Abertura da 18ª edição do Festival do Rio acontece na Cidade das Artes




De 6 a 16 de outubro de 2016, o Rio de Janeiro será a capital mundial do cinema

Por Michele Lemos

Começa nesta quinta-feira (06/10) o Festival do Rio, que nesta edição apresenta cerca de 250 filmes de mais de 60 países. A abertura da 18ª edição acontece na Cidade das Artes, com a exibição de um dos filmes mais aguardados da temporada, o longa-metragem A Chegada (Arrival), do consagrado diretor Denis Villeneuve (o diretor de Sicario: terra de ninguém, Os suspeitos, Incêndios).

Longa ‘Arrival’ será o filme da abertura do Festival, que começa dia 6 de outubro (Foto: divulgação)

Com exibição única no Festival do Rio, A Chegada (Estados Unidos/ 2016) é um thriller de ficção científica baseado no romance Story of Your Life, de 1998, escrito por Ted Chiang. Com Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker no elenco, a produção foi considerada um dos melhores filmes dos festivais de Toronto e Veneza. Uma novidade é que, pela primeira vez, a abertura do evento vai contar com a participação do público. Serão disponibilizados apenas 200 ingressos para a noite de gala.

Este ano, a Première Brasil conta com Oito filmes disputando o Prêmio Redentor de Longa ficção na Mostra Competitiva do Festival do Rio 2016. De um lado, enredos que seguem pelos meandros dos afetos e das paixões; do outro, histórias que falam de como sobreviver a um cotidiano de tensão e violência. Em todos eles, as emoções fortes dos personagens estão em primeiro plano, observados pelas lentes de diretores de estilos bem diferentes. Por isto a competição do Festival do Rio 2016 para longas de ficção promete grandes desempenhos de atores e atrizes brasileiros de várias gerações. Ao todo serão mais de 50 títulos, entre longas e curtas, ficções e documentários, distribuídos nas categorias: Competitiva, Hors Concours e Novos Rumos.

O festival ainda conta com uma programação gratuita que inclui cinemas do centro da cidade e telão ao ar livre em pleno Boulevard Olímpico.

Os ingressos podem ser adquiridos online por meio do site www.ingresso.com. (*Será disponibilizado até 80% dos ingressos antecipadamente online e 20% para vendas no dia das sessões).

Sabrina Sato rouba cena no Tokyo Day




Evento organizado na Casa Japão pelo Governo de Tokyo para apresentar a nova campanha “& Tokyo”, focada em mostrar os diferenciais da cidade que receberá às próximas Olímpiadas, teve a musa nipo-brasileira como apresentadora do evento cultural.

Foto: Divulgação

Na sexta, 19 de agosto, o Governo de Tokyo realizou na Casa Japão, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o evento Tokyo Day para marcar na cidade olímpica o lançamento da campanha “& Tokyo”, que tem como objetivo mostrar a capital japonesa para os turistas que pretendem visita-la nos próximos anos até à Tokyo 2020.

Multidisciplinar, o evento contou com a apresentação da modelo Juliana Minato, que deu início as atividades com a apresentação culturais, antes, ele destacou: “Esse evento é um agradecimento às pessoas do mundo inteiro que ajudaram ou mostraram sua solidariedade aos japoneses depois do Grande Terremoto do Leste Europeu” e mostra-los a imagem do seu restabelecimento. “

Com esse sentimento os integrante do Onikembay (dança para espantar os demônios) entraram no palco. Na sequência, a dança Jangara (para acalmar os espíritos) e Edotobikiyari (cântico dos bombeiros da cidade de Edo criado para dar ritmo às atividades).

     Foto: Divulgação

Logo após os bombeiros e sua apresentação de risco, entra no palco Sabrina Sato e o ator Kendi Yamai. Aí Sabrina rouba toda a cena e deixa todos com vontade de sair da Casa Japão e correr para o Galeão rumo à terra do sol nascente.

“Eu quero hoje, além de caçar Pokémon por aqui, também voltar para o Japão. “, disse Sabrina assim que tomou o palco vestida num belíssimo Ricardo Almeida vermelho que valorizava as suas curvas perfeitas. E foi o que fez! Com a ajuda de Maeda, da prefeitura de Tóquio, que explicou sobre a criação e conceito da marca “& Tokyo”, Tadokoro, do Tokyo Convention Visitors Bureau, e Marcelo Ieri, da agência de turismo especializada na cidade Kinki Nihon Tourist, apresentadora dividiu com a plateia uma série de memórias sobre sua viagem à capital do país, além do desejo de retorno ao país.

Sabrina destacou logo no início uma característica superinteressante dos japoneses, “os orientais são muitos simpáticos e recebem muito bem na cidade deles”. Também contou sua experiência em Harajuku se vestindo como boneca. Karajuku é o bairro fashion de Tóquio. Lá as pessoas não têm medo de ousar e se vestem para valer. Sabrina destacou que “não é à toa que o bairro é inspiração para estilistas de todo o mundo”, e como gueixa.

Também tirou bastante risos da plateia contanto sua história com os banheiros japoneses. No Japão, os vasos sanitários não apenas possuem a tampa aquecida, mas tem inúmeros botões com funções diversas, desde música ambiente até jatos de água etc. Sabrina brincou que quer trazer um desses para o Brasil e que é ótimo durante o inverno, porque já está quentinho.

Com muita alegria, Sabrina deixou o recado que quer voltar muitas vezes a capital do país e que com certeza está em Tokyo 2020.

Supersimpática e atenciosa, ainda tirou fotos com todos os visitantes da Casa Japão que cercaram o palco para vê-la!

Matheus Nachtergaele lança livro e se apresenta na Cidade das Artes




Na Cidade das Artes, Matheus Nachtergaele lança livro com poemas da mãe, Maria Cecília Nachtergaele, em duas únicas sessões de “Processo de Conscerto do Desejo”

Foto: Divulgação

Matheus Nachtergaele retorna ao Rio de Janeiro com o aclamado “Processo de Conscerto do Desejo”, dirigido e encenado pelo ator, para lançar “A Mariposa”, livro com os poemas do espetáculo. As duas únicas apresentações e o lançamento literário acontecem na Cidade das Artes, nos dias 16 e 17 de julho, sábado e domingo (20h). No sábado, às 16h, na Sala de Leitura da Cidade das Artes, o ator promove bate papo com o público presente e tarde de autógrafos do livro. Acompanhado pelos músicos Luã Belik (violão) e Henrique Rohrmann (violino), o ator vem colhendo elogios por onde passa com a montagem – desde sua primeira estreia, em julho de 2015 -, no qual Matheus recita textos de Maria Cecília Nachtergaele, mãe do ator, falecida em 1968.
Com a edição do livro “A Mariposa” (Polvilho Edições), que teve lançamento no Sesc de Paraty, durante a FLIP (Festa Literária de Paraty, dias 30/06 e 1/07), e chega a Uberlândia (dias 22 e 23/07), a homenagem à mãe se estende agora para além do sucesso de público e crítica do espetáculo. O livro, que traz os 28 poemas da poeta Maria Cecília, marca o desejo de Matheus de publicar os escritos da mãe, que estavam num caderninho, que recebeu das mãos de seu pai quando ele tinha 16 anos. “…Eu devolvo a ela, em forma de um livrinho, que contém sua pequena e devastadora obra, o carinho pequeno e devastador que me deu. Eu te amo, Maria Cecília, e procuro em mim, todos os dias, a parte que é você. Os poemas são teus…eles eram para mim?”, declara o ator (texto completo abaixo).

Escrito com ‘S’ e ‘C’ mesmo, em uma junção das palavras conserto e concerto, no espetáculo “Processo de Conscerto do Desejo” o ator declama os poemas da mãe e, acompanhado pelos músicos relembra algumas das músicas de que ela gostava, como Io Che Amo Solo Te (Sergio Endrigo). “Quero consertar meu desejo com poesia, num concerto”, explica.

Matheus Nachtergaele era um bebê de apenas três meses quando perdeu a mãe, em 1968. Ao ler seus poemas, já em sua adolescência, sentiu como se a mãe falasse com ele e são estes textos que leva agora ao palco, em um recital. “Dela, me restaram seus poemas, lindos e maduros, escritos de uma jovem mulher moderna e triste, e essa veia que me marca a testa quando rio ou choro muito”, diz Nachtergaele.
A construção desse espetáculo, segundo o ator (e diretor), vem sempre acontecendo diante do público: “Preciso das pessoas, como observadores emocionados disso tudo. Quero ir consertando meu desejo de acordo com essa emoção, dia após dia. Como na vida. Como no teatro. Isso, só o teatro pode nos trazer. Temos um ator, um violão, lindos poemas e a canção. Tudo pequenininho para a grandeza do essencial: artista e espectador em oração profana”.

Os Saltimbancos Trapalhões reestreia no Rio




Por Andréia Bueno
Fotos Divulgação/Facebook


Com direito a surpresa para o protagonista Renato Aragão que celebra 80 anos de idade e 55 de carreira, a mega produção da consagrada dupla Charles Möeller & Claudio Botelho reestreou na noite da última sexta-feira (dia 9) na Grande Sala da Cidade das Artes no Rio de Janeiro.

O consagrado comediante foi surpreendido no segundo ato da apresentação quando sua filha Livian que interpreta os personagens João/Ana, durante determinada cena o homenageou, convidando todos a cantar parabéns para o trapalhão. Emocionado, Renato agradeceu e disse que receber este afeto, o motiva a prosseguir e que no que depender dele, pretende atuar por no mínimo mais 80 anos.


A peça, com trilha sonora de Chico Buarque, marca a estreia de Renato Aragão nos palcos. A estreia na ribalta com 79 anos de idade e quase 50 de carreira é em grande estilo. A superprodução tem, em cena, 35 pessoas: 20 atores, oito artistas de circo e sete músicos. Ao todo, a equipe tem 120 profissionais, entre produção, coreografia, figurino, cenário, técnicos. Números grandiosos para ocupar o também enorme palco (a boca de cena tem 11m de altura por 24m de largura) da Grande Sala da Cidade das Artes, que foi transformado num picadeiro.

O texto da montagem foi inspirado no conto ‘Os Músicos de Bremen’, que também deu origem à peça ‘Os Saltimbancos’, dos italianos Sergio Bardotti e Luis Enríquez, e ao filme ‘Os Saltimbancos Trapalhões’ (1981), da RA Produções. Chico Buarque foi o responsável por todas as letras das canções e criou clássicos como ‘Piruetas’, ‘História de Uma Gata’ e ‘Hollywood’, que naturalmente fazem parte desta versão para o teatro.

No palco, o foco é na história de Didi e Dedé, dois funcionários humildes que se tornam a grande atração de um circo por conta da incrível capacidade de fazer o público rir. O sucesso desperta a ira do Barão (Roberto Guilherme), dono do circo, e do mágico Assis Satã (Nicola Lama), que passam a persegui-los. Personagens como a vilã Tigrana (Adriana Garambone) e a mocinha Karina (Gisele Prattes) ajudam a criar ainda mais confusões.  Na adaptação, Didi encontra o conto dos Irmãos Grimm (‘Os Músicos de Bremen’) dentro de uma garrafa, resolve encená-lo como um musical e vira um fenômeno popular’.

Além de Dedé, o elenco conta com o reforço de Roberto Guilherme, conhecido do público principalmente pelo bigodudo Sargento Pincel de “Os Trapalhões”, que agora vive o poderoso Barão. Figura constante nas últimas produções de Renato para o cinema e a televisão, sua filha Lívian Aragão também marca presença.

A produção é espetacular, várias atuações são memoráveis (Adriana Garambone como a hilária vilã Tigrana, e o eterno Sargento Pincel Roberto Guilherme, o Barão são exemplos, mas nada é tão emocionante como a presença de Renato Aragão. Aos 80 anos, o humorista cearense repete piadas e expressões conhecidas, algumas há meio século, brinca com o companheiro Dedé Santana (um “broto” aos 78 anos) com o humor politicamente incorreto de sempre, perde a mocinha no final.Tudo engraçado e comovente. Em suma, assistir o musical remete o público a uma viagem no tempo porém com nova roupagem.

O espetáculo está em cartaz até o dia 31 de janeiro na Cidade das Artes com previsão de estreia na capital paulista para o mês de junho.

O Acesso Cultural recomenda!

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