“DreamWorks Animation” chega ao Brasil em fevereiro


Kung Fu Panda (2008), artistas Nico Marlet (personagem), Raymond Zibach (cor) | © 2019 DreamWorks Animation LLC. Todos os direitos reservados.


DreamWorks Animation: A Exposição – Uma Jornada do Esboço à Tela chega em fevereiro de 2019 ao Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, onde fica em cartaz de 6/02 a 15/04. Já exibida em sete países, a mostra celebra duas décadas de criação do DreamWorks Animation, e seguirá ainda para o CCBB de Belo Horizonte, onde permanecerá de 15/05 a 29/07.

São 400 itens de acervo, incluindo um modelo de Night Fury, Toothless, do filme Como Treinar o Seu Dragão (2010). A exposição traz, também, itens raros e inéditos, como desenhos, storyboards, máscaras, mapas, fotografias, pôsteres, pinturas e artes originais, diretamente dos arquivos do DreamWorks Animation. Também serão exibidas entrevistas e imagens de bastidores que mostram como se dá o complexo e criativo processo do esboço de um desenho às telas.

Trolls (2016), artista Timothy Lamb| © 2019 DreamWorks Animation LLC. Todos os direitos reservados.

Da perspectiva dos insetos de FORMIGUINHAZ (1998), passando pelas técnicas de animação stop-motion com argila de Fuga das Galinhas (2000) até o mundo cheio de detalhes de Shrek (2001), vencedor do Oscar, além do universo musical e colorido de Trolls (2016), vencedor do Grammy, e das incríveis cenas de artes marciais de Kung Fu Panda 3 (2016), DreamWorks Animation: A Exposição tem inspiração nos filmes mais amados do estúdio, um dos maiores do mundo e que trabalha com técnicas únicas de animação.

Apesar de visualmente diferentes, todos os filmes têm em comum as três marcas registradas do DreamWorks: personagens icônicos, história original e um universo mágico onde tudo ganha vida. Por meio de experiências digitais imersivas os visitantes poderão explorar diferentes mundos, ver de perto as expressões faciais de personagens queridos e conferir efeitos visuais, sonoros e de iluminação de última geração, além de criar sua própria animação 2D.

DreamWorks Animation: A Exposição – Uma Jornada do Esboço à Tela foi criada pelo Australian Centre for the Moving Image (ACMI), de Melbourne (Austrália), em parceria com a Universal Brand Development e em nome do DreamWorks Animation. A mostra já passou por Austrália, Canadá, Coréia do Sul, México, Nova Zelândia, Cingapura e Taiwan. No Brasil, a entrada será gratuita nos CCBBs.

Estreia: peça Cárcere é apresentada pela primeira vez no RJ, no CCBB


Créditos: Valmir de Lara


Em circulação mundial há cinco anos e apresentada em quinze países, a peça Cárcere será realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro, de 17 de janeiro a 3 de março de 2019, no Centro Cultural Banco do Brasil/ CCBB-RJ.

O espetáculo, encenado pelo ator e diretor Vinícius Piedade, trata de uma semana na vida de um pianista que, privado da liberdade e de seu piano, será refém em uma rebelião iminente. No cárcere, ele vive em contagem regressiva e suas expectativas, impressões, lembranças, reflexões e sensações são expressadas em um diário iniciado em uma segunda-feira e encerrado quando estoura a rebelião, num domingo. Quem assina o texto é Saulo Lima e Vinícius Piedade. A trilha sonora é de Manuel Lima. A produção do monólogo é da Palavra Z.

Além disso, a narrativa de Cárcere é um convite para o público refletir a respeito das liberdades e prisões que nos rodeiam. “Meu diário é uma metáfora para casamentos aprisionantes, relações encarceradas, trabalhos acorrentadores, mentes algemadas, vidas encarceradas mesmo que em liberdade”, afirma o protagonista em cena.

A proposta estética da peça percorre diferentes camadas e linguagens, desde o humor corrosivo de um homem em estado de sítio a momentos essencialmente corporais. “Eu preferia tocar piano e dizer o que tenho para dizer em ritmo e disritmia, mas como aqui não tem piano eu escrevo, mesmo sem saber fazer poesia”. Por meio de uma linguagem acessível e visceral, a peça leva à cena camadas de profundidade que visam proporcionar ao público um mergulho em diferentes perspectivas de ser e estar preso. Ou livre.

O monólogo já foi encenado em festivais de teatro, como o 8th Theatre Olympics, na Índia, Tiyrano Medresesi Sirince, na Turquia, e no 11th Monodrama Festival, em Kiel, na Alemanha.

Créditos: Valmir de Lara

Concepção

Depois de percorrer alguns presídios do estado do Espírito Santo apresentando o espetáculo solo Carta de um Pirata, Vinícius Piedade propôs ao dramaturgo Saulo Ribeiro uma peça que refletisse sobre a liberdade pelos olhos de um pianista privado da sua e, assim, de sua arte e do seu piano. Na criação do texto, o coautor Saulo Ribeiro se baseou em acontecimentos reais dos quais teve conhecimento e vivência na época em que foi professor no sistema prisional.

Foi Ribeiro quem levou Vinícius aos presídios do Espírito Santo para se apresentar. Nessa busca de encontrar o público onde quer que esteja, a peça foi apresentada em presídios de seguros, de segurança média, femininos e de reabilitação. Depois das apresentações, desse encontro do artista e sua peça com esse público em situação limite, o ator quis expressar e investigar a liberdade.

Sua busca, que a princípio era simplesmente realizar a peça nesse contexto, por julgar o teatro uma arte de humanização, passou a ser investigar artisticamente essa questão. Para isso, contou com Ribeiro, historiador, escritor, advogado e ex-professor no sistema prisional. O processo de escrita da peça foi feita a quatro mãos.

O pianista Manuel Pessoa também foi uma figura decisiva nessa construção, sendo responsável pela criação musical que permeia toda a peça. A relação do ator com a trilha sonora é muito intensa, já́ que a música entra como um fator decisivo na estética de impacto. O fato de o preso ser pianista intensifica mais ainda a presença da música, que passeia em diferentes intensidades em consonância com os momentos vividos pelo preso.

SERVIÇO

Cárcere

De 17 de janeiro a 3 de março

Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro.

Telefone: (21) 3808.2020

De quinta a domingo, às 19h30

Teatro II

Capacidade: 153 lugares

Duração: 75 min

Ingressos: R$30, a inteira

Classificação Indicativa: 14 anos

Premiada companhia carioca ‘Os Dezequilibrados’ festeja 20 anos com nova peça


Créditos: Dalton Valério


O ano de 2019 começa com dupla comemoração: os 30 anos do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e os 20 anos da premiada companhia carioca Os Dezequilibrados. O grupo celebra as duas décadas com a estreia do seu 20º espetáculo, a comédia ‘Rio 2065,’ que fica em cartaz de 11 de janeiro (6ª feira) a 25 de fevereiro (2ª feira), no Teatro I do CCBB, no centro. O espetáculo tem direção de Ivan Sugahara e, além de integrantes do grupo (Ângela Câmara, Cristina Flores, José Karini e Letícia Isnard), traz quatro atores convidados: Alcemar Vieira, Guilherme Piva, Jorge Mayae Lucas Gouvêa– que alterna com José Karini.

O texto, de Pedro Brício – autor de destaque da cena nacional – faz uma retrato fictício do Rio em 2065, com a linguagem irreverente, bem-humorada e contemporânea que caracteriza a companhia. Para ele, “a peça é uma alegoria sobre as questões do presente, uma comédia rasgada que faz referência à linguagem do besteirol e filmes b, mas com um viés crítico que brinca com a ficção científica e dialoga com o século XVI.”

A trama principal gira em torno do cotidiano de Machado (José Karini/Lucas Gouvêa), um detetive policial, e sua parceira, a replicante Louise (Letícia Isnard). Eles tentam recuperar a cabeça do bispo calvinista, cortada pela índia Jacira (Cristina Flores). O público acompanha também a disputa entre duas escolas de carnaval: Acadêmicos de Araribóia, do carnavalesco Clóvis Bandeira (Jorge Maya) e da prefeita de Niterói, a francesa Catherine de Bregançon (Ângela Câmara), e a Unidos de São Sebastião, do carnavalesco Johnny Apoteose (Alcemar Vieira) e do prefeito do Rio, Dony de Lorean (Guilherme Piva). A dramaturgia é dinâmica, com várias ramificações e outros personagens que satirizam os nossos tipos urbanos arquetípicos.

Créditos: Dalton Valério

Na história, a cidade de 2065 foi quase toda vendida para os estrangeiros, mas permanece como destino turístico de entretenimento e carnaval. Trata-se, portanto, do clássico quadro apocalíptico, presente em toda narrativa de ficção científica, contado com a velocidade dos tempos atuais. Em cena, mudanças vertiginosas de personagens e conflitos traduzem uma sensação quase tragicômica de não se conseguir controlar a vida.

A peça retrata o tempo cotidiano de um balneário turístico, construído a partir da criatividade cultural dos seus habitantes, que subverte as pressões de futuros utópicos – tão recorrente nas narrativas de ficção científica. Um Rio de Janeiro teatral que aponta tanto para o futuro quanto para o passado, criando o mapa cênico de uma cidade imprevisível e efervescente.

Serviço – Rio 2065

Temporada: de 11 de janeiro a 25 de fevereiro
Local: Teatro I – Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Primeiro de Março, nº 66 – Centro – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3808-2020
Dias e horários: de Quarta a Segunda às 19h
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) na bilheteria do CCBB ou no site eventim.com.br
Lotação: 172 lugares
Duração: 100 minutos
Classificação: 14 anos