icônica leoa Nala, no live-action ‘O Rei Leão‘, da Disney, não ficarão de fora representantes destes três trabalhos, além claro, das mais icônicas como ‘Crazy in Love‘, ‘Listen‘, ‘Love on Top‘, ‘Halo‘ e até mesmo ‘Bootylicious‘, que passou a ser uma palavra do Oxford English Dictionary devido ao grande sucesso.

O ‘Teatro Musical Canta‘, que uniu os mundos da música pop com o teatro musical, e conquistou plateias virtuais de todas as idades com seu formato diferenciado, foi inspirado no projeto americano ‘Broadway Sings‘, mas apostou em referências dos antigos programas de música da TV, onde os clipes se misturavam a um conteúdo informativo sobre os artistas. Com apresentadores que se revezaram ao longo dos meses, a edição será apresentada por Guil Anacleto, e terá a participação especial de Luis Rodrigues, criador do canal Sessão Popular, lançado em 2018.

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Artistas do teatro musical brasileiro cantam Whitney Houston

Artistas do teatro musical brasileiro cantam Whitney Houston

Créditos: Divulgação


Dona de 425 prêmios, o que rende a ela a nomeação de artista feminina mais premiada de todos os tempos, a eterna diva Whitney Houston terá uma parte de seus 35 anos de carreira revisitados no 5º ‘Teatro Musical Canta‘, programa digital idealizado pelo veículo Sessão Popular, que já reuniu mais de 60 nomes conhecidos dos palcos no eixo Rio-São Paulo, e que terá sua exibição nesta sexta, 18, às 20h, pelo YouTube do canal.

A atração, inspirada no formato internacional ‘Broadway Sings‘, e que desde maio vem celebrando a trajetória de grandes cantoras da música pop internacional em apresentações inéditas, abrilhantadas por novos e consagrados talentos do teatro musical brasileiro, já relembrou sucessos de Lady Gaga, Rihanna, Madonna, Taylor Swift e agora reúne um novo time dos sonhos em uma edição de emocionantes e potentes vozes negras, que darão interpretações próprias para 17 sucessos eternizados pela estrela que vendeu mais de 200 milhões de discos, tendo sido reconhecida como a maior cantora da história graças aos seus poderosos vocais, que alcançavam altas extensões com naturalidade.

O programa será apresentado pelo ator e cantor convidado Guil Anacleto, que, além de conduzir as curiosidades sobre a vida e obra de Houston, soltará a voz ao lado de Alan Rocha, Amanda Souza, Analu Pimenta, Bárbara Sut, Filipe Inácio, Léo Araújo, Letícia Soares, Merícia Cassiano, Myrthes Monteiro, Tiago Barbosa e Vitor Moresco. O elenco conta ainda com Cássia Raquel, Edmundo Vitor, Guilherme Leal, Laura Castro e Luci Salutes, que retornam ao projeto.

Para os fãs da diva, conquistados não só através da música, mas também do cinema, em longas estrelados pela artista como o bem sucedido ‘O Guarda Costas‘, e também ‘Falando de Amor‘, ‘Um Anjo em Minha Vida‘, ‘Cinderella‘ e ‘Sparkle: O Brilho de Uma Estrela‘ – todos com trilhas embaladas por sua voz –, não ficam de fora do programa sucessos como ‘I Will Always Love You‘, ‘Greatest Love Of All‘, ‘Didn’t We Almost Have It All‘, ‘Run To You‘, ‘I Have Notting‘, e até mesmo uma interpretação especial de ‘Home‘, do musical ‘The Wiz‘, que marca a primeira aparição da pupila do produtor Clive Davis na TV, em 1983.

Para assistir esta e as edições anteriores do programa digital ‘Teatro Musical Canta‘, e acompanhar as próximas atrações, acesse aqui!

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Entrevista Projeto #Elenco60: Cássia Raquel




Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre atriz e cantora Cássia Raquel
Por Leina Mara
Divulgação/60! Doc. Musical – Caio Gallucci

Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc. Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. 

“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.

No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com Cássia Raquel.








Foto: Divulgação




Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical. 

Minha base é a música evangélica; Estudei Canto Lírico na UFRJ e ganhei muita maturidade vocal. Em 2010 estreei “Hair” com Moeller & Botelho, em seguida me convidaram para Milton Nascimento – Nada Será Como Antes e não parei mais. Estou no meu 11° espetáculo e ainda tenho muito o que aprender. 


Como Dona Barata em A Galinha Pintadinha em Ovo de Novo – Foto: Camila Maia

Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de atriz? Existe algum papel que ainda almeja interpretar? 

Tenho muitos… Will Smith que além de rapper, tinha sua própria série, a Madonna que interpretou Evita, um papel bem diferente da maioria dos seus clipes, Barbra Streisand que faz shows até hoje… Quanto a papéis..Eu prefiro fazer peças genuinamente brasileiras, personagem criados para mim, como foi no Milton, e aqui no 60.

Em “Milton Nascimento Nada Será Como Antes” – O Musical  – Foto: Arquivo Pessoal

Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical? 

Tive muita liberdade para criar em todas as minhas aparições, tanto a de grupo quanto os solos. O “Aquarela” por exemplo, estávamos fazendo um corrido e não havíamos marcado a minha cena. Então propus uns movimentos e acabou ficando. Até algumas brincadeiras se tornaram marcas, como a voz do Michael Jackson criança, o “buá buá” na cena do cinema. Foi leve e gratificante. Um elenco que se reunia pra tudo e se resolvia em qualquer dificuldade. Além de poder fazer coisas que em outros lugares só seriam feito por brancos.

Como Christie ( Barbie Negra) em 60! Doc Musical – Foto: Caio Gallucci

Qual sua parte favorita no musical? Por que? 

As noivas. É muito feminista poder dizer que não precisa de homem algum pra ser feliz. Não sofrer por alguém que te trocou. É bem parecido com minha vida real. Na temporada anterior eu me divertia muito fazendo o sapateado. Muito colorido e diferente ao ponto das pessoas acharem que eu realmente sapateava hahaha. Hoje faço um plot diferente, então não faço mais essa cena.

Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa? 

É uma delícia. Uma pessoa super do bem, que brinca com a gente sem estrelismos, além de que ela deu conta de 3 temporadas seguidas com a voz impecável e energia sempre pra cima. Meus pais acompanharam sua carreira, então eu sabia todas as letras de cor. Inclusive durante os ensaios eu cantava as músicas dela pra gente ter noção do tempo total do show.
Em seu solo “Aquarela do Brasil” em 60! Década de Arromba – Foto: Divulgação


Quais seus planos futuros?
Tantos..Mas, com certeza : fazer um espetáculo internacional.

Como Fantine na última montagem de Les Misérables da T4F – Foto: Divulgação

Os Encantos de Cassia Raquel




Por Rodrigo Medeiros

Um talento encantador e com destaque no Teatro Musical Brasileiro a sete anos, atualmente integra o elenco como cover das duas personagens femininas principais de Les Misérables, em cartaz na capital paulista. Cássia Raquel entrou no ramo dos musicais e nunca mais saiu!

Foto: Divulgação

Com os diretores Möeller & Botelho, mais reconhecidos da área, fez “Hair”, “Milton Nascimento – nada será como antes”, “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos” e “Beatles num céu de diamantes”. Participou da turnê “New York New York” sob a batuta de Marconi Araújo e direção de José Possi Neto. Interpretou Sarah Vaughan em “Simonal – Simbora o musical” e protagonizou o infantil “Galinha Pintadinha em Ovo de novo” de Ernesto Piccolo. Emprestou sua voz para várias trilhas sonoras de novela, filme e peças teatrais, como Gaby Estrela e Topo da Montanha, Anina, Odd Squad entre outros. Seu trabalho mais recente foi em “60 Década de Arromba – Doc Musical” produzido e dirigido por Frederico Reder da Brain+.

Em Simonal Simbora – O Musical | Foto: Divulgação

Estudou canto lírico na UFRJ e leciona canto em algumas escolas de artes no Rio de Janeiro. Até hoje as pessoas reconhecem pelo programa de calouros da Record, Ídolos 2008. Cassia separou um pouco do seu tempo para responder 5 perguntas para o Acesso Cultural. Confira!

Acesso Cultural: Conte um pouco a sua trajetória na música e como foi parar no Teatro Musical?
Cassia Rachel: Meus pais sempre me incentivaram a cantar e costumávamos cantar em família e nas igrejas que frequentávamos. Me interessei por bateria ainda adolescente e aprendi a tocar nos cultos por conta própria. Estudei clarinete aos 15 anos para ser Sargento da Aeronáutica. No ano seguinte, desenvolvi a técnica de canto lírico e me preparei para entrar na UFRJ. Alguns colegas da turma comentaram sobre as audições de Hair e fiz o teste. Desde então, emendei trabalhos e minha carreira neste mercado se consolidou.

AC: Você já trabalhou com grandes nomes do Teatro Musical Brasileiro em especial Charles Möeller e Claudio Botelho. Como é trabalhar com eles? 

CR: Eu os valorizo e os defendo sempre, não apenas por terem me dado a primeira oportunidade, mas porque admiro toda a estrada percorrida por eles. Eles usam linguagem simples e eu consigo atingir o objetivo bem rápido. Me adaptei com facilidade a metodologia, a forma de fazer cronograma de ensaios e por respeitar os limites do ator, entendendo a importância do descanso também. No total fiz 4 espetáculos, 3 de câmara. Eles confiam em mim e isso me dá um gás extra para estar bem confortável em cena.

Em cena no musical Milton Nascimento – Nada Será como Antes de Moller e Botelho | Foto: Divulgação

AC: Milton Nascimento – Nada Será Como Antes foi seu grande destaque no Teatro Musical Brasileiro. Conte um pouco sobre essa experiência!

CR: Recebi o convite no fim da temporada de Hair em SP e prontamente aceitei. Muitas pessoas que me conheciam apenas do gospel ou por programa de TV, passaram a me reconhecer como atriz e me acompanhar. Foi através deste espetáculo que o preconceito com musicais de muitos se quebrou e passaram a visitar mais os teatros. Coincidiu com o período em que meu pai adoeceu e partiu. Foi difícil me dividir entre ensaios e idas ao hospital. Provei ali o meu profissionalismo pois não me permitia ficar abalada nem me entregar pela metade. É um projeto com vida longa e mesmo com algumas interrupções e mudanças de elenco, não perdeu sua força! Além de que foi meu único trabalho que teve gravação de CD e tem disponível em plataformas digitais.

AC: Você é uma das principais atrizes negras de destaque no Teatro Musical. Como você vê o mercado para atrizes do seu perfil? 

CR: Até pouco tempo atrás, ainda era comum ver os negros interpretando os mesmos tipos de personagens. Hoje, a visão se expandiu e conseguem nos enxergar fazendo diversos tipos de papéis. Meu perfil também é magra, baixinha, que aparente ter menos idade. Basta ter oportunidade para mostrar que sei fazer outras coisas além do estereótipo. Quando fiz o infantil da Galinha Pintadinha, mostrei que tinha ‘time’ de comédia e sei cantar sem fazer firulas.


Quantas vezes eu ouvi que eu era uma negra bonita por ter traços finos! Ora, se eu tivesse um nariz “batatudo” e lábios grossos, não seria aprovada? O meu cabelo crespo não é aceitável? São muitas questões que enfrento desde que me entendo por gente e nesse meio não é diferente. Em muitos elencos eu era a única ou uma das poucas negras. Eu era minoria. Meu talento é avaliado através da cor da minha pele desde o momento que entrego currículo com foto.

Bato palmas pela iniciativa de Love Story (fui aprovada, mas não pude conciliar), que foi feito com o elenco inteiro de negros. Tem uma galera muito boa, porém ainda inexperiente por falta de incentivo.

Ainda vemos produções brasileiras ambientadas aqui no nosso país, parecendo que está retratando uma história europeia. Infelizmente, causaria estranheza se eu fizesse Cinderela, por exemplo.

Me identifico com o discurso da Viola Davis recebendo seus prêmios. Aos poucos, estamos rompendo com essa barreira! Capacidade nós temos, beleza também. Falta interesse.

AC: Você recentemente estava em cartaz com o “60! Década de Arromba” e saiu da produção para fazer o Les Misérables. Nos conta o processo do 60! e a importância que o espetáculo teve na sua trajetória profissional? 

CR: Foi uma das melhoras coisas que o destino me reservou. Dividir o palco com amigos, ter pessoas bacanas no camarim, equipe criativa de respeito, produção amável. Até na minha despedida teve festa porque as colegas entendiam e apoiavam minha escolha de ir fazer um clássico.

O grupo timbrou de primeira!!! Nossos encontros eram muito divertidos e isso era completamente perceptível. Era prazeroso fazer e nem se incomodávamos de estar cansados. Cada cena eu entrava com uma peruca mais incrível que a anterior.

Em cena como Cristie (A primeira Barbie negra) no 60! Década de Arromba Doc.Musical | Foto: Divulgação

Eu ouvia aquelas músicas em casa desde pequena e sabia todas de cór. Os meus figurinos eram um escândalo! O cenário um capricho, os arranjos e coreografias belíssimos. Os meus números eram a minha cara e eu não fui impedida de dar minha interpretação e isso resultava num caloroso aplauso da plateia. Me divertia fazendo a Barbie, me sentia Diva no Aquarela… Quero voltar para fazer os 70 e o 80!!! Experiências como essa merecem repeteco. Sou muita grata ao Fred Reder por ter me recebido tão bem e ter abençoado minha saída.