Musical “Bom Dia Sem Companhia”, uma jornada profunda e autêntica, chega ao streaming


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Do mesmo criador dos musicais brasileiros e originais “Cargas D’Água – Um Musical de Bolso” , “Se Essa Lua Fosse Minha”, “O Mágico Di Ó – Um Clássico em forma de Cordel” e, mais recentemente, “Mundaréu de Mim”, “Bom Dia Sem Companhia” segue colhendo frutos após o sucesso de uma sessão virtual, duas temporadas em palcos paulistanos e uma trilha sonora lançada nas principais plataformas de áudio. A produção, eleita Destaque Roteiro Original no Prêmio Destaque Imprensa Digital 2022, chega agora ao streaming, com uma versão cinematográfica distribuída pela Vienna Filmes, e disponível para compra ou locação em diferentes catálogos.

Foi em meio a pandemia da Covid-19, em 2020, que nasceu o musical “Bom Dia Sem Companhia”, pensado para ser uma produção híbrida que pudesse transitar entre os palcos e o audiovisual. Produzido por Vitor Rocha – sendo ele responsável também por toda a parte textual – e Luiza Porto, a dupla estrela o projeto, que não só brilha nos palcos, como também se adapta de maneira meticulosa para as telas em forma de filme, um feito inédito para o teatro musical brasileiro.

Com referências e inspirações do documentário “Showbiz Kids”, que aborda o peso da fama e fracasso de estrelas mirins em Hollywood, e a série “Fosse/Verdon”, retrato da relação mágica e complicada de amor e trabalho de duas lendas do teatro musical norte-americano, a narrativa promete se aprofundar em tons mais escuros do que o colorido e brilhante da telinha da TV, presente na estética lúdica presente na comunicação visual, cenografia e figurinos.

Sensível e divertida, a história se desenrola em torno de Vini e Lara, ex-apresentadores mirins, que são convidados a gravar, após uma década, um especial ao vivo do antigo programa “Vini e Lara Show”. Essa oportunidade desencadeia uma jornada emocional, levando-os a confrontar memórias, alegrias, frustrações e a impactante marca do sucesso passado, responsável por impactar suas vidas e amizade.

Abordando temas atuais como terapia e explorando questões relevantes, incluindo o impacto das redes sociais na criação de conteúdo infantil, a trama também mergulha em temas profundos, como ansiedade, solidão e a síndrome do impostor, que tornam o espetáculo uma obra repleta de camadas e bastante reflexiva, capturando as inquietudes da vida, para além do último ano de pandemia.

O projeto se difere também como uma obra de arte multidimensional que vai além da narrativa, cativando o público não apenas visualmente, mas também auditivamente. Com uma trilha sonora original, composta por 13 canções com letras de Rocha e música do diretor musical Elton Towersey, cada faixa convida o espectador ou ouvinte a olhar não só ao redor, mas também para dentro de si, a exemplo de “Toda História é um Pouquinho Sobre Ser Só”, “Tem Que Viver Pra Ver”, e “Gente Que Faz Bem Pra Gente”.

A produção, capitaneada por Alonso Barros, responsável pela direção cênica e de movimento, e André Leão, responsável pela direção audiovisual e os devidos ajustes para um melhor resultado no gênero, teve sua gravação realizada no Teatro Viradalata, em São Paulo, durante dois dias de ensaios e apresentações corridas para a captação das imagens, e embora pensada para diferentes formatos, a produção sentiu necessidade de contar com uma plateia, ainda que pequena, para a cena final, e se surpreendeu, ao esgotar em apenas 4 minutos, os ingressos para uma apresentação solo, ao vivo e sem prévio aviso, o que refletiu a ansiedade do público pelo retorno às experiências teatrais presenciais.

Pouco tempo depois, “Bom Dia Sem Companhia” foi exibido online, em uma única apresentação no YouTube, e após alguns meses, abriu suas cortinas. Agora, a chegada do musical às plataformas de streaming representa uma nova fase para o projeto, consolidando o sucesso do projeto nas duas formas de mídia. Ao tornar-se acessível a um público mais amplo, o musical amplia seu alcance, permitindo que espectadores de todo o país, e até mesmo além das fronteiras, desfrutem dessa história envolvente e que acaba por ir de encontro ao próprio título, se tornando uma boa companheira.