João Suplicy recebe Criolo em seu ‘Violão Ao Vivo do Quarto’




Programa vai ao ar semanalmente pelo Facebook e chega aos palcos em sua nova turnê

Foto: Rodrigo Bueno

O próximo convidado do programa semanal de João Suplicy, “Violão Ao Vivo do Quarto” será o cantor Criolo. O encontro acontecerá na próxima segunda-feira, 30 de maio, às 20h30 e os fãs do mundo inteiro poderão acompanhar por meio da página: https://www.facebook.com/joaosuplicy/.

A ideia do programa começou quando, munido de seu celular e violão, João começou a fazer transmissões ao vivo cantando e tocando. “A resposta dos fãs foi tão positiva que me motivou a fazer mais vezes. Além da minha casa, já gravei no quarto do meu pai (o ex-senador Eduardo Suplicy), do Jair Oliveira, do Nasi e de uma fã. Todos foram muito divertidos”, conta.

Com um repertório livre e atendendo a pedidos do público, João toca sons autorais como “Solteiro e Vagabundo”, “DR (Baby, Bye Bye)” e “Dedo na Ferida”, além de releituras de clássicos como “I’ve Got a Woman” (Ray Charles), Retalhos de Cetim (Benito de Paula) e “Suspicious Mind” (Elvis Presley). “Vou do Samba ao Rock, passando pela Bossa Nova, sempre com um toque pessoal nas interpretações”, diz.

Inspirado pelos mais diversos estilos musicais, João define sua carreira como um eterno descobrimento, que, agora, está na fase de envolver mais gente no seu programa. “Quero dividir a cama com Caetano Veloso, Rita Lee… ”, brinca o cantor.

MANEVA e CRIOLO se apresentam no Encontro das Tribos no DF




Destaque da nova geração da música brasileira, a banda Maneva e o cantor Criolo são as principais atrações do Encontro das Tribos em Brasília. O show acontece neste sábado, 16 de abril, no AABB. Além do quinteto e do rapper, também se apresentarão Marina Peralta e Cidade Verde.

Foto: Divulgação

Uma das principais novidades do reggae brasileiro e uma das sensações da web, seu canal no youtube ultrapassou 6 milhões de visualizações, o Maneva chega ao Distrito Federal para apresentar a turnê de seu sexto álbum, o #SomosoManeva, álbum lançado em comemoração aos dez anos de banda e traz a nova música de trabalho “O destino não quis”.

Para Tales de Polli, vocalista, será muito especial voltar a Brasília e dividir o palco com grandes nomes da nova geração da música brasileira. “É sempre muito especial tocar em Brasília. O público tem uma energia muito particular que faz bem para a banda. Será uma honra poder dividir o palco com nomes tão bons e que mostram a qualidade desta nova geração da música brasileira, será um evento grandioso e um show inesquecível”.

O Maneva possui dez anos de estrada e possui seis discos lançados. Atualmente a banda se prepara para a gravação de seu novo dvd e trabalha a single “O destino não quis” nas principais rádios do país.

Serviço:
Maneva e Criolo se apresentam no Encontro das Tribos em Brasília
Local: AABB (Setor de Clubes Esportivos Sul)
Endereço: SCES Sul 2 17 – Setor de Clubes Esportivos Sul, Brasília – DF, 70200-020
Telefone para informações: 61 3234-7190
Horário de Abertura: 22:00hs
Censura: 18 anos
Quando: Sábado (10/4)
Preços Antecipados:
Pista 1ºLote: R$50,00 (Estudante)// R$ 100 (Inteira)
Camarote Vip 1ºLote: R$60 (Estudante)// R$120 (Inteira)
Camarote open bar 1ºLote: R$90 (Estudante)// R$180 (Inteira)

Criolo estreia tour ‘Ainda Há Tempo’ na Audio Club, em SP




Muita gente não sabe, mas antes de lançar os aclamados “Nó Na Orelha” e “Convoque Seu Buda”, Criolo já tinha um disco clássico. “Ainda Há Tempo”, lançado em 2006, é hoje considerado um disco fundamental na história do rap brasileiro. “Naquela época existia uma cena em construção, e a gente tava no meio: não se encaixava nem no chamado gangsta, nem exatamente no dito underground”, conta o artista.  Como todos os projetos do Criolo que vem a público, sua nova turnê é mais ambiciosa do que à primeira vista possa parecer. A série de shows baseada em seu primeiro disco vem no formato clássico do hip hop, com DJ e MC no palco — e ao mesmo tempo é muito mais do que isto, e não só por conta do esmerado projeto cênico.

Foto: Divulgação

No dia 01 de abril, o público de São Paulo poderá acompanhar de perto o show, na Audio Club.

Daniel Ganjaman, diretor artístico e musical do espetáculo, conta: “Tudo foi se moldando de acordo com o que cada um tinha na mão, e organicamente tomando um rumo”. O cenário, uma paisagem móvel de tela de LED, foi imaginado pelo artista plástico Alexandre Órion, que fez as engenhosas e lisérgicas animações que acompanham o fluxo contínuo de canções e moldam a experiência ao vivo. O show traz uma miríade de novas interpretações pros raps de dez anos atrás, e não apenas um retorno saudosista ao artista quando ele ainda atendia por Criolo Doido. É uma releitura audiovisual do que aconteceu em sua vida até chegar ali. E ele espera que isto signifique mais uma contribuição sua pra cultura Hip Hop e pra música brasileira.

Assim como na época de feitura, e também por conta disso, a releitura destes raps apresenta uma dificuldade técnica em sua realização: não existem mais as masters originais, então não há como abrir as sessões de áudio para adequar as composições aos padrões sonoros atuais dos equipamentos de espetáculo. Criolo relembra: “Não tinha internet, não tinha telefone na casa das pessoas. Quem têm 20 ou 25 não faz a mínima ideia de como foi. E isso não quer dizer que a gente seja melhor ou pior que ninguém. Apenas que quero dividir o esforço incansável de como era ser esse rap na virada do milênio – que é o me trouxe aqui”. Como antes, a solução foi criativa e inclusiva: alistar uma renca de novos e talentosos produtores de rap brasileiro para recriar algumas das batidas, com acabamento final de Daniel Ganjaman, que também assinará beats do disco em parceria com Marcelo Cabral.

Na reaparição deste disco, do qual algumas músicas fazem parte do repertório dos shows do Criolo desde o lançamento de “Nó na Orelha” e prosseguiram na turnê de “Convoque Seu Buda”, Criolo é acompanhado pelos DJs DanDan e Marco; Orion adequa as animações à dinâmica do espetáculo e Ganja pilota a mesa de som, mixando ao vivo com técnicas dos soundsystems de reggae e dos live P.A.s de música eletrônica. 

“O mundo mudou – tem letra escrita dez anos atrás, tem música com 20 anos – mas há uma mesma essência. Era um meio hostil, e quando cada um tá tentando sobreviver no seu microcosmo, não percebe muitas possibilidades. Só que quando alguém te dá uma oportunidade, ninguém sabe o que vai acontecer, e outras portas na sua mente se abrem. Pensei que seria bom confraternizar com as pessoas. Ativar sensores”, finaliza Criolo.

Novamente, é a ambição como característica e fruir artístico, como desejo bom, livre da mesquinhez. “Retornar pra essa parada traz combustível pro chicote estralar de novo”, diz Ganja.
Serviço – Criolo “Ainda Há Tempo”

Local: Audio Club
Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca – São Paulo/SP
Horário: A partir das 22h
Classificação Etária: 18 anos
Ingressos: 
Inteira – R$ 60
Meia-entrada – R$30

IVETE E CRIOLO CELEBRAM TIM MAIA




Por Andréia Bueno
Fotos Rodrigo Bueno

Como parte do projeto “Nivea Viva Tim Maia” , Ivete e Criolo protagonizaram uma linda homenagem feita a um dos maiores artistas do Brasil. Apresentando para um público estimado em 180 mil pessoas, a dupla reviveu a obra do “Síndico” com transmissão ao vivo pelo canal Multishow.

Além da obra de Tim Maia, o grande atrativo do show NIVEA VIVA TIM MAIA foi o encontro inédito, inusitado e histórico da cantora baiana com o rapper paulistano, a maior revelação da música brasileira em 2010. 

Durante os 130 minutos de viagem pela obra de Tim, clássicos revisitados com novas vozes e roupagem, Ivete e Criolo passearam por todas as fases da carreira do Síndico.

Esbanjando alto astral, Ivete dominou o palco e Criolo que chegou timidamente, mostrou ter tutano para a tarefa que aceitou. Emocionado, interpretou “Eu Amo Você” e “ Um Dia de Domingo”.


Nos momento em que dividiram o palco, Criolo e Ivete mostraram uma incrível sintonia que resultou num lindo espetáculo, desses de encher a alma. 

A imersão de Ivete e Criolo no repertório de Tim Maia será imortalizada em um disco. Com produção de Daniel Ganjaman e direção artística de Paul Ralphes, da Universal Music, o CD conta com 12 músicas do repertório da turnê NIVEA VIVA Tim Maia, entre elas “Sossego”, “Do Leme ao Pontal” e “Você e Eu, Eu e Você (Juntinhos)”. O lançamento está previsto para  julho de 2015.

O show realizado em São Paulo encerrou oficialmente o projeto, uma vez que Salvador, castigada pelas fortes chuvas, está em fase de negociação na tentativa de realizar o show  que encerraria o projeto em solo nacional.

Confira  o roteiro do show NIVEA VIVA TIM MAIA:

1. Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Ivete Sangalo
2. Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) – Ivete Sangalo
3. Você (Tim Maia, 1971) – Ivete Sangalo
4. Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) – Ivete Sangalo
5. Primavera (Genival Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Criolo
6. Chocolate (Tim Maia, 1970) – Criolo
7. Imunização racional (Que beleza) (Tim Maia, 1975) – Ivete Sangalo
8. Bom senso (Tim Maia, 1975) – Ivete Sangalo
9. Réu confesso (Tim Maia, 1973) – Ivete Sangalo
10. Telefone (Nelson Kaê e Beto Correia, 1986) – Ivete Sangalo
11. Não vou ficar (Tim Maia, 1969) – Ivete Sangalo
12. O que me importa (Cury, 1972) – Ivete Sangalo
13. Lamento (Tim Maia, 1972) – Criolo e Ivete Sangalo
14. Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Criolo e Ivete Sangalo
15. Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) – Criolo e Ivete Sangalo
16. Ela partiu (Tim Maia e Beto Cajueiro, 1975) – Criolo
17. Eu amo você (Genival Cassiano e Silvio Roachel) – Criolo
18. Coroné Antonio Bento (João do Valle e Luiz Wanderley, 1970) – Criolo
19. Canário do reino (Carvalho e Zapatta, 1972) – Criolo / A festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) – Ivete Sangalo
20. Leva (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) – Ivete Sangalo
21. Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983) – Criolo
22. Um dia de domingo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1985) – Criolo e Ivete Sangalo
23. Lábios de mel (Cleonice e Edson Trindade, 1979) – Ivete Sangalo
24. O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983) – Ivete Sangalo
25. Acende o farol (Tim Maia, 1978) – Criolo e Ivete Sangalo
26. Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Criolo e Ivete Sangalo

Bis:
27. Vale tudo (Tim Maia, 1983) – Criolo e Ivete Sangalo
28. Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Criolo e Ivete Sangalo

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Fotos: Rodrigo Bueno Fotografia#Ivete #Criolo #Nivea #VivaTimMaia #TimMaia #Show #SP #AcessoCultural
Posted by Site Acesso Cultural on Domingo, 5 de julho de 2015

NIVEA VIVA TIM MAIA CHEGA A SÃO PAULO NO DIA 28/06




Espetáculo em que Criolo e Ivete Sangalo celebram a obra de Tim Maia é um passeio pelo suingue e romantismo do cantor

Fotos: Leo Aversa

Comandada por Ivete Sangalo e Criolo em nome do Síndico, com direção musical de Daniel Ganjaman e sob a direção geral de Monique Gardenberg, a festa é animada e não deixa ninguém parado. Como se estivesse dando um daqueles seus lendários bolos, Tim Maia (1942 – 1998) não aparece, mas está bem representado por sua obra monumental, sintetizada em roteiro que abarca 28 composições lançadas originalmente entre 1969 e 1986. São quase todas músicas imortalizadas no imaginário afetivo nacional, mas há também joias raras recolhidas no baú do Síndico. Após passar por Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Brasília, reunindo um público de 400 mil pessoas, a turnê NIVEA VIVA TIM MAIA desembarca no Rio de Janeiro neste domingo (21 de junho) e segue para São Paulo no 28 de junho (Praça Heróis da FEB,  às 16h30). Com muita música e emoção à flor da pele na bagagem, a série de shows acontece em sintonia com a ideologia da NIVEA de reavivar ídolos e o glorioso universo da música brasileira. Como sintetiza a diretora de marketing da NIVEA, Tatiana Ponce, o espetáculo é um momento de alegria, de cultura e de diversão com o som do “maior soulman da música brasileira”.

Além da obra de Tim Maia, o grande atrativo do show NIVEA VIVA TIM MAIA é o encontro inédito, inusitado e histórico da cantora baiana com o rapper paulistano, a maior revelação da música brasileira nos anos 2010. Juntos, juntinhos, como cantam na música lançada por Tim em 1980, os dois se reúnem em cena para cantar números como o medley que une Sossego (Tim Maia, 1978) a Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981), com arranjo que presta tributo à orquestração antológica da Vitória Régia, a banda que acompanhava Tim nos shows aos quais ele comparecia. O baile é tão da pesada que o medley volta a ser servido novamente na sobremesa do bis, fechando a apresentação azeitada que contagia a plateia com as vozes e os carismas dos cantores que harmonizam diferentes estilos e universos musicais em favor da música eterna e atemporal do carioca Sebastião Rodrigues Maia.

Com toques sutis de modernidade, o som quente orquestrado por Daniel Ganjaman presta tributo ao histórico som da Motown, termo criado para designar as levadas de soul, R&B e funk dos discos lançados pela gravadora de música negra fundada nos Estados Unidos em 1959. Mas, na música de Tim Maia, o chamado som da Motown tinha sotaque brasileiro. “Tim não se intimidou com o poder do soul americano, ao contrário, se apoderou dele e fez a sua própria tradução, com toda a potência do gênero”, enfatiza a diretora Monique Gardenberg em depoimento ouvido no vídeo exibido pela NIVEA antes do show, com imagens e trechos de shows do falecido compositor.

É essa Motown brasileira de Tim que Criolo e Ivete Sangalo revivem em cena, entre solos e duetos, num encontro harmonioso. Para alegria das plateias que poderão ver o show NIVEA VIVA TIM MAIA, em apresentações gratuitas e ao ar livre, em Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). Duetos como Você eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) transformam palco e plateia num grande salão de baile black, à moda dos anos 1970. Bailes evocados diversas vezes nas imagens exibidas no telão a cada música.

Cantora baiana associada à música batizada como axé music, Ivete abre o show e mostra de cara sua intimidade com o universo do soul e do funk, surpreendendo quem correlaciona seu canto somente a um trio elétrico. Em sintonia com o naipe de metais da banda orquestrada por Daniel Ganjaman, a cantora lança mão de seu fraseado soul no canto e nos improvisos de Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971), número que repete – desta segunda vez em dueto com Criolo – no fim do show, antes do bis iniciado com Vale tudo (Tim Maia, 1983), número em que a cantora e o rapper paulistano, sensação da música brasileira contemporânea desde 2010, reeditam o dueto feito por Tim com a cantora Sandra de Sá em 1983 na gravação original desse funk festivo.

Com sua alegria habitual, Ivete também cai no samba-soul em Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973), música em que Tim uniu a cadência bonita do ritmo carioca com a levada da música black. Sempre à vontade, Ivete brinca com o ritmo, altera a divisão original do tema e recita os versos do samba-soul na segunda parte do número. Mais tarde, volta a cair no samba ao defender Réu confesso (Tim Maia, 1973) em número que reproduz a levada da gravação original de Tim. Ivete e Criolo, aliás, cantam e celebram Tim Maia sem descaracterizar a obra do Síndico. Embora tenha o toque de modernidade de Ganjaman, todos os arranjos são reverentes em maior ou menor escala às orquestrações das gravações originais de Tim. O público reconhece de imediato os sucessos enfileirados no roteiro de hits, mas que abre eventuais espaços para músicas menos conhecidas como o funk Lábios de mel (Cleonice e Edson Trindade, 1979), ouvido na voz de Ivete. Mas eles, os hits, ganham toques atuais. Na balada Você (Tim Maia, 1971), sucesso do segundo álbum do cantor, música em que Ivete experimenta timbre mais grave, quase gutural, o toque de novidade vem da guitarra de Duani, em relevo nas passagens instrumentais deste número.

“Estou honrada em participar deste projeto. Fazer show com um repertório inteiro de Tim Maia é um prazer. Eu sempre me identifiquei com ele no groove, no romantismo”, comemora Ivete. Hit do primeiro álbum de Tim, lançado em 1970, a balada Azul do cor do mar (Tim Maia, 1970), une no show exatamente romantismo e groove. No caso, o groove do neosoul, termo que designa soul e R&B de levada mais contemporânea, moderna. Telefone (Nelson Kaê e Beto Correia, 1986), balada da fase em que Tim aderiu ao tecnopop romântico radiofônico, chama também a atenção do público para o requinte da levada de neosoul urdida por Ganjaman. No número, Ivete dialoga em telefone imaginário com o guitarrista Duani.

Criolo entra em cena no quinto número do show. E já entra arrasando, dando voz ao baladão soul Primavera (Genival Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – outro sucesso do histórico primeiro álbum de Tim – e surpreendendo quem o associava somente ao universo do hip hop. Na sequência, ele interpreta Chocolate (Tim Maia), que sem perder o sabor funk-soul desse jingle gravado por Tim no fim de 1970 e elevado à condição de hit ao longo de 1971, ganha aqui um tempero de samba, insinuado pela percusssão de Guto Bocão.

O roteiro abriga todos os grandes sucessos de Tim. A cultuada e mística fase Racional – período que vai de 1974 a 1976, quando Tim aderiu à seita Universo em Desencanto – é representada no show pelas músicas Imunização racional (Que beleza) e Bom senso, ambas cantadas por Ivete e extraídas do primeiro dos três volumes do álbum Tim Maia Racional, projeto lançado em 1975 com letras doutrinárias, cantadas sobre poderosas bases de funk e soul.

Com unidade e coesão, o roteiro do show NIVEA VIVA TIM MAIA mistura as músicas de maior suingue – rotuladas marotamente por Tim como esquenta-sovaco – com os sucessos do estilo mela-cueca, termo que, no dicionário do cantor, designava as baladas de acento mais romântico. Entre as primeiras, Ivete dá voz ao funkaço Não vou ficar (Tim Maia), lançado em 1969 na voz de Roberto Carlos, como a própria cantora ressalta em cena. Entre as do segundo grupo, a mesma Ivete canta, em tom mais íntimo e aconchegante, O que me importa, tristonha balada de Cury, lançada por Tim em 1972, mas mais conhecida pelas novas gerações por conta da gravação feita em 2000 pela cantora Marisa Monte.

Do mesmo álbum lançado por Tim em 1972, o roteiro revive nas vozes de Ivete e de Criolo uma música que é certamente a menos conhecida dentre as 28 alinhadas no show, Lamento, uma balada doída que mostra que também havia melancolia atrás da alegria contagiante do Síndico. Destaque entre os números de Criolo, a sentida balada soul Ela partiu – composta por Tim Maia com Beto Cajueiro em 1975, na sua fase Racional, e lançada em compacto raro na sequência – também é outra boa surpresa do roteiro. Detalhe: Ela partiu é em tese um número solo de Criolo, mas o produtor e arranjador Daniel Ganjaman também solta a voz em trechos da canção, fazendo pulsar sua veia soul. Com um canto exteriorizado, intenso, carregado de emoção, Criolo ainda brilha ao solar a balada Eu amo você (Genival Cassiano e Silvio Roachel, 1970) e faz valer sua ascendência nordestina ao dar voz ao arretado forró-soul Coroné Antonio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley, 1970). São mais dois sucessos do antológico primeiro álbum de Tim Maia, artista de “talento cósmico”, como definiu Criolo no palco da casa Vivo Rio.

Em seguida, o medley com Canário do reino (Carvalho e Zapatta, 1972) e A festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) junta novamente Ivete e Criolo. Ela, com um segundo figurino, anima A festa de Santo Reis. Criolo enfatiza em Canário do reino a ideologia de seu canto livre.

Na sequência, entram em cenas as canções radiofônicas de Michael Sullivan & Paulo Massadas, compositores lançados no mercado fonográfico por Tim em 1983, ano em que a gravação de Me dê motivo – balada cantada por Criolo no show – trouxe o Síndico de volta às paradas e alavancou a carreira da dupla de hitmakers. Sullivan & Massadas são ainda os autores de Leva. Gravada por Tim em 1984 como tema de fim de ano de emissora de rádio, a canção ganhou vida própria e acabou sendo executada em todas as rádios. No show NIVEA VIVA TIM MAIA, ela é jogada na praia do reggae por Ganjaman em interpretação de Ivete.

Também de Sullivan & Massadas, a balada Um dia de domingo (1985) é revivida com ternura no show em suave dueto de Ivete com Criolo que evoca a antológica gravação feita por Tim há 30 anos com a cantora Gal Costa. No fim, O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983) restaura o clima de baile pop black um número antes de Ivete e Criolo se jogarem na pista de Tim Maia Disco Club com a lembrança de Sossego (Tim Maia, 1978). A festa é (muito) boa, com muita música, balanço e emoção à flor da pele.

Espetáculo vai virar álbum de estúdio

A imersão de Ivete e Criolo no repertório de Tim Maia será imortalizada em um disco. Com produção de Daniel Ganjaman e direção artística de Paul Ralphes, da Universal Music, o CD conta com 12 músicas do repertório da turnê NIVEA VIVA Tim Maia, entre elas “Sossego”, “Do Leme ao Pontal” e “Você e Eu, Eu e Você (Juntinhos)”. O lançamento acontece em julho de 2015.

O roteiro do show NIVEA VIVA TIM MAIA:

1. Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Ivete Sangalo

2. Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) – Ivete Sangalo

3. Você (Tim Maia, 1971) – Ivete Sangalo

4. Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) – Ivete Sangalo

5. Primavera (Genival Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Criolo

6. Chocolate (Tim Maia, 1970) – Criolo

7. Imunização racional (Que beleza) (Tim Maia, 1975) – Ivete Sangalo

8. Bom senso (Tim Maia, 1975) – Ivete Sangalo

9. Réu confesso (Tim Maia, 1973) – Ivete Sangalo

10. Telefone (Nelson Kaê e Beto Correia, 1986) – Ivete Sangalo

11. Não vou ficar (Tim Maia, 1969) – Ivete Sangalo

12. O que me importa (Cury, 1972) – Ivete Sangalo

13. Lamento (Tim Maia, 1972) – Criolo e Ivete Sangalo

14. Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Criolo e Ivete Sangalo

15. Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) – Criolo e Ivete Sangalo

16. Ela partiu (Tim Maia e Beto Cajueiro, 1975) – Criolo

17. Eu amo você (Genival Cassiano e Silvio Roachel) – Criolo

18. Coroné Antonio Bento (João do Valle e Luiz Wanderley, 1970) – Criolo

19. Canário do reino (Carvalho e Zapatta, 1972) – Criolo / A festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) – Ivete Sangalo

20. Leva (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) – Ivete Sangalo

21. Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983) – Criolo

22. Um dia de domingo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1985) – Criolo e Ivete Sangalo

23. Lábios de mel (Cleonice e Edson Trindade, 1979) – Ivete Sangalo

24. O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983) – Ivete Sangalo

25. Acende o farol (Tim Maia, 1978) – Criolo e Ivete Sangalo

26. Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Criolo e Ivete Sangalo

Bis:

27. Vale tudo (Tim Maia, 1983) – Criolo e Ivete Sangalo

28. Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Criolo e Ivete Sangalo


SERVIÇO:

SÃO PAULO

28 de junho (domingo), às 16h30
Praça Heróis da FEB
Av. Santos Dumont – Santana – São Paulo – SP

Ivete Sangalo e Criolo finalizam novo álbum




Ivete, Daniel e Criolo trabalham no estúdio El Rocha, em São Paulo. A dupla posa para divulgação da turnê em andamento

Foto: Divulgação
Ivete Sangalo e Criolo transformarão em álbum inédito o memorável encontro da dupla na turnê “Viva Tim Maia“, que passeia pelo Brasil até 28 de junho. Os artistas acabam de finalizar as gravações do novo trabalho, que entra em processo de mixagem, sob produção de Daniel Ganjaman e direção artística de Paul Ralphes, da Universal Music, com lançamento em julho. O disco de estúdio contará com 12 músicas do repertório do show, como “Sossego”, “Do Leme ao Pontal” e “Você e Eu, Eu e Você (Juntinhos)”. Ivete e Criolo estão muito entusiasmados com todo o processo de gravação e a extensão do “convívio” com o síndico para dentro do estúdio.
É um verdadeiro presente poder interpretar um disco com músicas de Tim Maia. É uma extensão do prazer que sentimos de fazer esse show, e tem sido uma experiência muito enriquecedora esse convívio. O que Tim Maia canta nos contagia, faz com que a gente se divirta. É uma experiência única que todos nós estamos saboreando juntos“, diz Ivete Sangalo.

Cantar o repertório de um mestre como Tim Maia, transformar essa homenagem em um álbum, é muito inusitado e uma grande honra. Muito especial que seja ao lado de uma artista tão generosa, tão amante da música, como Ivete. Ela me deixou muito a vontade em participar desse registro. Estou muito feliz, é também uma forma de agradecer aos DJs do meu bairro, que me apresentaram ao universo musical de Tim, nos bailes de colégio, nas festas de rua.“, afirma Criolo.

Acompanhe as notícias sobre o álbum “Viva Tim Maia” nas redes oficiais dos artistas e da Universal Music.
Veja como foi o ensaio para a turnê atual, que ainda passará por Salvador, Fortaleza, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo: