Neil Patrick Harris, astro de Desventuras em Série, fechou as programações do Auditório Cinemark no maior evento de cultura pop da América Latina
Crédito: Daniel Deák
A terceira edição da CCXP – Comic Con Experience (www.ccxp.com.br) encerrou a programação do Auditório Cinemark em alto estilo, com um pacotão de novidades da Netflix. Estiveram presentes os protagonistas de “Shadowhunters” e “3%”, Brian J. Smith (Will Gorski), Miguel Ángel Silvestre (Lito Rodriguez) e Tina Desai (Kala), de “Sense 8”, e Neil Patrick Harris, astro de “Desventuras em Série”, que estreia em 13 janeiro.
Harris, notável pelo papel de Barney Stinson em “How I Met Your Mother”, falou sobre o lançamento, no qual interpreta o papel do malévolo Conde Olaf, prometendo easter eggs, números musicais e muitas surpresas. Harris comparou a série com o filme de 2004, com Jim Carrey: “Nossa versão é mais sombria, assim como os livros, enquanto o filme tem um tom mais de comédia”, disse. O ator também comentou sobre o polêmico final de “HIMYM”, que o agradou. “Gostei de como terminou, teve um roteiro maduro e condizente com a personalidade do Barney”, disse Neil, que gravou um vídeo da plateia.
Além de “Desventuras” com trailer exclusivo, o painel contou com conteúdo de “Punho de Ferro”, “The AO” e “Star Trek Discovery”, além da confirmação das segundas temporadas de “Luke Cage” e “3%”. Esta, inclusive, pegou os próprios atores de surpresa. Bianca Comparato, Rodolfo Valente, Michel Gomes, Rafael Lozano, Viviane Porto e Veneza Oliveira não esperavam era que, após os pedidos de “renova, renova” do público, era que ele fosse concretizado tão rápido: o VP de marketing na América Latina Vinny Lozato invadiu o painel e confirmou a boa notícia.
Parte do elenco principal de Sense 8 foi ao palco após uma cena inédita e exclusiva da segunda temporada. Entre os pontos principais, o elenco ressaltou o trabalho excepcional de Lana Wachowki, além de pontos como viagens a diferentes locações para filmar, cuidados com a saúde, além de lembranças da gravação. “A Parada Gay, que nós visitamos no início do ano, foi um dos momentos mais marcante da minha vida”, revelou Miguel sob aplausos. Por fim, o ator ainda fez a Dança da Vassoura para se despedir do público em grande estilo.
Os jovens atores de Shadowhunters Katherine McNamara, Matthew Daddario, Dominic Sherwood, Alberto Resende e Emeraude Toubia fizeram um balanço da primeira temporada e falaram sobre expectativas para a segunda, como a personalidade e futuro de Jess e o relacionamento entre Jay e Alec. Eles comentaram também sobre a diversidade e o empoderamento feminino presentes na série, que segundo Katherine, faz os jovens se identificarem cada vez. “É um privilégio interpretar uma garota forte e empoderada, em uma série em que todas as mulheres estão na liderança”, disse.
Por fim, foi exibido o primeiro episódio da série animada, “Trollhunters”, de Guillermo del Toro.
Warner tem “Kong”, “Rei Arthur”, Annabele 2 e conteúdos da DC no cinema
Crédito: Daniel Deák
O painel da Warner trouxe conteúdos diversos em mais de três horas de apresentação. Entre os destaques, o entusiasmado diretor Jordan Vogt-Roberts apresentou o trailer de Kong: Ilha da Caveira (que conta com Tom Hiddleston, Brie Larson e Samuel L. Jackson no elenco) e deu detalhes sobre a produção, que se passa no ano de 1973, em plena guerra do Vietnã – além de alimentar a esperança dos fãs de ver um filme com Kong e Godzilla juntos.
Segundo o diretor – que se confessou fã de games e animes, o que o influencia na carreira como cineasta –, o novo Kong não é um remake, mas uma visão diferente da história, com embates entre monstros, mas também focado em temas humanos. “O Kong tem seu lado humano e seu lado fera. Como todos nós em algum momento da vida, ele é mal compreendido. Ele é um monstro na jornada para descobrir qual seu papel no mundo. Tem muita coisa nesse filme que nunca vimos antes na telona”, ressaltou.
Em seguida, foram exibidos os trailers de alguns lançamentos do estúdio para 2017, como Rei Arthur (dirigido por Guy Ritchie), Annabelle 2 e LEGO Batman. Os conteúdos da DC no cinema também fizeram parte da apresentação, com os já divulgados trailers de Liga da Justiça e Mulher-Maravilha, além de mensagens especiais ao público da CCXP dos diretores Zack Snyder e Patty Jenkins.
Ross Marquand fala sobre como é interpretar o primeiro personagem gay de The Walking Dead
Crédito: Daniel Deák
O painel apresentado por Marcelo Forlani recebeu Ross Marquand, intérprete de Aaron na série de zumbis The Walking Dead, um dos grandes sucessos da FOX. Abismado com a recepção do público, o ator disparou: “Uau! Obrigada, isso é fantástico. Eu não tinha ideia do tamanho dos fãs brasileiros”.
Seu personagem entra para o time durante a quinta temporada, quando o xerife Rick Grimes (Andrew Lincoln) e um grupo de sobreviventes lutam contra os caminhantes. Em busca de um abrigo, encontram a comunidade de Alexandria, nos arredores de Washington. Aaron é um dos recrutadores e é responsável por levá-los ao líder do local. “Quando eu soube que entraria para o elenco, li todos os quadrinhos. Em dado momento, eu quis parar, porque me apeguei tanto ao personagem, que eu não queria saber o fim dele, antes de vivê-lo”, revela Ross.
Apesar da estreia tardia na série pós-apocalíptica, ele é um dos personagens queridos e cruciais, principalmente, por ser o primeiro homem gay no universo criado por Frank Darabont e Robert Kirkman. “É uma honra fazer esse papel. Conheci muitos fãs que disseram que conseguiram assumir a sexualidade para os familiares, por conta da força que encontraram no Aaron. Isso é muito intenso e gratificante”, afirma o ator.
Aos 35 anos, Marquand é reconhecido por ser voiceover, ou seja, imitar perfeitamente vozes de diversas celebridades e tem até um canal no Youtube sobre o assunto. Na CCXP 2016, divertiu o público com as vozes de Harrison Ford, Brad Pitt, Kevin Spacey, Ewan McGregor, Matthew McConaughey, Anthony Hoskins, Robert De Niro, Marlon Brando, Al Pacino e Han Solo, quando aproveitou para dividir que sua franquia geek favorita é Star Wars. Para finalizar, Forlani pediu algo especial, um diálogo com as vozes de três atores que interpretaram o Batman no cinema: Maicon Keaton, Christopher Nolan e Ben Affleck. O resultado foi épico.
Daniel Rezende e Vladimir Brichta apresentam Bingo – O Reis das Manhãs
O conteúdo seguinte foi um dos que mais chamaram a atenção da plateia do Auditório Cinemark, quando Érico Borgo do site Omelete apresentou o mini-teaser do filme Bingo – O Reis das Manhãs e convidou o diretor estreante (e montador consagrado) Daniel Rezende e o ator Vladimir Brichta ao palco. Ele conversaram sobre o processo de produção, a preparação do roteiro, a escolha do elenco (Vladimir foi indicado por Wagner Moura, inicialmente escalado). A atriz Tainá Müller também surpreendeu o público e saiu da plateia para se juntar aos convidados.
O filme conta a história do ator Arlindo Barreto, que fez sucesso como o palhaço na TV aberta na década de 1980. “O filme revela a história de um ator que tem angústia de ser reconhecido por seu trabalho. Todo mundo se identifica com esse conflito”, ressaltou Brichta.
75 anos da Mulher-Maravilha
Os quadrinistas Brian Azzarello e Yanick Paquette subiram ao palco do painel para discutir o aniversário de um dos maiores ícones dos quadrinhos de todos os tempos, a Mulher-Maravilha – personagem que os dois lidam em seus projetos na editora, DKIII (Azzarello) e Wonder Woman Vol. 1 (Paquette).
Mediados por Marcelo Hessel, os dois autores contaram um pouco sobre sua influências para desenhar esse símbolo feminino na cultura pop mundial, sobre a importância da Mulher-Maravilha no mundo de hoje e das mudanças que a personagem sofreu (em características e significados) ao longo dos seus 75 anos. Ambos enfatizaram, porém, que não estão muito satisfeitos com o tom mais sombrio dos filmes da DC no cinema, mas que esperam uma melhoria daqui para frente – além de elogiarem a escolha da atriz Gal Gadot para viver a super-heroína nas telonas.
Jacqueline Fernandes ganhou o Concurso Cosplay como Sarah Kerrigan, de Starcraft, na CCXP 2016
Crédito: André Conti
O Brasil é considerado uma das maiores potências nos concursos de cosplay e hoje a atividade é uma das principais atrações na CCXP. O Cosplay Experience teve patrocínio da SyFy, foi apresentado por Kendi e Érica Suzuki e teve cinco categorias: best costume, best performance, best invent e cosplay destaque e master cosplay que elegeu a Jacqueline Fernandes, como Sarah Kerrigan pelo conjunto da obra, com a maior premiação em um concurso do tipo da história do Brasil, até então: um automóvel Jac Motors (patrocinadora do concurso) modelo J3s 2016/2016 zero km, no valor de R$ 40.990,00.
Na etapa online 12 foram selecionados por quatro jurados e por votos públicos e a vencedora foi escolhida no último dia de evento do São Paulo Expo. Os jurados levaram em consideração figurino, apresentação, desempenho e a criatividade utilizada durante a performance. O grupo de jurados foi formado pela cosplayer internacional Yaya Han, Mari Moon, Danielle Vendevelli, Taís Yuki, Jessica Pandi, Petra Leão, Pablo Rafael, Lessio Tarso, o gerente de conteúdo da JBC e Armando Fonseca da Syfy.
A CCXP – Comic Con Experience 2016 aconteceu entre 1 a 4 de dezembro no São Paulo Expo, próximo à estação Jabaquara do Metrô, com conteúdos para fãs de quadrinhos, cinema, programas de TV, desenhos animados e outras áreas da cultura pop. O evento ocupar 100 mil metros quadrados (80% a mais que na edição de 2015) e deve receber 180 mil visitantes de todos os Estados do Brasil e também do exterior, firmando-se como a maior comic con da América Latina e a terceira maior do mundo em público, atrás apenas da San Diego Comic-Con e da New York Comic Con. Para saber mais, acesse o site www.ccxp.com.br.