Em Vira-Lata de Raça, Ney Matogrosso narra a própria vida e fala de Cazuza




Por Nicole Gomez

O livro Vira-Lata de Raça, que fala sobre a vida do ícone Ney Matogrosso, não se trata exatamente de uma autobiografia, embora seja escrito em primeira pessoa. O poeta, escritor e jornalista Ramon Nunes Mello pesquisou entrevistas concedidas por Ney à imprensa, ao longo de sua carreira. Com essas informações em mãos, o autor realizou três grandes entrevistas com o próprio Ney. Além dos textos, a obra reúne 70 fotos e discografia completa.
Foto: Reprodução

O livro é estruturado em uma espécie de linha do tempo de vida e carreira de Ney Matogrosso, contando também algumas curiosidades que o grande público ainda não teve acesso. Entre essas histórias, a de uma moça com quem ele tinha se relacionado na adolescência que apareceu na casa de sua mãe com sua suposta filha, um ano depois de ele sair de casa. 
O livro conta ainda, a temporada na qual Ney esteve em Brasília, no início dos anos 60. Foi um período importante na vida do artista, pois foi na qual ele teve sua primeira experiência sexual com um homem e experimentou maconha. Lá também teve o primeiro contato com a morte, quando começou a cuidar de crianças em estado terminal, no Hospital de Base. 
Foto: Reprodução
Entre as passagens na ordem cronológica, há também alguns capítulos com temas específicos, que sempre geram o interesse dos fãs. Um deles é Cazuza, um dos grandes e poucos amores da vida de Matogrosso. 
SERVIÇO:
Vira-Lata de Raça
Autor: Ney Matogrosso
Editora: Editora Tordesilhas 
288 páginas
R$ 44,90

15 Perguntas para Diego Montez


Créditos: Rodrigo Bueno/Acesso Cultural


A veia artística está no sangue. Filho do apresentador Wagner Montes e da atriz e ex-modelo Sonia Lima, o paulista natural de Cotia tem talento de sobra. Desde 2010, Diego Montez tem brilhado na TV e nas produções de teatro musical. Ator e roteirista formado, o jovem de 26 anos tem um público enorme de crianças e adolescentes por seus papéis televisivos, como Murilo de “Rebelde” (RecordTV/2012) e Tomas de “Cúmplices de Um Resgate” (SBT/2015). Nos palcos atuou em musicais importantes, entre eles: “Cazuza, Pro dia Nascer Feliz” (2013), “Wicked” (2016),  “RENT” (2016/17) e protagonizou a montagem nacional de “Rock of Ages” (“A Era do Rock”) no final do primeiro semestre de 2017. Atualmente segue em cartaz no Teatro Renault, no papel do carteiro Rolf Gruber, crush de Larissa Manoela em “A Noviça Rebelde”.

Ex-namorado da atriz Myra Ruiz? Amante da cultura geek? Cover de Green Day? Hora de conhecer um pouco mais de Diego Montez!

Créditos: Rodrigo Bueno/Acesso Cultural

01 – Acesso Cultural – Tarde de fotos no ‘Beco do Batman’. Além de ser um lugar que respira arte de rua tem o nome de um super-herói. E você é supergeek! Conta pra gente sobre suas coleções e quais personagens da cultura geek você mais gosta?

Diego Montez: Eu sou!! Tinha uma coleção de quadrinhos em Cotia que tive que me desfazer quando mudei pra SP. Ganhei uma grana boa no sebo, rs. Eu coleciono Funkos faz tanto tempo… e o meu favorito é sem dúvida um personalizado da Angel (minha personagem em “RENT”), que eu ganhei e guardo até em uma estante diferente. Agora, escolher UM personagem da cultura geek é tão difícil! Essa resposta vai ser bem ‘siri com toddy’, mas vou ficar com: L de “Death Note”, Olaf de “Desventuras em Série” e Jubileu de “X-Men”.

02 – AC: Além de turístico, o Beco virou point para ensaios de editoriais de moda. Como é a sua relação com a moda e o seu estilo? O que não pode faltar no seu guarda-roupa?  

DM: Eu confesso que era mais ligado nisso antes. Hoje em dia opto pelo conforto mesmo, mas gosto de roupas que animam meu dia. Exemplo: Estou respondendo essa entrevista na fila da prefeitura, olho para minhas meias com desenhos de burritos e tacos e já melhora meu humor. Acho que meias. Meias não podem faltar.

Créditos: Rodrigo Bueno/Acesso Cultural

03 – AC: Tanto para fazer o príncipe Fiyero (“Wicked”) e a drag Angel (“RENT”) você precisou perder vários quilos. Como funciona sua rotina e alimentação nesta fase pré-estreia?, para um ex-gordinho não deve ser nada fácil. 

DM: A questão é que eu amo comer. Não é nem algo compulsivo, mas sou muito disciplinado e focado. Para Angel foram 8 quilos. Perdi muito músculo, massa magra. Dois dias por semana eu tomava apenas líquidos para trazer o visual que eu sentia que faria aquela personagem comunicar mais. Quando fui pro “Chacrinha” pude recuperar o corpo com mais calma; voltei pra academia de fato só quando entrei no “2 Filhos de Francisco”. É uma luta!

04 – AC: Você já comentou que participa de um grupo no whatsapp onde estão os intérpretes de Angels pelo mundo. Como foi essa relação e troca de experiências pré, durante e pós-participação em “Rent no Brasil”? 

DM: Nos falamos no mínimo semanalmente até hoje. Até porque enquanto estava em cartaz, apenas Luís e Ronny (México e Panamá) estavam simultaneamente. Mas somos em muitos e trocar fotos, áudios e conhecimentos sobre foi algo muito enriquecedor para meu trabalho. Luís eu já conhecia, pois havia feito “Wicked” lá no México. Ele foi o único que conheci pessoalmente e tenho um contato maior e amizade.

Montez e Myra no backstage do Teatro Renault (Foto: Reprodução / Instagram @dimontez)

05 – AC: Em “Wicked”, alternadamente você fazia par com Myra Ruiz (Elphaba), uma das suas melhores amigas. Imagino que seja engraçado a hora do beijo na boca e fazer o casalzinho apaixonado. Como era isso para vocês? Tem alguma história hilária de bastidores ou que aconteceu em cena que você pode compartilhar com a gente? 

DM: Acho que ela me mata! (risos), mas são muitas histórias. Myra e eu fomos namorados antes de amigos (!) então ainda tem esse fator. Beijar sua melhor amiga, 10 anos depois e verde é indescritível. Só sei que ela riu e ficou um tempo no beijo para o público não perceber, porém a segurança que ela me deu, sendo a titular e ali minha estreia de Fiyero, sem preço.

06 – AC: Depois do estrondoso sucesso de “Wicked”, veio o protagonista de “A Era do Rock” no papel do Drew Boley, um aspirante a roqueiro. Você já teve o sonho de ter uma banda de rock também? O que mais te identificava com o Drew? 

DM: Eu sonhava em fazer “Rock Of Ages”. Amava a peça e assisti 6 vezes na Broadway. Nunca me imaginei como Drew, confesso. O Lonny era o personagem que me atraía! Mas depois de conhecer ele “de perto”, descobri tantas coisas em comum. Eu tive uma banda cover de Green Day no colégio. Não deu muito certo, claro.

Com os cabelos ao vento como Drew em “A Era do Rock”  (Foto: Reprodução / Instagram @dimontez)

07 – AC: Diferente de outros filhos de famosos, você optou por mudar uma letra do sobrenome e a entonação. Por que? 

DM: Eu nunca quis me desligar dos meus pais. Seria impossível. Sempre quis ter minha própria identidade e “Montez com Z” já tava na família, então eu segui com ele. Tenho muito orgulho da trajetória dos dois.

08 – AC: Falando em família, quando criança você já demonstrava a mesma veia artística dos pais? Quando você decidiu ser ator eles te incentivaram a seguir carreira? Lembra dos primeiros conselhos? 

DM: A real é que eu queria ser roteirista e estar por trás das câmeras. Tanto que entrei – e me formei – em Rádio e TV pra isso. Mas minha mãe queria que tivesse uma segunda opção, então ela me colocou na escola de teatro. Sim, a segunda opção que minha mãe escolheu pra mim foi ser ator. Então ela é a culpada!

Foto de família com o meio-irmão Wagner Montes Filho, o pai Wagner Montes e a mãe Sonia Lima  (Foto: Reprodução / Instagram @dimontez)

09 – AC: Você transita entre TV e teatro, acostumado a fazer os dois ao mesmo tempo. O que te fascina em cada um?  

DM: Teatro tem a reação imediata do público. Receber de volta a energia que você emana é único. E na TV o atrativo é o novo: novas tramas, novas relações, reviravoltas inesperadas. Além de seu trabalho alcançar mais pessoas obviamente. Os dois me dão um retorno MUITO gratificante.

10 – AC: E quando veio a paixão pelo teatro musical? 

DM: Aqui a culpada é a Myra! Eu já amava o gênero, mas não tinha muito contato. Quando fui chamado para um teste de musical e fui correr atrás para estudar canto e dança – já estava me formando ator no (Centro de Artes de Educação) “Célia Helena’. No “Teenbroadway” – escola de teatro musical de Maiza Tempesta – conheci muitas pessoas que eram apaixonadas por musicais e com muita bagagem. Myra era uma dessas pessoas e me ensinou muito.

Créditos: Rodrigo Bueno/Acesso Cultural

11 – AC: Agora você também é um youtuber, vamos falar de “Topa Tudo Por Diego”. A ideia do nome brincando com o título do programa do seu padrinho Sílvio Santos surgiu rápida ou ficou entre outros nomes? Para quem ainda não assistiu nenhum vídeo, como você apresentaria o canal? Desafio: Escolha somente 1 vídeo para enaltecer e postarmos aqui.

DM: Preciso confessar: o título não é meu. Na verdade, eu tinha pensado exatamente em TOPA TUDO POR DIEGO, mas como passa muita coisa ruim na minha cabeça, achei melhor deixar pra lá. Foi quando pedi ajuda para uma amiga que considero genial, Thati Lopes. Thati é uma atriz que sempre foi inspiração pra mim. E ela falou: “porque você não brinca com isso, com suas raízes…Topa Tudo por Diego hahaha”. Então bati o martelo. O canal mudou muito durante as três temporadas. Tem alguns vídeos que tenho muito carinho por: gosto dos de “Reação aos strips de Rebelde”, gosto muito do “Coisas que não se pede a ninguém” porque considero um serviço público (risos). Como citamos muito ela nessa entrevista, vou deixar aqui o “UMA PALAVRA, UMA MÚSICA” com Myra Ruiz. (assista o vídeo na íntegra no rodapé)

12 – AC: Nos vídeos do canal, você comenta de um livro que está escrevendo, pode falar mais sobre ele? 

DM: Quanto ao livro, é uma ficção infanto-juvenil, prometi pra mim mesmo que desse ano não passa.

13 – AC: Agora você está em cartaz na nova montagem do musical “A Noviça Rebelde”. Como é fazer par romântico com Larissa Manoela, o casal Rolf Gruber e Liesl von Trapp? 

DM: Eu já conhecia a Lari. Havíamos trabalhado juntos em “Cúmplices de Um Resgate” (SBT). No primeiro dia de ensaio já me senti tão confortável com ela, aprendo tanto… Eu espero que as pessoas sintam a mesma diversão e leveza que a gente teve no processo de criação.

14 – AC: No filme “A Noviça Rebelde”, entre o amor/proteger Liesl e a razão/dever com os nazistas, Rolf fica do lado da razão. Você já esteve em alguma situação que a razão falou mais alto? 

DM: Eu raríssimas vezes escuto a razão (risos). Mas preciso dizer que o tempo tem me mostrado que a melhor coisa é definitivamente o equilíbrio.

 

15 – AC: Após tantas conquistas, o que você diria para o pequeno Diego de Cotia? 

DM: Um dos melhores clichês que já li: “Faça. Vão te criticar do mesmo jeito”. Ah! E estude. Ah!! E estude dança também. E Ah! Vai ter uma galera que vai querer te bater no segundo colegial, evite a escola nas primeiras semanas de setembro.

Créditos: Rodrigo/Acesso Cultural

Em breve Diego também poderá ser visto na nova série jovem do SBT com Disney Channel, chamada “Z4”. Mais um vilão vindo por aí na carreira do ator, entretanto vamos deixar para falar dessa novidade mais perto da estreia, marcada para segunda quinzena de julho.

Fique ligado aqui no Acesso Cultural, porque ainda esta semana postaremos a segunda parte da entrevista, divertida e com perguntas bem inusitadas, assim como o “Topa Tudo Por Diego”!!​​

Marcelo Quintanilha lança Caju em homenagem a Cazuza




Por Nicole Gomez

Você sabia que o cantor Cazuza, que até hoje mexe com os corações de multidões, tinha outro apelido? É que, para os amigos mais próximos, ele era Caju. Foi isso que motivou o cantor, compositor e músico Marcelo Quintanilha a batizar seu álbum em homenagem aos 60 anos de Cazuza, comemorados no dia 4 de abril deste ano.

Foto: Divulgação

O álbum, intitulado Caju – Canções de Cazuza contará com canções de estúdio de Cazuza e do Barão Vermelho, que ganharão uma nova roupagem, com os arranjos criativos de Quintanilha, juntamente com o maestro Rodrigo Peteca. Além disso, o álbum conta com uma música inédita, de nome Caju, composta em homenagem a Cazuza.

Caju – Canções de Cazuza será lançado no dia 19 de janeiro pela gravadora Deck.

Theatro Net Rio recebe o show Alma Brasileira, de Diogo Nogueira em única apresentação




Por Leina Mara

Homenageando grandes nomes da música popular brasileira, o cantor Diogo Nogueira se apresenta no dia 05 de julho, no Theatro Net Rio.

Foto: Washington Possato

No repertório, Diogo relembra sucessos como “Porta Voz da Alegria”, “Alma Boêmia”, “Clareou” e a inédita “Tim Tim Por Tim Tim”, que faz parte da trilha sonora da novela da globo “A Força do Querer”. 

Diogo Nogueira homenageia nomes da MPB, como Djavan em “A Flor de Lis” e “Fato Consumado”, Cazuza em “Codinome Beija-Flor”, Gonzaguinha em “Sangrando”, Milton Nascimento em “Travessia” e Tim Maia em “Descobridor dos Sete Mares. Já no samba, Diogo interpreta Zeca Pagodinho em “Cabô Meu Pai” e “Uma Prova de Amor”, Roberto Ribeiro em “Inquilino do Universo” e, claro, seu pai João Nogueira em “Nó na Madeira”.

Serviço
Diogo Nogueira
Dia 5 de Julho
Quarta-feira às 21 hs
Classificação: 12 anos

*Consulte a disponibilidade dos setores.


Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência

Theatro NET Rio
Rua Siqueira Campos, 143 – Copacabana
Rio de Janeiro-Rio de Janeiro

Ponto de Venda Com Taxa de Conveniência
Descontos:
Cliente NET: Limitado a 4 ingressos por sessão.
Assinante CARAS: Limitado a 2 ingressos por sessão.
Associados DRT: Limitado a 1 ingresso por sessão somente na Bilheteria.

Associados AMAVE: Limitados a 2 ingressos por sessão somente na Bilheteria
Aplicativo APONTADOR: Limitado a 2 ingressos por sessão, para clientes que possuem app no celular.

Meia-Entrada: Estudantes, Idosos com 60 anos ou mais, Jovens pertencentes a Família de Baixa Renda, Pessoas com Deficiência, Professores e Profissionais da Rede Pública Municipal de Ensino.

Formas de Pagamento: Aceitamos todos os cartões de crédito e débito; e dinheiro. Não aceitamos cheques.

Universal Music lança Dia dos Namorados, música inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso




Música também ganhou clipe original e faz parte da coletânea “Cazuza Exagerado”, a partir de hoje nas lojas e serviços de streaming

Por Redação


A Universal Music lança hoje (12/06) o single e o clipe de “Dia dos Namorados”, uma canção inédita de Cazuza, com a participação de Ney Matogrosso. A faixa, que acaba de chegar às plataformas digitais, é o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, também disponível a partir de hoje nos formatos físico e digital, com músicas do artista sobre o vasto universo do amor. 

Crédito: Divulgação
“Dia dos Namorados” é uma composição de Cazuza (1958 – 1990) e Perinho Santana (1949 – 2012), gravada em julho de 1986, para o segundo álbum solo de Cazuza, “Só se for a dois”, mas ficou de fora do repertório final. A partir da gravação original, com a voz de Cazuza, o produtor Nilo Romero deu nova vida à canção e convidou Ney Matogrosso para dividir os vocais. Os dois cantores, que tiveram um breve romance, nunca chegaram a gravar juntos.
O novo clipe, que teve a direção do cineasta Leandro Corinto, foi gravado com vários casais de namorados e remete ao clima de amor, diversidade de relacionamentos e à ideia de que tudo está sempre em movimento. “A letra da música fala sobre o amor, a terra girar e o clipe segue esse conceito, de emocionar, provocar um sentimento de fraternidade e mostrar que o amor sempre esteve aí. Os atores são namorados de verdade e, nas filmagens, seguram um zootrópio, um aparelho óptico que permite visionar um movimento contínuo, para ter imagens girando. A ideia também foi brincar com instrumentos analógicos, numa época em que tudo é digital, com animação e uma mescla de linguagens”, explica o diretor. O álbum “Cazuza Exagerado” conta com 13 faixas e resgata grandes sucessos do cantor e compositor, como “Codinome Beija-Flor”, “Exagerado”, “O Nosso Amor a Gente Inventa” (Estória Romântica), “Faz parte do meu show”, e também algumas canções menos conhecidas, como “Cúmplice” e “Só se for a dois”.
Crédito: Divulgação
Mesmo em planos diferentes, as trajetórias de Cazuza e Ney Matogrosso estarão, para sempre, unidas. Namorados, ainda que por um breve periodo, os dois tinham/tem em comum a coragem e a lucidez de quem vive à frente dos seus tempos. Nada mais natural, portanto, que o veterano artista seja o intérprete escolhido para uma participação mais que especial em uma gravação inédita do “exagerado”. “Dia dos Namorados”, feita em parceria com Perinho Santana, ganhou peso com esse encontro e virou o carro-chefe da coletânea “Cazuza Exagerado”, novo lançamento da Universal, em CD e álbum digital.
Foi depois da gravação de Ney para a emblemática “Pro Dia Nascer Feliz”, em 1983, que as composições de Cazuza começaram a chamar atenção. O eterno camaleão da MPB faria outros registros, como os de “Porque Que a Gente é Assim?”, “Fratura Não Exposta” e “Tudo é Amor”, todos com Cazuza ainda entre nós. E foi ele que, em 1998, oito anos após a morte do artista, lançou uma letra inédita: a bela “Poema”. E seguiu discos afora recriando joias como “O Tempo Não Para” e “Mulher Sem Razão”.
Mas só agora, depois de mais de 30 anos de histórias, as vozes dos dois se unem. “Todo dia em qualquer lugar / Eu te encontro mesmo sem estar / O amor da gente é pra reparar / Nos recados que quem ama dá”, dizem os versos iniciais. “Se o planeta só quer rodar / Nesse eixo que a gente está / O amor da gente é pra se guardar / Com cuidado pra não quebrar”, segue a apaixonada letra. “Hoje é o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados / É o Dia dos Namorados / Dos perdidos e dos achados”, explode o refrão da canção.
Gravada originalmente em julho de 1986, “Dia dos Namorados” na época não entrou no disco “Só Se For a Dois”, de 1987. O “novo” registro, um tesouro até então guardado no fundo do baú, foi trazido à tona por um nome que conhece bem o universo do saudoso cantor: Nilo Romero. Um dos parceiros de Cazuza em clássicos como “Brasil” e “Solidão Que Nada”, é ele quem produz a faixa, além de ser o baixista e arranjador. Ao seu lado, figuram Billy Brandão (guitarras), Lourenço Monteiro (bateria), Rodrigo Tavares (teclados), Marlon Sette (trombone), Altair Martins (trumpete e flughel) e José Carlos Bigorna (sax tenor e flauta). O arranjo dos metais foi feito por Nilo e Rodrigo Tavares. E o resultado de tudo isso, com certeza, deixaria o poeta feliz.
Cazuza, entretanto, não era apenas um autor inspirado. Era também um cantor de voz marcante, que ia da suavidade de “Codinome Beija-Flor” à passionalidade de “Exagerado”. As duas, claro, estão incluídas na nova coletânea. E é assim, no mesmo clima de “Dia dos Namorados”, que o álbum “Cazuza Exagerado” revive todos os jeitos de amar do artista.

Crédito: Divulgação

Entre as 13 faixas, Cazuza é lembrado como intérprete em “O Mundo é um Moinho”, que ele gravou especialmente para o projeto “Cartola – Bate Outra Vez”, songbook do compositor mangueirense lançado em 1988. Os dois, não custa lembrar, eram quase homônimos em suas carteiras de identidade: Cazuza nasceu Agenor e Cartola, Angenor.
Por tudo isso, “Cazuza Exagerado” mostra como o artista não tinha medo de buscar o amor onde quer que estivesse. E a faixa “Dia dos Namorados” resume bem isso: “Diz que a era é pra sonhar / Que na Terra é só simplificar / O amor da gente é pra continuar / E a nossa força não vai parar”. Tempos atrás, Ney Matogrosso revelou à colunista Mônica Bérgamo, na Folha de São Paulo: “Eu conheci um Cazuza que poucos conheceram. Um Cazuza desarmado, que, na intimidade, era a pessoa mais doce, que era encantador, por quem me apaixonei. Era carinhoso, bonitinho, sabe? Ele confiava em mim. Sabia que o que eu sentia era de verdade”. Quando Cazuza nasceu, ele tinha 17 anos. O “exagerado” viveu apenas 32. Ney vai completar 76 em agosto. Mas o amor dos dois é pra continuar. E a força deles juntos não vai parar. Feliz eterno “Dia dos Namorados”.
Aperte o play e assista ao clipe!

Entrevista Exclusiva: 5 perguntas para Arthur Ienzura!




Por Kah Motoda

Além de se emocionar e cantar muito, quem assiste “O Musical Mamonas” corre o risco de sair suspirando pelos atores. Um deles é o ator Arthur Ienzura, que interpreta Sérgio Reoli, baterista do Mamonas Assassinas. Dono de um corpo que, definitivamente, chama a atenção, e uma voz de arrepiar, o carioca de 26 anos tem dado o que falar, seja no palco, com uma atuação excelente, ou fora dele, esbanjando simpatia.

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Arthur também já deu vida à Frejat, em “Cazuza – Pro dia nascer feliz, o musical”. Confira a entrevista com o ator!

Acesso Cultural: Você esteve em dois grandes musicais, interpretando pessoas muito queridas para o público. Como foi viver essa experiência?
Arthur Ienzura: Foi e está sendo muito gratificante. São dois ídolos meus da infância, então tem uma responsabilidade muito grande em ser eles no palco pra tantos outros fãs. 
AC: Os Mamonas Assassinas tem uma legião de fãs, apaixonados pelos integrantes, mesmo anos após sua morte. Qual foi a reação deles, após assistir o espetáculo?
AI: Eles gostam demais, as pessoas vêm agradecer dizendo “Acabei de assistir o show que eu nunca pude. Obrigado.” Isso é impagável.

No início nós tínhamos medo de qual seria a reação deles. Fomos muito julgados na internet por muita gente que dizia que nós não merecíamos estar lá. O que eles não entendiam é que a gente não queria e não quer de forma alguma substituir eles. O nosso trabalho é fazer uma homenagem a eles e aos fãs.

Foto: Divulgação
AC: Como é lidar com o assédio das fãs? Qual a situação mais engraçada e inesperada que já te aconteceu? 
AI: Hahhaha. É tranquilo. Sempre engordando a gente, trazendo mimos. Sempre nas primeiras filas, cantando e isso é bom pra plateia também, que se solta mais vendo essas loucas se divertindo na plateia. Teve uma que pediu o meu pirulito na hora das fotos hahah. Ousada né?!
AC: Durante a primeira temporada paulista, você mudou pra São Paulo. Como foi trocar de cidade, ainda que por pouco tempo?
AI: Foi incrível. Sempre quis vir pra cá e ficar uma temporada aqui. Quando vinha era sempre num bate e volta corrido pra fazer audição e não conseguia aproveitar a cidade. Mas morar 6 meses aqui foi muito bom pra mim. Consegui em paralelo ao Mamonas levantar um outro espetáculo meu que se chama “Meu Nome é Ernesto!” e que foi um sucesso.

Não troco o Rio por nada, mas pode ter certeza que São Paulo tem um lugar mais do que especial no meu coração.

Foto: Divulgação
AC: O que você gosta de fazer nas horas vagas?
AI: Como todo bom carioca passo bastante tempo na praia. Agora que estamos em cartaz durante a semana, aproveito pra ir assistir peças nos finais de semana.

Relembre os bastidores do musical com o nosso baterista fodão: